Memória e esquecimento - Omena e Funari (original) (raw)

O Lembrar e o esquecer

Téssera

O presente ensaio analisa a representação da memória e da identidade no romance Até que as pedras se tornem mais leves que a água (2017), de autoria do escritor português António Lobo Antunes. O romance é constituído sob a tensão entre colonizador e colonizado e entre a dicotomia lembrar e esquecer. A narrativa de António Lobo Antunes aponta o colonialismo português como trauma que fragmenta a identidade e a existência tanto do colonizado, como do colonizador. O romance demonstra que as consequências do imperialismo ainda sobrevivem na sociedade portuguesa contemporânea. A literatura de António Lobo Antunes apresenta-se como discurso de memória que resgata os últimos capítulos do império colonial português.

Memória e esquecimento

Anais do 4º Congresso Internacional de Direito e Contemporaneidade: mídias e direitos da sociedade em rede RESUMO Analisa-se neste estudo o tema memória ou esquecimento. A relevância desse trabalho reside em identificar uma alternativa para a colisão desses dois direitos que derivam de preceitos fundamentais. O ensaio tem por objetivo geral demonstrar a possibilidade de o tempo ser instituidor do direito por meio da evolução do tempo social. São seus objetivos específicos discorrer sobre a fundamentação e colisão dos direitos fundamentais, expor a institucionalização do tempo social operando em quatro aspectos: memória, perdão, promessa e requestionamento. A metodologia consiste em utilizar o método hipotético-dedutivo, a pesquisa será bibliográfica utilizando livros, meios eletrônicos e legislação. Com o resultado se espera conseguir contribuir para uma nova alternativa de solução da colisão entre o direito à memória e ao esquecimento.

Memória, Lembrança e Esquecimento

Revista da Faculdade Mineira de Direito

O presente artigo pretende argumentar em favor de um conceito de Memória que inclua tanto a lembrança quanto o esquecimento, e de sua importância para a construção do futuro de uma sociedade, a partir de exemplos da literatura, notadamente de Grande Sertão, Veredas, de João Guimarães Rosa, do Sermão da Terceira Dominga de Advento, de Padre Antônio Vieira e do conto Funes, o Memorioso, de Jorge Luis Borges. Para isso, pretende-se distinguir a Memória real da Memória delirante (representada em nosso tempo pelas Fake News) e estabelecer um critério político que permita escolher entre o que deve ser lembrado e o que deve ser esquecido.

Lembrar e conhecer em Memory

Intuitio, 2021

Memory: A Self-Referential Account foi lançado em 2019 pelo autor Jordi Fernández. O texto nos oferece um relato bastante claro e complexo sobre a natureza da faculdade mnemônica enquanto fenômeno epistêmico. Nesta resenha apresentamos em linhas gerais o percurso argumentativo de Jordi Fernández. Desta maneira o leitor tem um acesso prévio aos conceitos considerados como chaves para a compreensão da filosofia da memória.

Duas memórias e o esquecimento

2012

Ensaio: Duas memórias e o esquecimento, pp. 142-155 ou de como a festa investe sobre o instante e preenche a memória, destruindo a palavra Resumo: Título: Duas memórias e o esquecimento ou de como a festa investe sobre o instante e preenche a memória, destruindo a palavra... A partir de um tema supostamente comum, que seja o da festa do congado, pretendemos mostrar como a diferença constitutiva da experimentação festiva permitiu uma aproximação inesperada de nossos ol-hares. Quando fizemos os cruzamentos de nossas notas de campo, percebemos que havíamos, por difer-entes percursos, chegado a um mesmo território: a memória. Tentamos aqui (re)constituir, através de um diálogo, os passos desse duplo percurso, procurando explicitar o itinerário acadêmico, mas sobretudo, o afetivo. Colocando-nos em causa através de nossas histórias, que se entrelaçam de maneira tão singular à história local do congado, pretendemos expressar como nossas adesões são importantes na transfigu-ração de uma exp...

Ópio e memória ou sobre o retorno do esquecimento

Cadernos de Pesquisa do CDHIS, 2018

O texto sugere uma retomada das considerações propostas recentemente pela historiadora Lorena Lopes da Costa, a partir de sua leitura dos poemas de Homero, onde defende que a noção antiga de xénos [hóspede/ anfitrião/ estrangeiro] poderia ser compreendida como imagem da relação existente entre todo historiador e o passado que ele pesquisa, estuda e, eventualmente, narra. Valendo-me de uma ambiguidade existente no interior da relação de xenía [hospitalidade] – mas cuja amplitude se dá a ver até na poesia contemporânea (como no caso de Paul Celan) -, desdobro uma série de considerações que problematizam e aprofundam as sugestões de Costa. A xenía pode ser tomada – numa chave analógica ou alegórica – como a imagem da relação entre o historiador e o passado, mas é preciso que se atente para os múltiplos riscos implicados por essa relação (inclusive por toda relação entre o historiador e o passado).