Consciência e papel dos leigos no pensamento de John Henry Newman (original) (raw)
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O conceito de "leigo" no Catolicismo
O genérico meaculpa já perdeu o poder que tem sobre os leigos em minha vida espiritual, o olhar me atravessa e vai a lugar nenhum em mim, hoje não vejo ninguém leigo
Teocomunicação
A significação do laicato na Bíblia pode ser abordada por três vertentes. A primeira é a canônica, que define o leigo como quem não pertence ao clero (e, por extensão, à vida religiosa), abordagem essa que se mostra pouco relevante para o Novo Testamento, a não ser para a compreensão alegórica do sacrifício e do sacerdócio de Cristo, especialmente na Carta aos Hebreus (Hb 4-6). A segunda é a teologia do “povo de Deus, nação sacerdotal”, reconhecida na sua fonte veterotestamentária, no Êxodo, na sua releitura neotestamentária, sobretudo na 1ª Carta de Pedro (1Pd 2,1-12), com múltiplas assonâncias nas demais Escrituras, e na teologia recente, especialmente em torno do Concílio Vaticano II: a vocação batismal ao sacerdócio de todos os fiéis. A terceira vertente, igualmente alimentada pelo Vaticano II e complementar à anterior, é a teologia (e a pastoral) das realidades terrestres ou da secularidade cristã, com seu pano de fundo bíblico na teologia da Criação e da grandeza do ser humano.
Notas sobre a Liberdade de Consciência em John Rawls
Resumo: A liberdade de consciência é uma das liberdades fundamentais garantidas pelo primeiro princípio de justiça de John Rawls. Porém, está limitada pelo interesse comum na ordem e na segurança púbicas. Embora o princípio da liberdade de consciência tenha lugar central em qualquer concepção democrática, e pode ser coerente com a justiça igual, a objeção de consciência parece sofrer na teoria de Rawls demasiadas restrições e, nesse sentido, o texto discute se essas restrições podem ser defendias em nome da justiça. O objetivo, apesar disso, não é desconsiderar o argumento, mas apenas chamar atenção para os tipos de razões que proporciona. Palavras-chave: John Rawls, Liberdade, Liberdade de Consciência, Objeção de Consciência. LESSA, J. B.. Notas sobre a Liberdade de Consciência em John Rawls. In: XIII Semana Acadêmica do PPG em Filosofia da PUCRS, 2014, Porto Alegre. XIII Semana Acadêmica do PPG em Filosofia da PUCRS, 2014. v. 1.
2017
Não se lhe emudece a natureza acerca de todas as outras coisas, até mesmo acerca de seu corpo, para bani-lo e trancafiá-lo numa consciência orgulhosa e enganadora, ao largo dos movimentos intestinais, do veloz fluxo das correntes sanguíneas e das complexas vibrações das fibras! Ela jogou fora a chave: e coitada da desastrosa curiosidade que, através de uma fissura, fosse capaz de sair uma vez sequer da câmara da consciência e olhar para baixo, pressentindo que, na indiferença de seu não-saber, o homem repousa sobre o impiedoso, o voraz, o insaciável, o assassino, como se em sonhos, estivesse dependurado sobre as costas de um tigre." NIETZSCHE, F. Sobre verdade e mentira. RESUMO Este trabalho se propõe a expor a forma como Nietzsche concebe, no percurso de sua filosofia, o funcionamento da consciência. Acreditamos que sua visão sobre o assunto traz inovações que reforçam em sua filosofia sua crítica à desvalorização dos instintos vitais e do corpo. Ao tratarmos do papel da consciência, necessariamente trataremos também da crítica de Nietzsche à linguagem.
Os leigos em Medellín: memórias e novas perspectivas
HORIZONTE - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religião, 2018
O artigo que apresentamos tem a intenção de refletir sobre a vocação e missão dos leigos descritas no Documento de Medellín, dedica-se a um resgate das memórias que podemos colher, depois de 50 anos, mas, também, em atenção às novas perspectivas que o próprio documento nos traz, hoje. Medellín foi um marco importante para a história da Igreja da América Latina e voltar a esta conferência pode nos oferecer novas pistas e novos entendimentos para situações que vivemos hoje, tanto na Igreja quanto na sociedade. Assim como o Concílio Vaticano II, Medellín foi importante para uma nova posição dos leigos na Igreja e para um novo entendimento de sua ação na sociedade, com autonomia e responsabilidades próprias. Neste artigo, daremos atenção ao Concílio Vaticano II e a sua recepção criativa em Medellín. Exploraremos aspectos do capítulo que trata exclusivamente dos leigos e, na sequência, discorreremos sobre algumas questões que o tema provoca e que, depois de 50 anos, mostram-se atuais e o...
A contribuição de John L. Austin para o problema de outras mentes
Revista Inquietude, 2011
Um dos maiores expoentes da filosofia analítica, John Langshaw Austin deu uma contribuição de grande relevância para a filosofia da mente contemporânea com seu artigo Outras Mentes ([1946] 1980). A questão central que norteia o artigo é: o que significa dizer que há "a mente" ou, mais especificamente, "outras mentes"? Em sua argumentação, Austin conclui que tal problema não pertence ao nível ontológico (o que é a mente), mas sim ao nível linguístico (o que significa 'mente') e, assim sendo, uma análise aprofundada da linguagem ordinária pode fazer com que as implicações metafísicas provenientes do problema sobre a natureza da mente sejam resolvidas. Nesse sentido, o presente artigo tem como objetivo analisar a argumentação proposta por Austin e ver como é possível entender o "problema de outras mentes" sob a perspectiva proposta pelo filósofo.