Hibridização de imagens: cinema/pintura / Hybridization of Images: Film/Painting (original) (raw)

Fotografia: essência e hibridismo

Esta pesquisa investiga as transformações do campo midiático da fotografia em função das intensas transformações decorrentes das inovações tecnológicas provocadas pela digitalização dos meios. A questão central de pesquisa assim se coloca: o que essas transformações podem significar e possibilitar nos termos da renovação das narrativas fotográficas? O processo de hibridização a que estão submetidos os meios de comunicação pode gerar uma forma coerente ? Como base metodológica foram utilizados os trabalhos: A Imagem-Tempo de Gilles Deleuze, a análise das mídias, em Entre-Imagens e L’entreImages 2 de Raymond Bellour, o estudo de Edmond Couchot sobre a presença da tecnologia na arte, na obra de mesmo nome, e a pesquisa de François Soulages em A Estética da Fotografia. This research investigates the changes in the media field of photography where intense transformations resulting from technological innovations brought about by the digitization of media caused enormous transformations. The central research question thus arises: what these changes may mean in terms of the renewal of photographic narratives ? The process of hybridization they face can generate a consistent manner ? As a methodological basis, the works used were: Gilles Deleuze's Image-Time, analysis of media in L'Entre- images and L'Entre Images 2 from Raymond Bellour, the study of Edmond Couchot about the presence of technology in art and the research of François Soulages in the Aesthetics of Photography.

Hibridismos e ressignificações nos gêneros cinematográficos

Galáxia (São Paulo), 2016

Resumo Alinhado aos esforços dos estudos contemporâneos que procuram abordagens teóricas mais complexas para lidar com produções audiovisuais híbridas, este livro reflete sobre eventuais novos gêneros ou gêneros revisitados e apresenta métodos e perspectivas mais apropriados à análise desses fenômenos.

Intersecções entre Pintura, Cinema e Fotografia: referências picturais hopperianas nas imagens cinematográficas e fotográficas

Encontros de Cinema / 6ª Conferência Internacional de Cinema de Viana 2017, 2018

Provavelmente, nenhuma arte exerceu uma influência tão evidente nas outras como a Pintura: e, naturalmente, o Cinema não lhe escapou. Neste artigo salientamos a presença que o pintor norte-americano Edward Hopper tem tido nas imagens cinematográficas, sendo decerto um dos artistas mais “apropriados” pelo cinema, na relação com as imagens produzidas por alguns fotógrafos. No cinema, Hopper é uma referência incontornável para muitos directores de fotografia; além disso, as suas pinturas têm sido citadas amiúde, mais ou menos explicitamente, em filmes de cineastas tão diferentes como Wim Wenders, Andrezej Wajda, Herbert Ross, Dario Argento, W. Kar-Wai, Alfred Hitchcock, ou Gustav Deutsch. Entretanto, durante os anos 80 Hopper tornou-se uma referência incontornável para alguns fotógrafos da corrente norte-americana New Color, como Stephen Shore. E mais recentemente, na fotografia contemporânea, na obra de autores como Richard Tuschman, Christophe Clark & Virginie Pougnaud ou Gregory Crewdson. Probably, none art exercised an influence so evident into the others as Painting: and, naturally, Cinema has not escaped. In this article we emphasise the presence that the american painter Edward Hopper has had on cinematographic images, being certainly one of the artists more taken hold by the movies, in relation to the images produced by some photographers. Hopper is a key reference for many cinematographers; in addition, his paintings have been cited often, more or less explicity, in the movies of filmmakers as different as W. Wenders, A. Wajda, Herbert Ross, Dario Argento, W. Kar-Wai, A. Hitchcock or Gustav Deutsch. Nevertheless, during the 1980s Hopper has become a unavoidable reference for some photographers of the american New Color, as Stephen Shore. More recently, in contemporary photography, in the works of Richard Tuschman, Christophe Clark & Virginie Pougnaud or Gregory Crewdson.

