Estudo fonológico sobre crioulo da Guiné- Bissau (original) (raw)
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Os compostos no crioulo português da Guiné-Bissau
2009
Compounding is one of the most widespread morphological processes in languages around the world. In Guinea-Bissau Creole it is very frequent, including reduplication, which will not be dealt with here. In this creole, expressions like "kau di sinta" (where to sit down) are difficult to be classified as a single item of the vocabulary or as a phrase. Our thesis is that departing from semantics, not from syntax, we have a surer way of deciding whether we have a word or a phrase. In other words, as was the case with the "Wörter und Sachen" movement in dialectology, expressions like this designate a single object, namely bench. Knowing this, we can go to syntax, where we see that they can be preceded by determiners, be subject of sentences and so on, like any substantive.
Análise comparativa dos quadros fonológicos dos crioulos autóctones do golfo da Guiné
Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978)
Este estudo propõe uma análise comparativa das fonologias do santome, lung’Ie, angolar e o fa d’Ambô. A formação dessas línguas autóctones da região insular do golfo da Guiné, na África Ocidental, está diretamente relacionada a uma língua ancestral, o protocrioulo do golfo da Guiné (PGG). Com base no método histórico-comparativo, o presente estudo comparou os sistemas fonológicos das quatro línguas-filhas do PGG. Na comparação dos inventários consonantais, todas as línguas compartilham treze fonemas (/p b t d k g f v l m n w j/) e divergem quanto a treze fonemas (/kp gb s z θ ð ∫ ʒ ʎ r t∫ dʒ ɲ/). Os sistemas de vogais orais simples, por seu turno, convergem em todos os pontos, ao passo que os sistemas de vogais longas – idênticos em fa d’ambô, em lung’ie e em angolar – diferem apenas do santome que não apresenta os referidos segmentos. As divergências entre os quadros de fonemas refletiram os caminhos tomados pelas quatro línguas a partir da especiação do PGG após a separação geográ...
A origem dos crioulos de base lexical portuguesa no Golfo da Guiné
Romanica Cracoviensia, 2015
chamado também Santome ou Forro. 2 O Principense, chamado também Lung´ie. 3 Hagemeijer (2009: 2) considera importante distinguir na história do arquipélago do século XVI duas fases distintas: a primeira, chamada fase de habitação, a partir do início de povoação até 1520, e a segunda fase de plantação, entre 1520, isto é, a introdução de cana sacarina, até o fim do século XVI quando o ciclo de açúcar entra em ruptura.
A prosódia do guineense (kriol) e do português falado na Guiné-Bissau: análise de tipos frásicos
2023
Agradeço à Profa. Dra. Flaviane Fernandes-Svartman, por ser minha orientadora na USP desde o mestrado. Agradeço à Profa. Dra. Sónia Frota, por ter aceitado ser minha coorientadora e por fazer parte da banca de defesa. Agradeço à Profa. Dra. Marina Vigário e ao Prof. Dr. Alexander Cobbinah, por terem aceitado fazer parte da banca de defesa e dedicarem seu tempo para a leitura desta tese.
As narrativas orais crioulo-guineenses
… Revista Brasileira de Estudos Crioulos e …, 2010
The main purpose of this essay is to show that the storias, i.e., Kriol fables are a good testing case for the study of the interrelationships between language and world. They arouse out of the struggle of their users with the world in their everyday life. For this reason, they reflect the environment in which Guineans live and work. This reflex is seen not only in the narratives' plot but also in the specific vocabulary they contain.
O crioulo guineense em relação ao português e às línguas natives
Linguistica
Quando se pergunta guineese sobre a realidade lingüística de seu país, em geral a resposta vem pronta: "Na Guiné-Bissau, temos o crioulo, que é a língua nacional, o português, que é a língua oficial, e as línguas nativas, que são faladas pelas diversas etnias". Diante desta resposta poderíamos sair com a falsa impressão de que os domínios do crioulo, do português e das línguas nativas estão claramente delimitados. Nada, porém, mais longe da verdade. Trata-se apenas de um lugarcomum que se ouve freqüentemente na rua e até entre intelectuais.
