Greenberg, Danto e a Crítica: problemas de um triângulo (original) (raw)
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O problema da estética em Arthur Danto e a questão da crítica em Walter Benjamin
Viso
Diante das mudanças ocorridas na arte das últimas décadas, os critérios estéticos tradicionais perdem sua eficácia para pensar a produção artística contemporânea. Consequentemente, a recepção da obra de arte, assentada na tradição, torna-se inócua. Neste artigo apresento a necessidade de uma reconfiguração da recepção do objeto artístico a partir da crítica não normativa da obra de arte, cunhada por Walter Benjamin, em associação às reflexões sobre estética e filosofia da arte desenvolvidas por Arthur Danto. A aproximação entre esses dois autores, embora mantenha uma dimensão controversa, propõe rearticular aspectos do pensamento benjaminiano sobre a arte, corroborando sua crítica em relação ao ideal forjado pela razão iluminista. Assim, o presente artigo expõe o problema da estética e da história partindo do olhar que o contemporâneo lança ao passado, o qual ressignifica importantes modificações que o século XVIII introduziu no conceito de arte.
'A Espiã' tem triângulo complicado de entreter, narrar e edificar
Resenha de "A Espiã", romance de Paulo Coelho, publicada na Folha de S. Paulo, em 06/12/2016. A Espiã permite caracterizar os pontos cardeais da escrita de Paulo Coelho. Tal deve ser a tarefa de uma crítica que se deseje contemporânea: enfrentar os desafios do aqui e agora. Propõe-se que sua ficção acrescenta ao dístico horaciano a edificação, própria das fábulas – e isso em qualquer tradição literária. Daí, sua escrita busca atar os vértices de um peculiar triângulo, que pretende narrar, entreter e edificar. Rematamos assim a caracterização inicial da escrita de Paulo Coelho; salvo engano, passo necessário para tentar entender o êxito global de sua ficção.
Uma crítica panóptica? entre norma e enigma
1992
Os crltlcos panoptlcoi eles discursam eles mentem no lugar da mensagem mas essa histaria de cadigos confundidos com linguagem nada tem aver eles dizem que sao jimcionarios mas odiscurso eclaro: que(m?) tem 0 poder do espafo tem 0 espafo do poder 2 Sempre da para 0 critico ou estudioso escamotear 0 confronto entre obra e critica e passar direto para 0 seu proprio texto-de critica. Para mim, 0 enfrentamento entre obra e leitor e direto e forte. Alem de que, nao sou poeta nem ficcionista. Minha escrita busca e hesitae a rigor nem tem 0 poder do espa~o, nem 0 esp~o do poder. Quando escrevo e porque pense e sinto. Fayo-o por compulsao, por necessidade pessoal e sem a ilusao de arrebatar, comover, levar a pensar e ler e sentir. Escrevo para 0 nio leitor e 0 nio publico. Para 0 nao debate. Ou, por obriga~io profissionaI... "E pur•••". Tenho algumas poucas referencias de leitor: as de professores da rede publica-que costumam ser vistos como leitores precanos ou incompetentes. Para mim sao leitores como outros, gente comoeu e me tocam e acho que se tenho alguma tarefa a cumprir, sera fomecer elementos para a sua reflex8o. Tais leitores tem tido dificuldade em ler poesia. A poesia ou assusta ou intimida.
Trata-se de discutir e entender o conceito de juízo estético nos escritos do crítico de arte norte-americano Clement Greenberg através de seus artigos e seminários da década de 1970 reunidos em Estética Doméstica, articulando-os a seus textos anteriores consagrados e a textos de comentadores. Pretende-se explicitar a relação de sua teoria estética à estética kantiana e sua colaboração para compreensão do Modernismo e da crítica de arte.
O olhar de Dan Graham para a Cidade sob o prisma da "Crítical Cultural"
XVI Enanpur: Espaço, planejamento e insurgências: alternativas contemporâneas para o desenvolvimento urbano e regional, 2015
Em 1965, o artista norte-americano Dan Graham iniciou sua trajetória artística com a publicação de Homes for America, uma espécie de obra/artigo intervindo em revistas especializadas em arte. Nela estão presentes muitas das questões que definem toda a sua produção posterior e que também configuram um desenvolvimento particular da arte contemporânea, sobretudo em relação às pesquisas estéticas que buscaram superar as convenções, os códigos e as categorias que até então regiam a produção e o pensamento de arte. A obra seminal de Graham pode ser descrita como uma crítica à arte minimalista (produção de ponta naquele momento) e também à própria instituição de arte. Por um lado, o conteúdo apresentado intercala uma série de fotografias do artista sobre as habitações típicas dos subúrbios americanos (fenômeno que eclodira no país durante o pós-guerra) com textos descrevendo a lógica de produção e de organização espacial e formal das unidades, associando dessa maneira, o ideário estético do minimalismo (a objetividade e literalidade formais) com um contexto social real. Por outro, ao direcionar sua produção para o suporte das revistas, o artista estava questionando um aparato de circulação e valoração das obras de arte, trazendo à tona o funcionamento do espaço expositivo das galerias e museus como um sistema mais amplo.
Em torno dos problemas da Crítica e da Teoria da Arte
Algumas considerações de ordem teórica — em torno dos problemas da Crítica e da Teoria da Arte — surgem, aqui, elaborados numa tentativa de seriação e reflexão que parte, propositadamente, de uma definição prévia de critérios tanto teóricos como práticos, o que, a meu ver, facilitarão a compreensão de alguns dos pontos concretos que se colocam na aproximação aos problemas da arte actual. Pretende-se, através dessa breve discussão, fazer com que transpareçam aspectos relativos à sua fundamentação, por oposição a uma abordagem de carácter impressionista, que se centraria num mero plano de gosto ou de projecção individual de simpatias estéticas, deverá tornar-se antes de tudo evidente a necessidade de que este seja capaz de conceptualizar a sua abordagem a partir de uma visão compreensiva, em que os fenómenos se enquadrem segundo pontos de vista metodológicos verificáveis num plano geral.
Congruência De Triângulos: Uma Abordagem Investigativa
Ensino Aprendizagem de Matemática, 2019
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