Dona Antónia, Uma vida singular. (original) (raw)
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As quintas vinhateiras de D. Antónia – um legado para o Douro
Capítulo do catálogo da exposição «D. Antónia uma vida singular». O texto centra-se nas quintas adquiridas por esta importante figura do Douro, analisando não só aspectos formais e arquitectónicos, mas igualmente estratégias de gestão do território.
Antónia Margarida de Castelo Branco aspectos recepcionais
2015
A autobiografia vem chamando cada vez mais a atencao de estudiosos de diversas areas/disciplinas, como aponta Philippe Lejeune: “[...] a autobiografia leva-nos a nos abrir para outras disciplinas, essencialmente a psicanalise, a psicologia, a sociologia, a historia. [...]” (LEJEUNE, 2008, p. 66). Essas areas vem constituindo-se como sinalizadoras de novos direcionamentos para o estudo das escritas de si, que passaram, ao longo dos ultimos tempos, a serem consideradas como pratica socio-cultural, cujas dimensoes historica e contextual levam o pesquisador a integrar os elementos de outras disciplinas, a fim de formular suas ideias a respeito da tematica. Assim, o objetivo deste trabalho e ler a fortuna critica da Autobiografia de Antonia Margarida de Castelo Branco (1983) levando-se em conta alguns elementos da “Estetica da Recepcao” de Hans Robert Jauss (1994), dentre eles o “horizonte de expectativas” e a “fusao de horizontes”, a fim de se perceber os efeitos da obra sobre os leitor...
Estudos Históricos (Rio de Janeiro), 2015
ResumoNeste artigo, analisamos a obra Vida portentosa da serva de Deus D. Thomázia de Jesus, escrita pelo dominicano João Franco e publicada em 1757. Esta obra, do gênero biográfico, se detém na descrição das características físicas e psicológicas, na vida casta, na extrema devoção e religiosidade de uma mulher letrada portuguesa, apresentando-a como modelo de virtude e santidade. A obra adquire contornos singulares, porque a biografada morreu no ano em que Lisboa foi atingida por um terremoto, e porque seu biógrafo, confessor e diretor espiritual, foi obrigado a reescrever parte do texto, devido à perda dos originais em decorrência do cataclismo.
O estranho e a concha: espaços do exílio em Adriana Lisboa
Letrônica, 2018
Marcada pelo exílio, a obra de Adriana Lisboa, ela própria uma imigrante nos Estados Unidos, se move em espaços caracterizados pela melancolia, pelo luto – pessoal e cultural – e pelos afetos da intimidade. Este trabalho se propõe investigar como a experiência do exílio é representada espacialmente, mais especificamente no romance Azulcorvo. Mostra-se como essa experiência se associa àfigura da concha, definida por Bachelard em Poética do espaço como uma casa que cresce na mesma medida em que cresce o corpo que a habita, numa dialética do escondido e do manifesto em que o ser mais mole constitui a concha mais dura e, ao mesmo tempo, prepara um turbilhão e uma saída. Assim também o estranho/estrangeiro produz a fortaleza da sua morada a partir da fraqueza e da morte, apontando para uma saída que, sintoma ou cura, se concretiza não tanto em espaços reais quanto no plano da imaginação.
Uma mulher singular em Bracara Augusta
2019
Neste estudo apresenta-se uma das mais importantes inscrições até à data encontradas na cidade. Trata-se de uma epígrafe votada à deusa ísis, datada do século II, dedicada por uma sacerdotisa do culto imperial, chamada Lucretia Fida, caso único em todo o Noroeste Peninsular. Depois de um breve enquadramento histórico e das considerações de carácter político e religioso, sugerimos a possibilidade desta sacerdotisa poder estar familiarmente associada a outros Lucretii, documentados na cidade, alguns dos quais directamente relacionados com o negócio das produções cerâmicas.In this study one of the most important inscriptions so far found in the city is presented. It is an epigraph devoted to the goddess Isis, from the 2nd century, dedicated by a priestess of the imperial cult called Lucretia Fida, which makes it a unique case in the Peninsular Northwest. After some considerations of historical, political and religious nature, we pu...
Lúcia Gomes: a vida é o trabalho
This article is about the visual production of paraense artist Lúcia Gomes and the relationship between politic, art and life in the proposes and actions done. Key words: Contemporary brazilian art; art and politic; art in Amazônia; performance. Este artigo aborda a produção visual da artista paraense Lúcia Gomes e as relações entre política, arte e vida nas proposições e ações realizadas. Palavras-chave: Arte brasileira contemporânea; arte e política; arte na Amazônia; performance.
2019
This dissertation presents a project of deconstruction and historiographical construction of two female figures of sixteenth century Portugal: Luísa (1522-1560) and Ângela Sigeia († 1608). They were born in Tarancón (Toledo), daughters of French father, the humanist Diogo Sigeu, and Castilian mother, the noblewoman D. Francisca de Velasco, in the early sixteenth century. At a young age, they moved to Portugal with their mother and two brothers, Diogo and António, to join their father, who had fled to Portuguese territory in the aftermath of Carlos V's victory over the revolt of the Comunidades, accompanying María Pacheco, leader of the Toledo resistance. Once in Portugal, the two sisters contacted with the courtly world, first in the Paço Ducal of Vila Viçosa, at the Bragança court, and later in Lisbon, in the Households of Queen D. Catarina, wife of D. João III, and infanta D. Maria, the King’s sister. Luisa's erudition, known by her polyglot letter to Pope Paul III, sent i...