A IGREJA DE NOSSA SENHORA DA LUZ DA PÓVOA DE SANTARÉM - HISTÓRIA E PATRIMÓNIO (original) (raw)

A IGREJA DE SÃO DOMINGOS DE VALE DE FIGUEIRA, SANTARÉM -HISTÓRIA E PATRIMÓNIO

A Igreja de São Domingos de Vale de Figueira, Santarém - História e Património, 2019

A Igreja Matriz de Vale de Figueira, dedicada a São Domingos de Gusmão, encontra-se edificada em situação altaneira, em plataforma artificial formando um adro fechado por muro em alvenaria, junto ao principal eixo viário da povoação. Desconhece-se a data da sua edificação, mas as características formais do edifício, projetado em 'estilo-chão', 8 permitem--nos enquadrar a sua construção no decurso do século XVII. A igreja estaria pronta nos começos do século XVIII, quando recebe, em 1708, o retábulo-mor e os retábulos laterais, entalhados e dourados, bem como o cruzeiro paroquial, edificado no centro da escadaria principal de acesso ao adro, conforme as inscrições patentes nestes bens. Dos retábulos, e dos seus oragos, encontra-se preciosa descrição, redigida pelo Pe. Manuel Ramos, no inquérito nacional das Memórias Paroquiais (ANTT), em 1758: «tem três altares, um mor em que preside o Santíssimo Sacramento, e os dois colaterais, um com o título do Senhor Jesus Crucificado, e outro de Nossa Senhora do Rosário» (Anexo V).

A IGREJA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DE AZOIA DE BAIXO - HISTÓRIA E PATRIMÓNIO

2023

Através das ações rituais, o divino acontece na história de cada dia, entra na ferialidade da vida humana para que o efémero das coisas possa fixar-se em significados que não passem. A experiência do absoluto não pode ser comunicada de modo aborrecido, demitido, pauperista, prosaico, nem de modo triunfal, de aparato cénico. Elevar a matéria sensível a significado espiritual é tarefa da arte na Igreja. O espaço dedicado à evangelização e ao culto oferece à arte uma ocasião para exprimir pela forma, pela cor, pela luz e pela imagem os sinais da fé e os acontecimentos da salvação. A vivência do significado simbólico do religioso predispõe para captar as formas em ordem a recriar um autêntico lugar de celebração da fé cristã. A natureza do lugar torna-se espaço vital, regenerador, pátria de uma experiência inefável, interpelante, transformadora pela força do Espírito que inspirou os intervenientes da construção. As igrejas são lugares para a vida espiritual dos crentes, são o lugar da assembleia cristã. A igreja é o lugar para os que acreditam em Jesus se encontrarem na celebração da salvação que marca a sua própria história. A dedicação persistente do Pe. Tiago ao conhecimento das bases documentais, ao estudo das caraterísticas das comunidades que orienta e o particular zelo pela arte litúrgica congregue a coesão de todos, crentes e não crentes abertos aos sinais do Transcendente na história.

HISTÓRIA DA PARÓQUIA E DA IGREJA MATRIZ DE BEBEDOURO

Este escrito brotou da necessidade de conservar a memória da Paróquia e da Igreja Matriz de São João Batista de Bebedouro. Os fatos aqui registrados a partir de fontes seguras, recuperam a beleza e a verdade da história evitando-se, também, possíveis distorções e imprecisões tão prejudiciais para a cultura em geral. Muita dedicação, no escasso tempo que havia, foi dispendida pelo padre com visitas, consultas, leituras e pesquisas. O fruto de tanto esforço são estas anotações, nas quais resgata-se a memória de fé, pujança e compromisso dos católicos bebedourenses com a sua terra, carinhosamente chamada de Cidade Coração e com a impressionante Igreja Matriz, marco referencial do centro da cidade. Muitos dos mais valorosos e ardorosos filhos de Bebedouro sentem-se vinculados afetivamente com a linda Igreja Matriz que embeleza e anima espiritualmente a região central. Praticamente, todos os bebedourenses a consideram um monumento importante, que deve ser valorizado e sempre conservado. Nesse sentido, as anotações que agora são levadas a público podem ajudar as pessoas de boa vontade a colaborarem com os próximos párocos que, em nosso nome, serão enviados à Paróquia de São João Batista para continuar cuidando com carinho do seu povo e zelar com cuidado pelo seu patrimônio, como bem fizeram os muitos presbíteros que por aqui passaram.

