A Vênus física de Maupertuis: antigas idéias sobre a geração reformadas pelo mecanicismo newtoniano (original) (raw)
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Projecto Vénus: Redefinir a Máquina Antropológica na Era da Reprodutibilidade Técnica do Corpo
Dissertação de mestrado para ciências da comunicação, vertente cultura contemporânea e novas tecnologias. Tenta-se através de um objecto de estudo (a utopia tecnológica Projecto Vénus), desenvolver o conceito de reprodutibilidade técnica de Walter Benjamin, adaptado ao corpo humano. O que implica um corpo transformado em informação que não a sua reprodução massiva através da tecnologia? Que implicações este fenómeno comporta? Impõe-se perceber através das ciências sociais o papel da ciência e da tecnologia e de que forma o "objecto" inserido no corpo progressivamente acentua a substituição do biológico pelo sintético. Classificação final obtida na defesa de tese foi de 18 valores.
O Mito de Vênus e a Mulher Contemporânea
A influência da Mitologia e da narrativa dos mitos sob nossa sociedade, nossa cultura e por consequência nossa subjetividade e cotidiano é incontestável. Desta forma, percebemos que os mitos e os arquétipos mitológicos são extremamente atuais e reeditados pela vida contemporânea constantemente. Tendo em vista este universo inconsciente, simbólico e arquetípico, o presente trabalho tem como objeto de estudo o Mito de Vênus e a Mulher Contemporânea, realizando uma revisão teórica acerca destes conceitos. Finalizando em uma análise de como esses Símbolos e Alegorias podem influenciar esta Mulher, buscando enfim a recuperação e ressignificação do Sagrado Feminino por meio deste Mito.
Dos “Principia” da mecânica aos “Principia” de newton
O escritor argentino Jorge Luis Borges, em um de seus escritos, afirma que em cada período histórico um autor inventa os seus predecessores. Pode-se dizer que, com a publicação dos "Principia" de Isaac Newton, há exatamente trezentos anos, ou, melhor ainda, com a aceitação da mecânica newtoniana, a partir do século XVII, inicia-se uma espécie de "arqueologia" do pensamento prénewtoniano, buscando descobrir as raízes, as fontes de inspiração, os personagens, os acontecimentos históricos, enfim, todo o clima que permitiu o nascimento da mecânica moderna.
O Materialismo Vitalista de Margaret Cavendish: Uma Alternativa ao Mecanicismo do Século XVII
Seiscentos, 2022
Resumo: Este artigo tem o objetivo de apresentar uma possível maneira de compreender como o materialismo vitalista de Margaret Cavendish emerge a partir da análise e crítica que ela faz da tese, de René Descartes, que os animais não pensam, devendo ser considerados como máquinas complexas. Há uma divergência fundamental na perspectiva em que ambos os autores definem a natureza da racionalidade. A crítica de Cavendish a Descartes não apenas apresenta um argumento contra a sua tese, desenvolvida principalmente na parte V do Discurso do Método, como introduz elementos centrais a partir dos quais pretende desenvolver o seu sistema de filosofia da natureza; sugerindo, com isso, uma alternativa filosófica sofisticada ao modelo de compreensão do mundo natural que se tornaria majoritário ao final da revolução científica.
Velhos e novos desenvolvimentismos
Economia e Sociedade, 2012
Na segunda metade dos anos 2000, a retomada do crescimento com distribuição da renda no Brasil e na América do Sul, após o fracasso do neoliberalismo e sua variante suavizada, o Consenso de Washington, ao promover o crescimento econômico e reduzir significativamente a desigualdade social na região, contribuiu para o ressurgimento e atualização de antigos paradigmas de políticas econômicas. A crise financeira global e os impasses do desenvolvimento nas economias centrais deram força, ao menos nos países periféricos, à busca e consolidação desses novos perfis de política econômica. Este artigo propõe-se a examinar como tais mudanças influenciaram o pensamento desenvolvimentista no Brasil, dando origem, no período recente, a novas correntes interpretativas do desenvolvimento brasileiro e suas relações com a estratégia inovadora de desenvolvimento em curso.
A Visao riemanniana de uma nova Abordagem a Geometria
Como pode um matemático delinear uma visão fundacional-mente nova de uma disciplina matemática? Pode virar-se para a filosofia da matemática e falar sobre matemáticas, isto é, a um meta-nível, reflectindo sobre o seu próprio trabalho e o de outros matemáticos. Ou pode tentar esboçar a arquitectura da nova disciplina matemática em questão. Neste último caso tem de introduzir conceitos, construções e teoremas como tijolos técnicos centrais de uma teoria matemática. Normalmente, ele pode gizar sobre toda a rede de resultados de outros cientistas, o que aproxima a sua visão da tradição e atenua a novidade dos seus resultados. Assim, se é uma quebra epistemológica que se intenciona, tem de se tomar partido de pelo menos alguns elementos da primeira aproximação, mais filosófica. As ocasiões para viragens epistemológicas agudas são raras na história das matemáticas. A contribuição de Riemann para a geometria é um dos mais proeminentes exemplos.
2019
Este livro tem a pretensão de perscrutar o Transhumanismo, movimento filosófico e cultural que anseia a superação da condição orgânica humana em decorrência do exponencial avanço tecnocientífico traduzido em um aprimoramento humano que compreende um amplo espectro da ação humana. Para isso, vis-à-vis à um resgate histórico de quais sejam suas raízes ou pontos arquimedianos, o autor do livro assevera que o movimento pode ser compreendido em consonância à duas tradições tecnocientíficas, Prometeica e Fáustica, ambas constituídas, à luz da filosofia e sociologia de Hermínio Martins, por traços peculiares. Excelente discussão sobre o avanço tecnológico, o futuro da condição humana, os impactos e as mudanças na sociedade. Em suma, um boa análise e reflexão do que seja o Transhumanismo.
O Átomo, o Éter e as Explicações Metafísicas da Mecânica na Idade Moderna
Revista Pesquisa & Extensão, 2015
O objetivo do presente trabalho é o de apresentar a ciência do ponto de vista da subjetividade, destacando suas várias abordagens conjecturais e falíveis – mas, não obstante, racionais – sobre a questão da natureza da realidade. E é em vista disso que o presente artigo apresenta o problema do átomo e do éter na Idade Moderna e sua contribuição metafísica para o entendimento da questão da natureza da realidade física.