A pintura e o cinema enquanto linguagens de um mesmo ecossistema estético

2020

This text seeks to think about the relationship between one of the first films of the experimental and pioneering cinematographic work of the director Hans Richter and the main avant-garde movement of the time that became known as Dadaism that shaped the visual arts panorama in Europe in the period between two major world wars. Richter's experimental cinema is then contrasted with Harp's painting and both languages in what is unique are analysed within a perspective that we define (based on Medeiros and Pimentel, 2013) as an aesthetic ecosystem.

CINEMA E PINTURA: O expressionismo pictórico em amarelo manga

Rascunho, 2013

Este trabalho tem como objetivo analisar o Cinema e a Pintura através de uma perspectiva dialética, observando os pontos em que essas artes se aproximam, se afastam e em que aspectos se amalgamam. A partir desta investigação, o filme Amarelo Manga tornou-se objeto de um estudo comparativo, em que foram pesquisadas obras pictóricas que parecessem ter semelhanças formais e temáticas com frames específicos do filme. Essas análises apresentaram forte interação entre as artesem diversos níveis além de evidenciar na obra cinematográfica características do expressionismo pictórico.

Vídeo e cinema: rupturas, reações e hibridismo

MACHADO, Arlindo. Made in Brasil, 2003

BENTES, Ivana. Vídeo e Cinema: rupturas, reações e hibridismo in Made in Brasil. Três décadas do vídeo brasileiro. Arlindo Machado (org.). Itaú Cultural. São Paulo. 2003. pg 113-132 Vídeo e Cinema: rupturas, reações e hibridismo Ivana Bentes O diálogo com o vídeo foi um momento decisivo, de embate, "crise", reação e deriva no campo do cinema. Transformações, virtualização e desterritorialização das imagens que culminaram na constituição de um novo campo: o do audiovisual. De um lado, o cinema sonhou o vídeo e "antecipou" alguns de seus procedimentos, "informando" a nova linguagem (as vanguardas históricas, o cinema experimental, a história do documentário), de outro, a potência do vídeo trouxe novas técnicas e procedimentos, desconfigurando o cinema e sendo incorporado por ele, trazendo fôlego à grande indústria cinematográfica e ao cinema contemporâneo . No Brasil, a passagem e o diálogo entre cinema e vídeo reflete esse amplo contexto, mas trata-se de uma relação conflituosa, em um meio, o cinematográfico, que ainda busca sua legitimação e viu no vídeo e na televisão, nas formas de consumo e difusão das imagens domésticas, menos um aliado que uma ameaça.

Vertigens do tempo: cinema, pintura, escritura

Aletria, 2017

Resumo O ensaio propõe rearmar, numa breve genealogia, algumas proposições que, transitando entre o cinema, a pintura e a poesia, dão força a um posicionamento crítico da modernidade e da recorrência de seus pressupostos "progressistas" no mundo contemporâneo. Se certa visão da história sustenta-se na naturalização de uma suposta linearidade progressiva do tempo e da cultura, outras leituras reivindicam uma coincidência de temporalidades dissímeis: uma condição vertiginosa que diz respeito à imagem, à palavra-à escritura-e parece esvaziar qualquer consenso sobre a evolução temporal e histórica.

Hybrid Animation The place of digital moving image culture Animação Híbrida O lugar de uma cultura da imagem em movimento

Regarded as the biggest blockbuster ever, Avatar (2009) refers to the use of various techniques and visual expressions based on hybridization of cinema. The way the introduction of these techniques-and aesthetic-is positioned in the creative process of production of the classic animation, and spreads to the various objects and contents that Cubbit (2007) calls "cinema of attraction", raises new prerogatives, forcing the resizing of the term " animation ". According to Jones (2007), the division between animation and live action is increasingly diluted by the immense possibilities of "virtual camera", offering multiple visual experiences and narratives. In did, It is in the field of 3D computer animation that the visual change is more

