O PROTAGONISMO INDÍGENA E A COLONIZAÇÃO BRASILEIRA E A HISTÓRIOGRAFIA RECENTE (original) (raw)

2020, v. 3 n. 2 (2020): Diálogos sobre relações étnico-raciais

Este trabalho objetiva enfatizar a autonomia e resistência indígena diante do processo de conquista no Brasil, ressaltando seu papel de agente cultural e social dentro deste universo pluriétnico. Elaborado para atender a disciplina História do Brasil I do curso de História Bacharelado, da Universidade Federal de São João Del Rei-UFSJ. Foram trabalhadas obras e textos: A Tessitura dos sincretismos: mediadores e mesclas culturais, de Ronaldo Vainfas; Construindo o Estado do Brasil: instituições poderes locais e poderes centrais, de Francisco Carlos Consentino; Fragmentos de histórias e culturas tupinambás da etnologia como instrumento crítico de conhecimento etino, de Carlos Fausto; Os indígenas na fundação da colônia: uma abordagem crítica, de João Pacheco de Oliveira e Negro da Terra, de Jonh Manuel Monteiro. A finalidade foi buscar o protagonismo indígena no Brasil Colonial a partir destes historiadores contemporâneos e suas recentes obras. As obras e textos abordados foram publicados entre a última década do século XX e a duas primeiras décadas do século XXI. Foi necessário adentrar no universo das discussões sobre o processo de conquista do Brasil, buscando identificar a participação do indígena como sujeito ativo do processo, ressaltar ações que melhor evidenciam sua autonomia e capacidade de resistências à imposições europeias, sobretudo a portuguesa; demonstrar como o processo de conquista, por vezes, dependeu diretamente das relações, acordos e negociações com os nativos do Brasil; e dar ênfase ao protagonismo do indígena na colonização brasileira. Diante do exposto será possível se atentar à responsabilidade do historiador em recuperar o papel histórico dos indígenas na formação da sociedade brasileira e retomar a historiografia indígena a partir da existência e experiências dos povos nativos do Brasil.