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O fenômeno da coopetição em arranjos produtivos locais: uma análise sob diferentes abordagens

REBRAE

A natureza da competição entre empresas dos mais diversos setores da economia tem sofrido modificações nos últi­mos anos e, dentre as suas implicações, destaca-se a necessidade da criação de alianças estratégicas para, no mínimo, manter os níveis de faturamento e, se possível, ampliá-los. Os novos cenários competitivos globalizados passaram a ser dominados pelas economias de escala, sufocando as pequenas empresas que permaneceram atadas a custos fixos muito elevados. Recentemente, os micros e pequenos empresários têm buscado formar alianças entre si para se equi­pararem com os grandes players com relação à eficiência em custos e nos demais benefícios da economia de escala. Essas alianças se manifestam de diversas formas: desde a afiliação informal na qual empresas demonstram interesses similares e algumas vezes boa fé para suportarem-se mutuamente, até relações contratuais mais desenvolvidas e in­tegradas como as joint ventures. O principal objetivo deste ensaio é propor uma análise...

A cooperação como elemento aglutinador dos arranjos produtivos locais

Desenvolvimento em Questão, 2017

No presente trabalho foram analisados os critérios e implicações da cooperação em APLs, por meio da identificação de situações que condicionam a realização de ações conjuntas. Foram realizadas pesquisas bibliográfica, descritiva e documental, tendo como unidade empírica de análise o APL de Vestuário de Muriaé-MG na região sudeste do Brasil. Para tanto, foram utilizados dados qualitativos primários (obtidos a partir das entrevistas semiestruturadas realizadas no mês de julho de 2014) e secundários (CAGED e do Diagnóstico da Indústria do Vestuário de Muriaé e Região 2010), analisados com suporte do software NVIVO®, baseando-se na técnica de análise de conteúdo. Considerando-se o tipo de ação conjunta, seu objetivo e o compartilhamento de recursos, os resultados evidenciaram que a cooperação: entre empresas ocorre por meio de ações relativas ao compartilhamento de maquinário; entre entidades acontece por diversas formas de ação conjunta, como capacitação de mão de obra, consultoria tec...

Interação e cooperação em arranjos produtivos locais: identificação e análise dos fatores inibidores

2009

RESUMO O presente artigo é parte de uma dissertação de mestrado e tem por objetivo apresentar os fatores que inibem as relações de cooperação e interação entre os diversos tipos de atores, conformados em um Arranjo Produtivo Local (APL) de Pequenas e Médias Empresas (PMEs). Para a exploração desses fatores inibidores realizou-se um estudo exploratório em um APL do tipo embrionário, que atua no segmento de máquinas e implementos agrícolas, localizado na região oeste do estado do Paraná.

As ações de cooperação interfirmas nos arranjos produtivos locais Paranaenses

Produto & Produção, 2011

O presente artigo teve por objetivo identificar as ações de cooperação existentes entre empresas pertencentes à APLs – Arranjos Produtivos Locais, tendo como universo de pesquisa as 23 arranjos do Paraná, classificados na tipologia de arranjos produtivos locais pela Secretaria do Planejamento do Paraná e pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná – FIEP. Assim, realizou-se uma pesquisa empírica, da qual se fundamentou na coleta de dados realizados por meio de um questionário contendo questões abertas, estando estas norteadas à identificação das ações cooperativas que se fazem presentes dentre as empresas dos APLs estudados. Este questionário foi aplicado aos administradores dos 23 APLs alocados para pesquisa, obtendo-se um retorno de 10 deles. Como resultados desta pesquisa, foram identificados 25 ações cooperativas, das quais são caracterizadas por este trabalho como ações de cooperação interfirmas, ocorrentes especificamente na tipologia de arranjos produtivos locais.

Uma proposta de modelo para analisar mudanças em arranjos produtivos locais

2009

Para fazer uma análise das mudanças e desenvolvimentos realizados em uma organização faz-se necessário à utilização de um modelo robusto e consistente, que leve em conta o método científico para que esta análise seja pertinente e não apenas fruto de senso comum. Ao tratar-se de análise de mudanças organizacionais, têm-se diversos modelos consolidados, entre eles o de Pettigrew (1987), mas

Processo estratégico em arranjos produtivos locais: o desafio da cooperação

Revista Eletrônica de Ciência Administrativa, 2020

O principal objetivo deste estudo foi analisar como ocorre o processo estratégico em um Arranjo Produtivo Local (APL) de desenvolvimento de softwares. Para tanto, examinou-se a influência de aspectos racionais e não racionais como sensemaking, criatividade, feeling e experiência nas estratégias adotadas pelos principais atores do APL. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, desenvolvida com base em entrevistas e documentos, os quais foram analisados por meio da técnica de categorização temática. Resultados demonstraram que as estratégias resultam da ação efetiva dos atores, sob influência de aspectos racionais (estratégias deliberadas) e, principalmente, de aspectos não pertencentes ao domínio da razão (estratégias emergentes), resultantes de sensemaking, feeling, insights, experiência e criatividade. Conclui-se que o processo estratégico do APL é representando por um processo de formação estratégica, assumindo um caráter técnico e artesanal. A dinâmica identificada permitiu a identif...

Redes De Cooperação e Inovação Localizada: Estudo De Caso De Um Arranjo Produtivo Local

Review of Administration and Innovation - RAI, 2012

As estratégias coletivas de cooperação entre organizações e pessoas constituem uma das principais formas de participação efetiva dos atores sociais na geração de inovações e, consequentemente, na competitividade e crescimento econômico de empresas, regiões e países. A crescente importância dos aglomerados de inovação e das alianças e redes interorganizacionais reforça a relevância da temática do presente estudo, que visa ampliar a compreensão do processo de formação de redes locais e sua contribuição para a geração de inovações. A abordagem adotada privilegia as interações e o intercâmbio de informações e conhecimento entre os atores públicos e privados que estão inseridos nas redes locais. O contexto empírico da análise é um estudo de caso do arranjo produtivo local (APL) de malharias de Imbituva, no Estado do Paraná. Os resultados revelaram que as inovações no APL em geral foram pouco expressivas, e que o seu impacto nas organizações foi bastante limitado. Verificouse uma relação positiva entre intensidade de interações, propensão a inovar e desempenho dos negócios. Observou-se também que as empresas mais antigas apresentam um padrão mais intenso de interações. A análise de redes evidencia que os aspectos relacionados à inovação e às interações locais ainda se encontram pouco desenvolvidos, sugerindo a importância de iniciativas que estimulem a inovatividade e a intensificação do aprendizado pela interação com outras empresas e instituições do APL.

Arranjos produtivos locais: uma abordagem conceitual

Organizações em Contexto, 2005

Diante da discussão sobre a reorganização das atividades industriais regionais em torno de Arranjos Produtivos Locais, surgiu o interesse para realização do presente artigo. O objetivo é apresentar as diferentes abordagens conceituais referentes aos Distritos Industriais, Cadeias Produtivas e Cluster, e contribuir para a discussão e o entendimento do conceito de Arranjos Produtivos Locais (APL) e reorganização produtiva industrial nacional. Palavras-chave: distritos industriais; cadeias de distribuição; clusters.