Cuba: Revolução, Esperança e Nostalgia (original) (raw)
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Nostalgia, expectativas e temporalidades na canção Esperando (cuando Cuba sea libre)
Revista Eletrônica da ANPHLAC, 2020
Procurando tratar de temáticas latinas e cubanas e utilizando sonoridades urbanas e caribenhas em suas produções, Gloria Estefan ficou reconhecida nas indústrias culturais como uma das principais referências para se discutir as identificações e representações latino-americanas nos Estados Unidos. O objetivo deste trabalho é analisar a canção Esperando (cuando Cuba sea libre), interpretada por Gloria Estefan, no referente aos sentimentos nostálgicos em relação a Cuba, bem como as articulações temporais e expectativas mobilizadas no fonograma. Considera-se que a referida canção mobiliza projeções de futuro e a nostalgia como elementos fundamentais na constituição das identificações associadas à cantora e sentimentos anticastristas, bem como integra uma representação das comunidades emocionais exiladas estadunidenses em relação a Cuba. Desse modo, pretende-se perceber no canto um movimento de evocar uma determinada espacialidade e temporalidade associada à nacionalidade.
Cuba no século XXI, dilemas da revolução
Elefante, 2017
PDF GRATUITO E COMPLETO LIBERADO PELA EDITORA EM DEZEMBRO DE 2020. Organizadores: Fabio Luis Barbosa dos Santos, Joana Salém Vasconcelos & Fabiana Rita Dessotti. Frei Betto - “Este é o melhor texto sobre Cuba ao alcance do leitor brasileiro na virada dos anos 2017-2018. Leitura obrigatória para quem, frente a Cuba, reage com equilíbrio, sem o reacionarismo anticomunista dos que veneram o capitalismo e o esquerdismo infantil e dogmático de quem considera a Revolução Cubana o paraíso na Terra.” Introdução - Cuba no século XXI: dilemas da revolução é o resultado de uma pesquisa realizada por um grupo de trinta e três investigadores de várias universidades brasileiras (Unifesp, USP, Unicamp, Unirio, UFRR e Unila) e de diferentes áreas do conhecimento (Relações Internacionais, História, Economia), nos marcos da terceira edição do Programa de Extensão “Realidade Latino-Americana” da Unifesp. Em fevereiro de 2016, demos início a um calendário de estudos coletivos, leituras e palestras, ocorridas no auditório da biblioteca do Memorial da América Latina, em São Paulo, instituição que apoia o programa desde a sua primeira edição. Após dez meses de trabalho, finalizamos esse ciclo de formação com uma “oficina de formulação de perguntas”, buscando indagar sobre a realidade cubana do século XXI em perspectiva histórica. Munidos de uma agenda de investigação coletiva, viajamos a Cuba na primeira quinzena de dezembro de 2016, onde realizamos mais de trinta entrevistas com pesquisadores, movimentos, dirigentes políticos e instituições especializadas. Não foi menos importante o que o grupo chamou de “agenda invisível”, isto é, as conversas com os cubanos que participaram de nosso cotidiano, nas ruas, feiras, praças, restaurantes e demais espaços públicos. O acaso nos proporcionou que a viagem ocorresse poucos dias depois do falecimento de Fidel Castro, em um momento delicado da história cubana, o que também contribuiu para captarmos a sensibilidade e o sentido das mudanças em curso. Em outras palavras, esse livro é resultado de um processo que combinou formação teórica, elaboração coletiva e investigação de campo. Com ele, pretendemos trazer informações e análises atualizadas sobre a ilha no século XXI e os dilemas da sua revolução, em um mundo cada vez mais distante daquele que a gestou. Nosso propósito é dialogar com as dúvidas e inquietações que os brasileiros carregam a respeito da história cubana e do socialismo latino-americano. Todos os capítulos são guiados por perguntas, para as quais apresentamos aproximações e hipóteses, sem nenhuma pretensão de esgotamento. Segundo nossa percepção sobre o debate público brasileiro a respeito de Cuba, algumas dessas perguntas costumam ser evitadas pelo senso comum de esquerda e vulgarizadas pelo senso comum de direita, sendo este um dos fatores que nos motivou a escrever o livro. Nesse sentido, nosso objetivo é alargar e aprofundar o debate sobre Cuba no Brasil, oferecendo mais elementos informativos e analíticos ao público, buscando fugir de polarizações fáceis. Por isso também, os capítulos nunca ultrapassam dez páginas, podendo assim ser lidos coletivamente em salas de aula, universitárias ou escolares. Alguns exemplos das questões levantadas podem ser vistos no sumário: Cuba é uma democracia? É um país pobre? É um país desenvolvido? Há censura na ilha? Como a juventude