MEMÓRIA, HISTÓRIA E ESQUECIMENTO. A função educativa de memória histórica - 2010 (original) (raw)
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MEMÓRIA, HISTÓRIA E ESQUECIMENTO. A função educativa de memória histórica
MEMÓRIA, HISTÓRIA E ESQUECIMENTO. A função educativa de memória histórica, 2010
Vos que viveis seguros Nas vossas casas tépidas Vos que quando voltais para casa encontrais comida quente e rostos amigos: Considerais se isto é um homem Que trabalha na lama Que não sabe o que é paz Que luta por meio pedaço de pão Que morre por um sim ou um não Considerais se esta é uma mulher Sem cabelos e sem nome Sem mais forças para lembrar Os olhos vazios e o útero frio Como uma rã no inverno. Meditais que foi isto: Vos comando essas palavras Esculpis elas em vosso coração Estando em casa, indo pela rua Deitando ou levantando Repetis isto para os vossos filhos Ou a vossa casa caia A doença vos estorve E os vossos nascidos torçam o rosto para vos. Primo Levi "SE questo é un uomo".
MEMÓRIA COLETIVA E ESQUECIMENTO: O DIREITO DE SER LEMBRADO OU DE SER ESQUECIDO
Resumo: O presente artigo analisa o direito de ser lembrado e de ser esquecido, sob a ótica das teorias de memória coletiva e de esquecimento nas ciências sociais e humanas. Nesse plano, são apresentados as teorias de autores como Maurice Halbwachs, Andreas Huyssen, Michael Pollak, entre outros. Ainda, com base em autores nacionais e estrangeiros, busca-se compreender como vem ocorrendo em outros países os debates sobre os referidos direitos. Por fim, delineia-se as discussões sobre o direito à memória e ao esquecimento no cenário brasileiro atual, abrangendo o que está ocorrendo em âmbito legislativo, judiciário e doutrinário. O suporte doutrinário é subsidiado por autores do Direito Constitucional como José Joaquim Gomes Canotilho, Paulo Bonavides e Bernardo Gonçalves Fernandes, além de outros doutrinadores do Direito Civil. Palavras-chave: Direito à memória. Direito ao esquecimento. Memória Coletiva. 1 INTRODUÇÃO Conforme o sociólogo francês Maurice Halbwachs escreveu: a memória atua como um fenômeno coletivo e seletivo 1. Nessa perspectiva, sendo a memória um fenômeno social por excelência, incorre-se inevitavelmente em lembranças e esquecimentos de acontecimentos e pessoas, pois a sociedade, assim como as pessoas, não pode lembrar de tudo o tempo todo. O Direito, como instância de poder, busca, através de decisões de tribunais superiores e de órgãos singulares e colegiados, nortear aquelas áreas que devem ser lembradas, devido sua relevância social. O patrimônio histórico brasileiro, os arquivos públicos e privados, os direitos autorais, por exemplo, são bens protegidos juridicamente contra as arbitrariedades que por ventura visem a destruição ou ao esquecimento. Até porque a memória está intimamente ligada a identidade de determinado grupo social.
Historicidade e Papel da Memória - Anais
Fragmentum
Os processos de definição, descrição e nomeação na dicionarização da língua Daiane Siveris Graduanda em Letras (UFSM, Fipe) Prof.ª Dr. Verli Petri Orientadora (UFSM) O presente trabalho tem por objetivo apresentar resultados parciais advindos do projeto de pesquisa intitulado Língua, sujeito e história: o gaúcho no processo de dicionarização da Língua Portuguesa no/do Brasil (FIPE-UFSM). Trata-se de um estudo sobre os prefácios e os verbetes, a fim de analisar as regularidades e as particularidades linguísticas de cunho nacional e regional presentes nos prefácios de três dicionários nacionais de Língua Portuguesa do século XIX. São eles: o Diccionario Contemporaneo da Lingua Portugueza,
2000
This article’s aims are, on the one hand, to discuss memory as related to personal and social identity, in order to make clear its significance to education and to those who deal with education. On the other hand the article proposes an exercise that makes possible to understand the works and the art of memory by relating time, memory, and history. This exercise deals with the memory constructed and celebrated in the so called 500 years of Brazil’s festivities.
História, Memória e Esquecimento: Implicações Políticas
História, memória e esquecimento: Implicações políticas Pesquisadores têm colocado em questão a recuperação de situações traumáticas como as que ocorreram no Holocausto, no bombardeio a Hiroshima, na guerra do vietnam ou nos massacres fratricidas da iugoslávia. embora algumas contribuições clássicas tenham assinalado aspectos importantes relativos à história e memória, há várias formas de lidar com o passado e todas elas envolvem interesse, poder e exclusões. A política da justa memória a ser realizada sobre crimes cometidos passados, debate que vem sendo travado não só em diversas áreas acadêmicas, como na sociedade em geral, depende de processos seletivos, bem como de elementos que excedem o escopo da razão humana. É preciso encontrar o equilíbrio entre a obsessão pelo passado e as tentativas de imposição do esquecimento. Nosso intuito, portanto, é o expandir o conhecimento sobre história, memória e esquecimento, ressaltando limites, bem como implicações éticas e morais. Introdução Este artigo tem como objetivo investigar os impasses entre memória e esque-cimento que estão presentes em debates sobre a preservação e divulgação de arquivos relacionados a conflitos, guerras e períodos de opressão política. O debate sobre a justiça a ser realizada sobre crimes cometidos passados, que vem sendo travado não só em diversas áreas acadêmicas, como na sociedade em geral, embora não dependa apenas de documentos e teste-munhos, tem neles um grande aliado. Nem sempre, entretanto, sociedades optam pela lembrança. Nosso intuito, evidentemente, não é o de esgotar o debate em torno do lembrar e do esquecer, mas, pelo contrário, expandir o conhecimento sobre estes termos, o que implica em estabelecer também seus limites. A primeira parte deste artigo terá como base os trabalhos de sociólogos, historiadores e filósofos, como Maurice Halbwachs, Pierre Nora e Paul Ricoeur, sobre memória coletiva. Narrativas históricas que presidem a orga-nização de arquivos, coleções e museus nos lembram daquilo que é passado,
OS MEMES COMO SUPORTE PEDAGÓGICO NO ENSINO DE HISTÓRIA
2019
Este artigo tem como objetivo refletir acerca da possibilidade do uso de memes como um recurso pedagógico que aproxime professores e alunos em sala de aula a partir de uma linguagem digital comum. Sendo bastante popular no ciberespaço, os memes são elementos importantes na cultura digital e se popularizaram entre os jovens, sendo bastante eficientes em transmitir vários tipos de mensagens. Com isso, memes são utilizados para diversas finalidades, o que leva a reflexão sobre o uso dos mesmos como recurso didático. Levando em consideração as pesquisas sobre a inserção de recursos digitais em sala de aula, este artigo apresenta uma reflexão sobre essa questão, a partir de um estudo sobre os memes desde suas características básicas até o uso dos mesmos por páginas que abordam conteúdo histórico encontradas no Facebook. Por fim, será refletido sobre a possibilidade de uso e o papel que este recurso pode ter em sala de aula.