Vista do Assistência ao parto e violências sob a ótica de profissionais de saúde (original) (raw)
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Significado de violência obstétrica para os profissionais que atuam na assistência ao parto
Enfermagem em Foco
Objetivo: conhecer o significado de violência obstétrica para os profissionais que atuam na assistência ao trabalho de parto e parto. Método: a pesquisa foi de abordagem qualitativa, do tipo descritivo, exploratório e transversal. Os participantes da pesquisa foram 22 profissionais que prestam ou prestaram assistência à mulher durante o trabalho de parto e parto. A análise dos dados coletados foi realizada utilizando a proposta de análise de conteúdo de Bardin. Resultados: foram encontradas as categorias “Não respeitar o protagonismo da mulher”, “Intervenções desnecessárias”, “Negar atendimento”, “Relação profissional e parturiente conflituosa”, “Agressão verbal”, e “Desconhecimento de profissionais e parturientes”. Conclusão: os profissionais conhecem o significado de VO, pois as suas falas corroboram com a literatura e retratam uma realidade das maternidades. Descritores: Parto Humanizado. Violência contra a Mulher. Humanização da Assistência.
Uma Dor Além do Parto: Violência Obstétrica em Foco
Revista de Direitos Humanos e Efetividade
A violência obstétrica é uma forma de violência de gênero e implica em violação de direitos humanos, caracterizada pela imposição de intervenções danosas à integridade física e psicológica das parturientes, perpetrada pelos profissionais de saúde, bem como pelas instituições (públicas e privadas) nas quais tais mulheres são atendidas. Desta forma, o presente artigo possui como finalidade discutir a violência obstétrica, bem como sua caracterização, a partir da análise dos acórdãos do Supremo Tribunal Federal (STF) e Superior Tribunal de Justiça (STJ). Foram selecionados e discutidos os julgados que mais evidenciavam a temática abordada.
A humanização do parto como ferramenta no combate à violência obstétrica
Research, Society and Development
O objetivo é avaliar se a humanização do parto e efetiva para o combate a violência obstétrica. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada através das bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Banco de Dados em Enfermagem (BDENF) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), através dos seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Transplante de Medula Óssea” e “Leucemia Mielóide Aguda”. Como critérios de inclusão: artigos disponíveis online, na íntegra, nos idiomas português, espanhol e inglês, que abordassem a temática, nos últimos cinco anos (2017-2022). Como critérios de exclusão: artigos que não contemplavam o tema e estudos repetidos nas bases de dados. A partir da busca inicial com os descritores e operador booleano definidos, foram encontrados 254 estudos na base selecionada e após aplicar os critérios de inclusão e exclusão, foram selecion...
Dois olhares na assistencia humanizada ao parto
Às amigas da pós-graduação Eliana, Isabel, Kátia e Odaléa que compartilharam desta caminhada, pela convivência e crescimento conjunto. À Gislaine e Sirlei, estatísticas do CAISM, meu agradecimento pela paciência e valiosa contribuição nas análises estatísticas. A toda equipe que atua no Centro Obstétrico e no Alojamento Conjunto do CAISM, pelo acolhimento. À Zoraide, à Andréa, à Silvia e à Rosimeire pelo incentivo, presentes nos momentos que mais precisei. À bibliotecária Vanda pela presteza com que nos atende. Aos profissionais da ASTEC, pelo apoio técnico indispensável para a concretização deste trabalho. À Margarete, secretária da Pós-Graduação, pela atenção e orientação necessárias. À equipe da Divisão de Enfermagem do CAISM, representada pela Celi e Cristiana, pelo convívio diário e colaboração. À profª drª Maria Helena, que esteve me apoiando e incentivando nas horas difíceis. A todas as mulheres e profissionais que participaram deste estudo com disponibilidade e interesse. Ao FAEP, Fundo de Apoio ao Ensino e à Pesquisa, pelo apoio financeiro para a realização desta pesquisa.
Revista de Saúde
A violência obstétrica encontra-se em diversas expressões e omissões direcionadas a mulher durante o pré-natal, parto e/ou puerpério, causando dor e sofrimento desnecessários, desrespeitando sua autonomia e integridade física e mental. A humanização, por sua vez, vem destacando-se na assistência ao parto ao defender o protagonismo feminino da mulher ao parir. Diante isso, a humanização deve ser amplamente inserida na formação acadêmica para que os futuros profissionais atuem de forma a acolher a paciente, respeitando suas vontades e desejos. Teve por objetivo verificar a percepção dos estudantes do internato do Curso de Medicina e do estágio supervisionado do Curso de Enfermagem da Universidade de Vassouras sobre a violência obstétrica e a humanização na assistência ao parto. Foi realizada uma pesquisa transversal, de natureza quantitativa, cujos dados foram coletados, via google forms, utilizando-se um questionário estruturado com 10 perguntas. A amostra, por conveniência, não prob...