Relações entre cinema, pintura e agentes computacionais autônomos

This article relates the motion painting possibilities of the relationship between painting and cinema discussed by Jacques Aumont. In this context, it is understood for video-painting: the process of painting and drawing performed by computational agents oriented by artwork painting models developed by humans. From the computational characterization of painting as a form of contemporary audiovisual technology such research outlines some fundamental aspects for the creative exploration of technology in cinematographic language. With an analysis of image-synthesis and its implications in cinema this study proposes relationships between concepts of Edmond Couchot, Julio Plaza, Philippe Quéau and André Parente to discuss the topic of new technologies in film language. Introdução Ao longo de três anos de trabalho foi desenvolvida uma abordagem para a apropriação criativa das tecnologias contemporâneas na realização cinematográfica. Isso não seria possível sem a contribuição de uma equipe diversificada de várias áreas incluindo arte, cinema, vídeo, tecnologia e audiovisual comunitário que compõe a OI Kabum! de Belo Horizonte e a Associação Imagem Comunitária. Esta abordagem foi elaborada a partir da discussão sobre a tecnologia na arte e da relação entre Pintura e Cinema sendo, na prática, aplicada na criação de pinturas em movimento e no seu uso em narrativas cinematográficas e videográficas. É no campo de proximidades visíveis e invisíveis que o presente trabalho busca levantar perguntas sobre as possibilidades de uma pintura em movimento no cinema contemporâneo, buscando contribuir para o estudo da tecnologia na arte. Jacques Aumont (2004), na relação que faz entre pintura e cinema, estabelece elementos de aproximação e distanciamento entre a imagem pictórica e a imagem fílmica, estes constituem o ponto de partida para o desenvolvimento da abordagem aqui desenvolvida. A ideia de que o modelo por trás das imagens foi, ao longo da história, ganhando espaço nas próprias imagens é o segundo ponto desta pesquisa, o qual permite entrelaçar a imagem pictórica com a contemporaneidade da imagem produzida em/por computador – a imagem de síntese. Com a junção destes dois primeiros, o terceiro ponto levanta sinergias multimediáticas (Plaza, 1993) propícias para uma abordagem da tecnologia contemporânea como mediadora da experiência estética, indo além de seu uso meramente instrumental. É apresentado de que forma essas sinergias propiciam uma nova percepção, a da pintura em movimento e como contribuem para a apropriação criativa da tecnologia no cinema. Supõe-se que o ato de propiciar uma percepção renovadora através da mediação técnica possa estabelecer um horizonte fértil de investigação da tecnologia no cinema contemporâneo. Neste contexto entenda-se por contemporâneo a imersão na experiência com o que vem sendo imperceptível em uma época. Agamben (2009) atribui ao contemporâneo a origem de um movimento paradoxal de aproximação pelo distanciamento cujo propósito é a constante atualização de uma época. O termo experienciar provém da ação de imergir na percepção de uma situação (Dewey, 2010), e que o perceber é uma ação que libera energia criativa. Assim a experiência cinematográfica contemporânea que se pretende abordar aqui é uma forma de experiência estética em que o ato de perceber é também um ato de criação, a criação daquilo que antes era imperceptível. Por tecnologia entenda-se a mediação técnica entre o homem e o mundo. Latour (2001) descreve a mediação técnica como uma inter-relação entre a técnica e o homem de forma que os objetivos humanos e objetivos técnicos se entrelacem tornando-os um sujeito coletivo. Na relação sujeito-objeto tradicional, o homem é tido como sujeito e a técnica como seu objeto ou meio da ação, mas na perspectiva crítica da mediação técnica de Latour, a técnica é admitida também como sujeito. Isso ocorreria na medida em que ela-a técnica-seja capaz de assumir as delegações que o homem lhe atribui e que o homem se torne cada vez mais composto por características técnicas. Nessa perspectiva, a permutação de competências entre homem e técnica traz possibilidades de se repensar as máquinas de automatização das imagens em movimento: elas também seriam actantes (Latour, 2001)-sujeito no processo de criação. Para isso, a abordagem apresentada situa a tecnologia dos agentes autônomos no terreno da experiência cinematográfica contemporânea. Com este objetivo definimos tecnologias contemporâneas como as mediações técnicas que possibilitam imergir na experiência com o que vem sendo imperceptível, actualizando (sic) constantemente uma época. A videopintura, enquanto tecnologia contemporânea, possibilita a experiência estética da pintura