se relaciona com a revolução? Quem se beneficia da reaproximação entre Cuba e Estados Unidos? Qual a participação do capital estrangeiro na ilha? Qual a força das empresas privadas? Com essas e outras perguntas buscamos criar um panorama dos dilemas da revolução cubana no século XXI. Os autores desse livro formam um grupo politicamente diverso, mas que encontram pontos em comum na defesa do pensamento crítico, no compromisso com a transformação social e na rejeição aos dogmatismos. A partir desta perspectiva, entregamos ao leitor um material de formação política e histórica, visando estimular o debate e a reflexão fraterna, em sintonia com quem encontra na experiência cubana um ponto inescapável para o estudo da América Latina. Não pretendemos apresentar a revolução cubana como “modelo” ou “contra-modelo”, mas sim analisar as lições que sua história pode nos oferecer para o presente e o futuro. *** Organização: Fabio Luis Barbosa dos Santos, Joana Salém Vasconcelos & Fabiana Dessotti *** Mais informações em: https://www.editoraelefante.com.br/produto/cuba-no-seculo-xxi/
2020
Verbete "Revolução Cubana" publicado no "Dicionário das Eleições". MONDELO TAMAYO, Jorge. Revolução Cubana. Tradução de Renan Guedes Sobreira. In: SOUZA, Cláudio André de; ALVIM, Frederico Franco; BARREIROS NETO, Jaime; DANTAS, Humberto (org.). Dicionário das Eleições. Curitiba: Juruá, p. 642-643.
Cuba, protestos e caminhos da revolução
Journal of Latin American Geography, 2021
EM PORTUGUÊS: https://muse.jhu.edu/article/839951/pdf EM INGLÊS: https://muse.jhu.edu/article/839953 Resumo: Os protestos ocorridos no dia 11 de julho em Cuba geraram um sinal de alerta e uma onda de debates acalorados na esquerda internacional sobre os desafios da única revolução viva do continente latino-americano. Algumas leituras solidárias a Cuba, porém apressadas, se precipitaram ao rotular os cubanos que estiveram nas ruas no dia 11 como “mercenários de Miami”, “contrarrevolucionários” ou meros “agentes do imperialismo”. Segundo essa tese, os protestos foram parte de uma estratégia de desestabilização dos EUA contra o governo cubano que mobilizou segmentos anticomunistas da sociedade com aparatos da indústria cultural, slogans e hashtags nas redes sociais, configurando o cenário típico de uma revolução. colorida. Desde logo, porém, essa leitura se mostrou insuficiente para explicar a realidade cubana, ainda que contivesse elementos verdadeiros. Os acontecimentos foram mais contraditórios, heterogêneos e difíceis de analisar, sobretudo dentro de uma perspectiva de solidariedade à revolução.
Reaproximação, revolução e desenvolvimento: um balanço das relações Brasil-Cuba
Monções, 2015
Este trabalho procura realizar um balanço das relações entre Brasil e Cuba no século passado e compreender a dinâmica das relações Brasil-Cuba no século XXI, considerando as percepções e ações de ambos os países. Para tanto, discute a dinâmica de aproximação e distanciamento no século XX, analisando as causas de sua baixa intensidade. Em seguida, procura assinalar que está em curso em processo de reaproximação, minado em outros momentos pelo contexto internacional e doméstico, que revela certa convergência de interesses e impulsionado pelo incremento das relações comerciais e parcerias técnicas em diversas áreas. Desta forma, pode-se considerar que, para a liderança política brasileira, as relações com Cuba fazem parte do processo de inserção na América Latina e a tentativa do exercício de uma liderança regional, como forma de impulsionar seu papel de potência emergente. No caso cubano, desde a queda do bloco soviético tal relação inscreve-se na necessidade de reconfiguração de suas...
2020
UIDB/04666/2020 UIDP/04666/2020Se Bataille defende que a passagem de animal a humano se dá por via do trabalho, o verdadeiro nascimento da humanidade só ocorre com a origem da obra de arte. Os testemunhos deixados pela arte animalista do paleolítico superior de Lascaux serão o ponto de partida para uma reflexão que relaciona vários textos filosóficos com teorias antropológicas, como por exemplo, a perspectiva xamânica e o totemismo, pondo em evidência o lugar do animal como o de um poderoso símbolo que remete tanto à nostalgia de uma natureza totalizante, como ao desejo de transformação e de transcendência.publishersversionpublishe
Nostalgia e utopia no declínio do Estado Novo
2005
Intervenção no colóquio Saberes Partilhados: O Espaço da Utopia na Cultura Portuguesa Abril de 2005. Publicado em Saberes Partilhados. O Lugar da Utopia na Cultura Portuguesa. Org. de Fátima Vieira. Vila Nova de Famalicão, Quasi Edições, 2006, pp. 112-137.