Uma análise biopolítica do parto e da violência obstétrica no Brasil
Universitas Jus, 2016
A violência contra as mulheres no parto é um tema recorrente na sociedade brasileira. Explícita ou velada, a violência obstétrica contra parturientes é apresentada, no presente estudo, como consequência do processo de excessiva medicalização do parto, que submete a gestante a um processo de absoluta invisibilização em decorrência do saber-poder médico que lhe é imposto, nos moldes da filosofia foucaultiana. Nesse sentido, busca-se compreender, a partir do método fenomenológico, em que medida a mulher vítima dessa violência pode ser considerada uma “vida nua”, nos termos da categoria desenvolvida na obra do filósofo italiano Giorgio Agamben.
Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 2016
Resumo Objetivos: analisar os fatores associados à violência obstétrica de acordo com as práticas não recomendadas na assistência ao parto vaginal em uma maternidade escola e de referência da Cidade do Recife. Métodos: estudo transversal, prospectivo, com 603 puérperas, realizado entre agosto a dezembro de 2014. Os dados sociodemográficos, clínicos e de acesso à assistência foram obtidos através dos prontuários e de entrevistas com as pacientes. A prevalência da violência obstétrica foi baseada nas recomendações da Organização Mundial da Saúde sobre as práticas recomendadas para a assistência ao parto vaginal. Para análise dos fatores associados utilizou-se a regressão multivariada de Poisson, considerou-se p<5%. Os dados foram analisados no Stata 12.1 SE. Resultados: a prevalência da violência obstétrica foi de 86,57%. As práticas prejudiciais mais frequentes foram os esforços de puxo (65%), a administração de ocitocina (41%) e o uso rotineiro da posição supina/litotomia (39%). ...
Consentimento, parto e violência: pensando enquadramentos
Equatorial, 2024
The article discusses the importance of the notion of consent in framing childbirth experiences as cases of obstetric violence. The discussion is based on ethnographic reports by two interlocutors. In women's claims against obstetric violence, the need to consent to procedures to be performed during childbirth appears as the main reason for conceiving childbirth as a violent experience. Seeking respect for autonomy, they prepare the Childbirth Plan, a document in which the woman details her preferences regarding the interventions that she authorizes or not to be carried out during her birth. However, considering power asymmetries between the parturient woman and the health professionals and unforeseen situations, the initial planning is not always respected. Thus, I seek to understand in which situations the lack of consent is considered necessary and in which it becomes violence by the interlocutors, based on the notions of framing and care.
Percepção das gestantes sobre violência obstétrica no município de Pedro Afonso-TO
2021
Percepção das gestantes sobre violência obstétrica no município de Pedro Afonso-TO A violência obstétrica remete a um atendimento desumanizado, medicalização e uso de processos artificiais, tais atos que impactam no direito de escolha e inclusive seus sentimentos e com isso afeta negativamente na qualidade de vida. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) são porta de entrada para o pré-natal, com o objetivo de garantir a gestação de forma segura, este é o momento ideal para discussão de temas de interesse para a gestante. Tem como objetivo em identificar o conhecimento das gestantes sobre violência obstétrica no município de Pedro Afonso-TO. Trata-se de um estudo transversal, de metodologia quantitativa com uma amostra de trinta gestantes acompanhadas nas unidades básicas de saúde Tenente Salustiano e Pedro Zanina, os dados foram coletados através de um questionário semiestruturado. Após o preenchimento e obtenção dos relatórios gerados, os dados obtidos foram submetidos à análise estatística mais apropriada, após a coleta dos resultados. Em relação ao conhecimento sobre violência obstétrica 35% das gestantes não conheciam o termo e 17 % acreditam ter sofrido violência obstétrica na última gestação. Aproximadamente 28% das gestantes relataram ter sofrido algum processo intervencionista durante o trabalho de parto e 80% delas afirmaram sobre a liberdade de mudança de posição sendo mais praticada no processo de parto. Esperou-se com esse estudo identificar o conhecimento das gestantes quanto à violência obstétrica, e a prevalência de atendimento desumanizado, maus tratos, intervenções desnecessárias. E buscamos saber se elas são respeitadas, tanto no bem-estar físico e emocional e sobre sua autonomia.
Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 2011
Este artigo apresenta resultados parciais de entrevistas semiestruturadas realizadas com 23 profissionais de saúde de uma maternidade pública, no contexto de um projeto de pesquisa-ação implantado para promover a identificação e o acolhimento de mulheres que sofrem violência na gravidez. As percepções sobre as relações de gênero e sobre a violência, nas suas vidas particulares e profissionais, incluíram tanto os possíveis sinais de violência apontados no comportamento de pacientes e familiares nas consultas e contatos, quanto as barreiras, possibilidades e condições necessárias para abordarem o assunto na rotina hospitalar. Observamos que suas visões foram ampliadas na entrevista individual e nas discussões coletivas subsequentes, num processo de 'visibilidade…