MEMÓRIA DO SERTÃO: ARQUITETURA RELIGIOSA DE PAU DOS FERROS

RESUMO O território brasileiro configura um espaço rico em demonstrações de diversidade cultural, que se refletem em sua arquitetura. Ao tratarmos da região nordeste, observamos que as cidades guardam exemplares arquitetônicos com tipologias variadas. O conhecimento sobre o papel da arquitetura na evolução de Pau dos Ferros/RN, e os aspectos socioculturais que ai se inserem, configura uma contribuição importante no entendimento da formação das cidades do Nordeste e os modos de produção empregados ao longo de sua evolução. Assim, o objetivo principal dessa pesquisa é conhecer, através da pesquisa bibliográfica e do trabalho de campo, e catalogar os principais exemplares arquitetônicos encontrados nas cidades do sertão nordestino produzindo um acervo de consulta digital, na forma de site, intitulado "Memória do Sertão", que auxiliará em pesquisas acadêmica e ações de ensino, desde as séries primárias até a graduação. A primeira etapa se voltou para a cidade de Pau dos Ferros/RN, buscando entender suas características estilísticas e de tipologias. A pesquisa busca ampliar o conhecimento da arquitetura produzida no interior do Nordeste, conhecendo os materiais, a forma de construir, as influências ali aplicadas. Neste artigo nos focaremos na arquitetura religiosa da cidade, que por décadas se configurou como a principal paróquia da região, com uma das igrejas matrizes mais antigas. A falta de conhecimento e interesse dos órgãos de preservação fez com que este patrimônio fosse completamente descaracterizado, e os poucos registros existentes são insuficientes para demonstrar todas as suas características, o que justifica, mais uma vez, a realização deste estudo. PALAVRAS-CHAVES: Arquitetura. Memória. Pau dos Ferros. Nordeste. INTRODUÇÃO Este trabalho está centrado no estudo dos elementos arquitetônicos da cidade de Pau dos Ferros/RN, buscando catalogar os estilos e exemplares expressivos para a história da cidade, tendo em vista que a expansão urbana, e a especulação imobiliária, que vem ocorrendo na cidade tem auxiliado no desaparecimento de diversos edifícios antigos, que guardavam importância para a memória coletiva local. O conhecimento sobre o papel da arquitetura na evolução de Pau dos Ferros, e os aspectos socioculturais que ai se inserem, configura uma contribuição importante no

RESTAURAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO CULTURAL DA IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO E SÃO JOSÉ DE MONTES CLAROS-MG

RESUMO Independente das técnicas de intervenções empregadas ao patrimônio histórico cultural, a base da doutrina moderna de restauração deve preservar a autenticidade da edificação. A restauração visa recuperar principalmente a funcionalidade, durabilidade e segurança sem descaracterizar o patrimônio, pois a preservação consiste em manter esses documentos únicos, com suas próprias qualidades. O principal objetivo dessa pesquisa foi reunir informações acerca do sistema de recuperação da integridade do bem histórico cultural. Para tal, realizou-se por intermédio de uma revisão bibliográfica de caráter retrospectivo o estudo de caso da evolução histórica da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição e São José de Montes Claros-MG. O trabalho reconheceu que a obra de alvenaria arquitetônica, e patrimônio histórico do município, sofreu forte descaracterização proveniente de reformas que alteraram inteiramente seu estilo arquitetônico. Reconheceu também que, com o intuito de minimizar essa descaracterização, um novo projeto foi elaborado de modo a restaurar o patrimônio depreciado. Palavras Chave: Igreja; Patrimônio histórico cultural; Reforma; Restauração. INTRODUÇÃO Os bens históricos culturais edificados integram um elemento essencial da constituição dos povos visto que são produtos, testemunhos e marcas das diversas culturas e realizações do passado e que, se devidamente conservados, preservam a memória da cultura para o futuro. Assim sendo, confirma-se a importância de se preservar esse legado às futuras gerações. Sendo assim, apresentam-se os conceitos de restauração e preservação do patrimônio histórico cultural na conservação da identidade e na transmissão de conhecimento de uma sociedade (TAVARES, 2011). Poucos são os estudos cuja temática seja a restauração do patrimônio histórico cultural, aqui entendido como ação que confirma valores e define maneiras de ver o bem edificado. Desse modo, o processo de intervenção fundamentada na restauração objetiva resguardar também as memórias da comunidade, a qual deverá se apropriar verdadeira, cultural e socialmente do bem restaurado (CUNHA, 2010). Com a introdução dessa temática no meio profissional torna-se mais fácil definir as diretrizes de restauração do patrimônio histórico. 1 Doutorando em Ciências da Religião e mestre em Ciências da Religião-PUC/SP.

ACTIVIDADE ARQUEOLÓGICA E DIVULGAÇÃO DO PATRIMÓNIO EM SANTARÉM

A prática arqueológica em Portugal tem registado grandes alterações nos últimos 20 anos, com uma progressiva afirmação da Arqueologia de carácter preventivo e salvamento, em função de uma diminuição das intervenções enquadradas em projectos de investigação. Por outro lado, surge uma necessidade cada vez maior de afirmação da Arqueologia perante o grande público. Este artigo, tendo como base as premissas anteriormente referidas, procura analisar a actividade arqueológica em Santarém e o impacto perante a população da cidade.

PATRIMÔNIO MATERIAL NO ENSINO DE HISTÓRIA: O CASO DO SOLAR DO BARÃO DE SANTARÉM

v. 5 n. 02 - Artesanato intelectual: moldagens e construções de múltiplos saberes, 2022

A relação entre patrimônio material e sociedade pode ser estabelecida por meio do conhecimento e reconhecimento dos espaços históricos como portadores de uma memória coletiva, sendo a prática da Educação Patrimonial no ambiente escolar apontada como um meio eficiente para realizar essa mediação entre a comunidade e os bens culturais locais. Neste sentido, este texto tem como objetivo demonstrar o potencial informativo das construções históricas e sua utilização para o ensino de História, tomando como exemplo o caso do Solar do Barão de Santarém. Considera-se o conceito de memória de Pierre Nora (1993), o qual afirma que esses lugares guardam a memória de seu tempo através de seus traços arquitetônicos. Para construção deste texto, realizou-se uma pesquisa bibliográfica sobre o Solar do Barão em Estefany Couto (2013), Nelson Papavero e William L. Overal (2011). Foram analisadas fontes primárias como jornais e registros fotográficos, além da realização de uma visita ao Solar do Barão, na qual foi produzido o material fotográfico do casarão presente neste trabalho. O uso didático dos casarões históricos contribui para a valorização da história local e a formação da consciência histórica, tornando o aprendizado mais dinâmico e possibilitando aos alunos aprenderem sobre aspectos gerais do conteúdo obrigatório, ao mesmo tempo em que estudam a própria História.