Simonal: quem não tem swing morre com a boca cheia de formiga (original) (raw)
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Bocal: Improvisação vocal e performance
v. 3 n. 01: Voz e Cena (jan-jun/2022) , 2022
Resumo-Bocal: Improvisação vocal e performance Este artigo reflete sobre o trabalho Bocal apresentado em novembro de 2021 na 34ª Bienal de São Paulo, a convite do Festival Novas Frequências e da organização Cultura Artística. Trata-se de um duo de improvisação vocal realizado pelas artistas Inés Terra e Paola Ribeiro. A partir da experiência de improvisação no evento mencionado e de conversas estimuladas por leituras ligadas ao estudo da voz na música improvisada e na arte da performance, as artistas discorrem sobre suas práticas e sobre as percepções possíveis do trabalho, confrontando as ideias iniciais que o configuraram e elaborações posteriores a sua realização, contribuindo com o entendimento dos processos de criação mediados pela exploração vocal e seus paradigmas socioculturais.
Wilson Simonal em campo: reflexões sobre o álbum México 70
Analysis of Wilson Simonal's Mexico 70 album released in 1970 by the Mexican record label Odeon. We aim at understanding how the internal dimensions of the album, especially regarding the musical-aesthetic guidelines, condensed some symbolic conflicts present in the internationalization culture process and the phonographic industry consolidation in Brazil. After articulating the relations between soccer, media, popular music and the Brazilian State with a musical appreciation of each track on the album, we confronted our partial conclusions with some recurring concepts in the literature that deals with Brazilian culture and Brazilian popular music in the 1970s, in order to suggest a possible analytical approach to think the relation between Brazilian popular music and the political and cultural context of this period.
Samba mudo: Saberes sensiveis que a musica nao fala e a pesquisa nao ve nem salvaguarda
Opus, 2023
Resumo: "Samba mudo" foi a expressão usada por sambadores do Recôncavo Baiano ao assistirem a vídeos de 1987 de João da Viola tocando cinco tons de machete. O samba foi chamado de mudo porque os vídeos foram gravados sem canto, de maneira a capturar com clareza aquelas cinco técnicas de execução da pequena viola. A clareza e os objetivos analíticos da pesquisa possibilitaram, décadas depois, reativar um saber em grande parte desaparecido por meio do projeto "Tons de Machete", que registrou diversos saberes e perspectivas em torno da prática e realidade documentadas nos vídeos através de "encruzilhadas sensíveis", método aqui apresentado, entre agentes de diferentes lugares e contextos do Brasil e Portugal. Entretanto, ao enfatizar determinados aspectos e discursos de uma prática cultural mais ampla, certas escolhas de registro e de pesquisa podem emudecer saberes, conforme as premissas e percepção do pesquisador. Este artigo é o primeiro de uma série que, ao apresentar resultados do projeto, busca, a partir de pesquisa etnográfica e das vozes de mestres sambadores, amplificar várias dimensões constituintes do fazer musical que escapam a uma percepção eurocêntrica formatada pela Normatividade Musical Ocidental e predominante na pesquisa, ensino e salvaguarda musicais. Além de apresentar o projeto, neste artigo são questionadas narrativas em torno da viola machete como principal objeto de salvaguarda na patrimonialização do samba de roda e discutidos entendimentos amplos dos sambadores acerca do samba e de seus instrumentos, incluindo aspectos cosmológicos condizentes com epistemologias africanas. Palavras-chave: Saberes Sensíveis. Samba de roda. Viola Machete. Instrumentos Musicais. Encruzilhadas Sensíveis.
A prática do swing e a dimensão do prazer
Tematicas
O objetivo deste artigo é refletir sobre questões referentes às relações afetivo sexuais entre homens e mulheres na sociedade atual a partir da experiência de casais adeptos da prática do swing. Particularmente, procuro compreender quais dimensões da experiência estariam envolvidas no discurso dos adeptos do swing sobre o prazer que obtém em sua prática. Busco analisar os diferentes aspectos que parecem relacionados ao se falar em prazer para os adeptos da troca de casais: a fantasia, a transgressão, a intensidade e o controle. Qual o sentido que os casais entrevistados dão para a sua experiência? Até onde vai a busca pela satisfação de fantasias sexuais? Há um limite para a intensificação do prazer? A reflexão está baseada na análise de 13 entrevistas realizadas com casais adeptos da prática do swing entre os anos de 2003 e 2007 na cidade do Rio de Janeiro. Também são fontes de análise as anotações resultantes de observação participante realizada em dezenove encontros semanais de c...