As relações filogenéticas entre os crioulos do Golfo da Guiné
2014
Esta tese tem como objetivo medir e avaliar distâncias entre os quatro crioulos do Golfo da Guiné e contribuir para o debate sobre a origem e o desenvolvimento destas línguas utilizando um novo método de análise comparativa. Assumindo a visão da generalidade dos estudiosos (e.g. Günther 1973; Ferraz 1979; Schang 2000; Hagemeijer 2011) de que os quatro crioulos do Golfo da Guiné –designadamente o Santome (falado na ilha de São Tomé), o Lung’Ie (falado na ilha do Príncipe), o Angolar (falado pela comunidade angolar da ilha de São Tomé) e o Fa d’Ambô (falado na ilha de Ano Bom) – constituem uma unidade genética que deriva de um antepassado comum, apresentar-se-á um estudo comparado do léxico e da sintaxe destas quatro línguas. Em relação ao léxico, compilou-se uma lista de léxico básico de Swadesh (1955) de 200 palavras e uma lista de léxico funcional para cada um dos quatro crioulos; para a sintaxe, foi feito um levantamento de traços sintáticos constantes no Atlas of Pidgin and Creol...
Museu Virtual da Guiné-Bissau, 2021
This paper, published in the website "Museu Virtual da Guiné-Bissau" (currently under maintenance), represents an introduction to Guinea-Bissau Kriol (Ginensi) and to the linguistic ecosystem that surrounds this language. It deals with both diachronic and synchronic aspects of the language. Furthermore, it offers a perspective on the presence and current vitality status of Atlantic and Mande languages spoken in the country. Finally, questions related to the literature production in Ginensi and to the standardization of the language are also dealt with.
Análise morfológica dos crioulos do Golfo da Guiné e do kabuverdianu
Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 2016
Neste artigo, investigaremos os processos morfológicos de itens lexicais nas línguas crioulas de base portuguesa do Golfo da Guiné e no kabuverdianu. Segundo McWhorter (1998), as línguas crioulas são mais simples do que as línguas não crioulas. De forma análoga, Thomason (2001) apresenta a hipótese da transparência semântica, segundo a qual nos casos em que a morfologia aparece em pidgins e crioulos (algo que não é comum), ela tende a ser regular, transparente, sem as irregularidades comumente encontradas em línguas não crioulas. A despeito desses estudos e de outros que descrevem os mecanismos gramaticais dos crioulos como “simples” e “sem complexidades”, apresentaremos dados que comprovam o uso variado de recursos morfológicos autóctones das línguas estudadas para a criação de novos itens lexicais.
O Crioulo Da Guin�-Bissau � Uma L�ngua De Base Portuguesa? Embate Sobre Os Conceitos
REVISTA DE LETRAS - JU�ARA, 2018
A quest�o terminol�gica do termo pidgin surgiu pela primeira vez em 1850 (TARALLO, ALKMIM, 1987) para se referir a uma l�ngua que surgiu da mistura entre o chin�s e o ingl�s. Do pidgin surgiu o crioulo, uma l�ngua natural que se formou em situa��es de contato lingu�stico (HLIBOWICKA-WĘGLAR, 2007). Os crioulos se formaram em espa�os estrategicamente dominados por exploradores europeus. Na Guin�-Bissau se formou crioulo que � uma l�ngua n�o oficial embora fosse uma l�ngua franca ou veicular para a maioria dos guineenses (COUTO, 2002). Neste trabalho tenta-se questionar se o crioulo da Guin�-Bissau possui uma base portuguesa. Nesta pesquisa discute-se os conceitos de �base de uma l�ngua� e os conceitos de �crioulo� e �pidgin�. Utilizando o m�todo comparativo a pesquisa reflete a quest�o �base portuguesa� comparando com l�nguas africanas. Utilizando tamb�m o m�todo bibliogr�fico se conclui que o crioulo da Guin�-Bissau precisa ter nome. Os dados mostram que o crioulo da Guin�-Bissa...