Trabalho produtivo em Karl Marx: novas e velhas questões (original) (raw)
Related papers
Trabalho Produtivo e Trabalho Improdutivo nas " teorias da mais-valia " de Karl Marx
O presente texto tem como propósito apresentar a peculiaridade do trabalho produtivo e sua distinção em relação ao trabalho improdutivo, conforme abordado no capítulo IV das Teorias da mais-valia (Livro IV de O capital). Nos manuscritos de 1861-1863, Marx destaca o mérito de Adam Smith tanto perante as posições fisiocratas e mercantilistas acerca da natureza do trabalho produtivo, quanto perante a plêiade de pensadores de menor importância da economia política que, posteriormente, tentaram erigir o trabalho improdutivo à condição de trabalho produtivo. O elogio marxiano ao autor de A riqueza das nações não deve ser confundido com alguma afirmação de unidade absoluta acerca de suas considerações sobre a natureza do trabalho. No decorrer deste artigo, buscar-se-á destacar os aspectos distintivos dos referidos autores acerca da peculiaridade do trabalho produtivo e do trabalho improdutivo e a matriz fundamental da crítica marxiana à economia política. Palavras-chave: Trabalho produtivo. Trabalho improdutivo. Adam Smith. Karl Marx. Mais-valia.
O conceito de trabalho produtivo em Marx
II Encontro Teoria do Valor Trabalho e Ciências Sociais, 2014
Um dos argumentos mais usados para dizer que Marx estaria superado é que ele fez sua teoria baseada na produção industrial, que teria perdido importância nas últimas décadas para os serviços. Um dos conceitos marxistas que teriam se mostrados errados, nessa con-cepção, é o de trabalho produtivo. Esse artigo retoma os escritos de Marx sobre trabalho pro-dutivo para mostrar que ele não estava falando apenas da indústria, mas de qualquer setor da economia em que há produção capitalista. Para este autor, o critério para definir um trabalho como produtivo não está relacionado ao trabalho concreto — que produz valor de uso — mas ao trabalho abstrato, que produz valor.
O presente texto tem como propósito apresentar a peculiaridade do trabalho produtivo e sua distinção em relação ao trabalho improdutivo, conforme abordado no capítulo IV das Teorias da maisvalia (Livro IV de O capital). Nos manuscritos de 1861-1863, Marx destaca o mérito de Adam Smith tanto perante as posições fisiocratas e mercantilistas acerca da natureza do trabalho produtivo, quanto perante a plêiade de pensadores de menor importância da economia política que, posteriormente, tentaram erigir o trabalho improdutivo à condição de trabalho produtivo. O elogio marxiano ao autor de A riqueza das nações não deve ser confundido com alguma afirmação de unidade absoluta acerca de suas considerações sobre a natureza do trabalho. No decorrer deste artigo, buscar-se-á destacar os aspectos distintivos dos referidos autores acerca da peculiaridade do trabalho produtivo e do trabalho improdutivo e a matriz fundamental da crítica marxiana à economia política.
Homem e trabalho em Marx - Pequenos apontamentos
Tendo em vista que grande parte da psicologia do trabalho tem suas raízes nas propostas elaboradas por Marx e sua visão do mundo do trabalho, neste pequeno texto proponho mostrar a relação que Marx efetua entre o homem e o trabalho. Com certeza não terei como explorar todas as vertentes do pensamento de Marx sobre o tema e não teria como relacionar isto com as diversas correntes da psicologia do trabalho em voga atualmente. No entanto, acredito que o esforço de elucidar alguns conceitos de Marx se fazem necessários para evitar um uso indevido destes conceitos ao se aplicar à psicologia. É sabido que vários filósofos, psicólogos, psicanalistas possuem reflexões importantes sobre a questão do trabalho. Dentre eles podemos citar o próprio Freud que procura relacionar o trabalho à uma dinâmica pulsional ligado em vários aspectos à noção de sublimação, etc. Não me aterei nesta vertente pois o trabalho ficaria muito extenso. Darei uma ênfase nos conceitos elaborados por Marx principalmente a relação entre o homem e o trabalho.