Análise bromatologia de silagem dos produtores de Santana do Ipanema
RESUMO: A presente pesquisa foi realizada com o objetivo de estudar as silagens de milho (Zea mays L), no Povoado Lagoa do João Gomes, localizada na microrregião de Santana do Ipanema – AL. Foram estudados 07 silos de produtores diferentes. O plantio foi realizado durante o mês de maio de 2013, o corte feito manualmente nos dias 11, 12, 13 e 14 de setembro 2013. O tamanho do corte foi de 2 cm. O tipo de silo utilizado foi o de superfície. O delineamento experimental foi de blocos casualizados, Com 7 tratamentos e 4 repetições, totalizando 28 parcelas. As amostras foram submetidas à pré-secagem em estufa de aeração forçada, depois determinados os teores de matéria seca (MS), proteína bruta (PB), matéria mineral (MM). A partir deste trabalho, concluiu-se que as silagens apresentaram diferenças significativas quanto ao nível de proteína bruta, matéria seca, matéria mineral, quando comparadas entre si ao nível de 1% de probabilidade, já em comparação com os níveis exigidos para se ter uma dieta adequada, elas apresentaram valores relativamente baixos de proteína bruta e valores relativamente baixos de matéria seca. Apresentando valores dentro do padrão quando consideradas como volumosos. Termos de indexação: Silagem de milho, Plantio, Matéria seca.
As formigas tecelãs do cerrado
LINHA s insetos do grupo Hymenoptera -ordem do filo Arthropoda à qual pertencem vespas, abe-O lhas e formigas -estão entre os que apresentam maior diversidade de interações com outras espécies, animais e vegetais (figura 1). Como todos os outros insetos, eles têm três pares de pernas articuladas, uma carapaça (exoesqueleto) recobrindo o corpo e um par de antenas, podem ou não ter asas e vivem em todos os continentes, exceto na Antártida. Entre as peculiaridades dos himenópteros está a de que podem ser solitários ou sociais.
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MANOEL BOMFIM E AS ESPECIFICIDADES DA FORMACAO
Ao longo deste texto, buscamos sistematizar o entendimento de Manoel Bomfim apresentado em seus ensaios América Latina: Males de Origem (1905) e O Brasil na América: caracterização da formação brasileira (1929) a respeito do processo de formação do Brasil e das demais nações neo-ibéricas, buscando realçar sua crítica ao caráter violento e exploratório desse processo que, segundo o pensador sergipano, era oriundo do sistema colonial e de seu aparato funcional, com especial ênfase para as influências negativas da escravidão. Esse enfoque na ocupação dos espaços e na inclusão dos indivíduos evidencia a importância atribuída por Manoel Bomfim à conquista e à ocupação do território como elemento definidor das especificidades nacionais, tema que procuramos explorar por meio de uma reflexão sobre os dois ensaios supracitados.
A paixão do funk pelo prazer: modo de ser suingue
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Neste artigo, analisamos a reverência do • funk carioca pelo prazer. A paixão pelo prazer surge, no funk, mediante o ato de cantar e dançar. O referencial teórico deste trabalho é a semiótica greimasiana. O objetivo é, por meio da análise da canção "Sigla Latina do Amor", de Fernanda Abreu, tratar do universo passional do funk carioca. A hipótese é que o suingue da canção manifeste um modo específi co de ser e sentir. Na análise da paixão estimulada pelo funk, destacamos o ato de cantar, uma vez que este ocorre em síncrese com a dança e interpela os destinatários-locutários a, por projeção aos interlocutários da canção, "habitar" o universo enunciado. Os resultados da análise levam a crer que o ato de cantar estimula o suingue e, com ele, o prazer. Junta-se à análise da canção a refl exão sobre o tempo manifestado, que, além de criar a presentifi cação-do prazer aqui e agora-,fortalece a síncrese existente entre as relações dos sujeitos: os que cantam, os que acompanham e os que "habitam" a canção. A conclusão é que, no embalo dos ouvidos e dos movimentos dos corpos, a canção acaba por sustentar e promover um universo passional da cultura funk.