Trabalho alienado em Marx e novas configurações do trabalho
Resumo: A teoria marxiana do trabalho alienado ocupa um papel de destaque na Filosofia política moderna. Seguindo a esteira de Hegel, Marx concebe o homem como sendo o produto de sua própria atividade, isto é, a autoprodução do homem pelo trabalho. Isso significa que o ser humano não é um ser que nasce acabado, mas que se desenvolve como ser humano enquanto desenvolve as potencialidades que lhe são inerentes. Imerso no estudo da sociedade capitalista, Marx percebe como nela se interdita esse postulado da autoprodução do homem pelo trabalho. Mas, se a realização da humanidade depende da genuína atividade produtiva, do exercício do trabalho, sem alienar-se em relação ao seu produto, surge a necessidade de se criarem alternativas frente a esse modo de produção, no intuito de se assegurarem as condições de realização da humanidade do trabalhador. As condições para o exercício do trabalho não-alienado serão superadas, na medida em que se superar a propriedade privada e a divisão social do trabalho. E na linha de pensamento de Marx, a tese de que o trabalho perdeu sua centralidade não tem lugar. Vale dizer que, se tal tese fosse admitida, seriam suprimidas as condições de realização do ser humano, pois, para Marx, trabalho e o desenvolvimento das potencialidades humanas são indissociáveis. O que precisa ser superado é o trabalho alienado e não o trabalho como tal.
O Conceito De Trabalho Nos Manuscritos Econômico-Filosóficos De Karl Marx
bdtd.biblioteca.ufpb.br
Agradeço e dedico e primeiro lugar a meu pai Valdomiro Paula Farias e minha mãe Valquíria Aleixo Farias, por tudo que fizeram desde sempre por seus filhos. Aos meus irmãos, Tati, Tony e Tacinho por todo o apoio e camaradagem que a distância geográfica não impediu que chegassem. A nossa união é nossa força. A minha amada, Isadora, que me deu força, luz e alegria para viver.
Motivado por uma espécie de 'desafio' lançado pelo marxista argentino Rolando Astarita, apresento o argumento dos defensores da tese segundo a qual o mais-valor extra resulta do trabalho potenciado. Depois tentarei argumentar contra essa tese, defendendo a posição de que o mais-valor extra não decorre do trabalho potenciado e, pelo contrário, só pode ser resultado da transferência de valor. No final do texto, aponto algumas conexões entre esse debate teórico e o debate político.
A Produção Em Marx e a Utilização Do Método Materialista Dialético Para a Sua Análise
Revista Trabalho Necessário
Ao centrarmos a discussão a respeito da formação humana, o fazemos a partir da consideração de uma categoria como determinante dessa relação. Tratase da categoria trabalho, que possui uma dimensão ontológica, ou seja, própria do ser humano, e assume outra histórica, socialmente produzida, sobretudo no modo de produção capitalista. Assim, o trabalho em suas dimensões nos traz elementos teóricos constitutivos de uma totalidade rica em determinações e síntese da relação entre produtividade e formação humana, objeto de nossa investigação mais ampla. Ainda a respeito da formação humana, essa se coloca como mediadora do trabalho, uma vez que, também situada em uma determinada materialidade social, concorre à construção dos processos dominantes da dimensão histórica do trabalho, mas também atua num processo de contra-corrente, no sentido da recuperação da dimensão humanizadora, ou seja, do trabalho em sua dimensão ontológica.
Nota sobre Marx e o processo de trabalho no final do século
Resumo: este artigo procura discutir como a mudança provocada na fábrica taylor-fordista pela nova automação, de base microeletrônica, afeta a análise marxista do processo de trabalho capitalista. Para o desenvolvimento do raciocínio, buscou-se resgatar a natureza conceitual do processo de trabalho capitalista segundo Marx, e, a partir daí, verificar em que medida essa natureza conceitual ajustar-se-ia à indústria taylor-fordista e à indústria dotada do mais elevado grau de automação. É a partir dessa caracterização de natureza conceitual que se pode avaliar a força ou a fraqueza teórica de Marx para efeito da análise da evolução histórica do processo de trabalho.