Acerca da verdade, um diálogo entre Nietzsche e Rorty (original) (raw)
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Nietzsche e Rorty sobre filosofia e cultura
Revista Redescrições: Revista Online do GT de Pragmatismo e Filosofia Norte-americana, 2009
O objetivo deste artigo é pensar o conceito de cultura nos nossos dias, a partir de dois filósofos contemporâneos cujos pensamentos definem em grande parte as características principais da presente atmosfera cultural: Nietzsche e Rorty. A discussão divide-se em três partes: 1 – Nietzsche e o niilismo da cultura pós-metafísica, em que se apresenta o diagnóstico amplo que Nietzsche faz de nosso tempo através da introdução em filosofia da noção de niilismo; 2 – Perspectivismo e agonismo para a cultura pós-niilista, em que se discute o perspectivismo e o agonismo como possibilidades de superação do niilismo; e, finalmente, 3 – O Nietzsche de Rorty e seus limites, em que se conclui mostrando os limites da leitura rortyana de Nietzsche e levantando a objeção de que em parte os problemas do pensamento político de Rorty decorrem do fato de que este não alimenta das ideias políticas de Nietzsche como ocorre em relação às questões epistemológicas.
Rorty lendo Proust: Verdade e palavras-sagradas versus
2011
Doutorando PPGF-UFRJ Bolsista da CAPES Resumo: Descreverei nesse artigo como Rorty lê Proust, tomando Em busca do tempo perdido como um substituto para a Alegoria da Caverna de Platão. O protagonista de Proust precisa abandonar a busca pela Verdade e seu encanto por palavras-sagradas, assumindo a contingência e aprendendo a rir de si mesmo. Por fim, pretendo mostrar como Rorty constrói um paralelo entre a narrativa de Proust e o caminho de crítica de metafísica que parte de Hegel, passa por Nietzsche, Heidegger e chega a Derrida.
Nietzsche: a "verdade" como ficcao
1996
In the present paper we wish to discuss Nietzsche’s concept of “truth” as a fiction. For this purpose the author uses Nietzsche’s criticism to logic, science, grammar and language. The work also aims at suggesting that the pressupositions of this atack are linked to a physiology perspective. Key-words: truth – fiction – subject – pragmatism – physiology Zaterka, L., cadernos Nietzsche 1, p. 83-92, 1996 91
Cortázar, Nietzsche, e o “real”
Reel Revista Eletronica De Estudos Literarios, 2007
Resumo: A partir de idéias colhidas/co-lidas em Nietzsche e em Cortázar, trata-se de tematizar a finitude como fundamento da liberdade humana. Para tanto, são perseguidas as críticas ao gesto essencializante da tradição metafísica, empreendidas pelos dois pensadores.
Quando menos é menos: impasses da dissolução pragmática da verdade a partir de Rorty
Em sua incansável empresa de dissolver algumas das principais questões que durante séculos alimentaram a refl exão fi losófi ca, Richard Rorty alcançou surpreendente notoriedade nas duas últimas décadas do século XX. Sua obra, vasta em relevância e amplitude, dialoga com críticos literários, com cientistas políticos, cientistas, etc. Sua empresa é de ponta a ponta impulsionada pelo motor do pragmatismo, ou, mais precisamente, por uma certa versão do que poderíamos chamar de neo-pragmatismo. Desde 1979, quando publicou A fi losofi a e o espelho da natureza, Rorty tem se esforçado por estender o raio de ação de seu pragmatismo em direção ao maior número possível de problemas, ao mesmo tempo em que tem procurado refi nar seus instrumentos de análise. A fi m de apresentar sucintamente o pragmatismo rortyano, dividirei minha exposição do seguinte modo. Na parte I, tentarei mostrar como Rorty dissolve o coração do projeto fi losófi co da modernidade. Para tanto, apresentarei as linhas gerais da redescrição do assim chamado "problema do conhecimento". Nas partes seguintes, buscarei mostrar como Rorty estende suas ferramentas de análise em relação a problemas fi losófi cos contemporâneos. Primeiramente (Parte II), mostrarei como Rorty avalia sua dívida para com Dewey, Wittgenstein e Heidegger. Em seguida (Parte III) tentarei mostrar como a leitura de Davidson -efetuada nos anos que separam A fi losofi a e o espelho da natureza e Objetivismo,
Estudos Nietzsche, 2021
As noções de fake news e de pós-verdade se referem ao problema das notícias, cada vez mais comuns em nosso cotidiano, que se passam por verdadeiras e exercem efeitos de poder como tal, independentemente de sabermos se elas são verdadeiras ou não. Para discutir tal problema, este artigo parte da crítica de Nietzsche à teoria da verdade como correspondência, destaca, seguindo Foucault, a relação inextricável existente entre verdade e poder, e aponta para uma concepção perspectivista de verdade, que nos parece não só mais apta a descrever o que se passa com as fake news, mas também a fornecer um critério de decisão entre perspectivas no plano mais amplo do conhecimento. Concluímos, assim, que mais do que as supostas isenção e objetividade jornalísticas, é a sinceridade a respeito dos próprios interesses e impulsos que aparece como critério de decisão e como ponto de partida para uma ética perspectivista.
Neopragmatismo e Verdade: Rorty em conversação com Habermas
Utopìa y Praxis Latinoamericana, 2005
Son dos posturas críticas sobre las certezas racionales del conocimiento. Habermas, presupone una pragmática que contextualiza el sentido de la verdad en su orden significante; es decir, la verdad se valida a través de un significado producido socialmente en la interacción ...
Sobre o conceito de verdade em Nietzsche
O artigo trata da crítica nietzschiana ao conceito de verdade que se pretende universal e decorrente de uma investigação cognitiva neutra e isenta. Analisaremos a denúncia nietzschiana de que a noção tradicional de verdade se trata de um preconceito moralista inventado para legitimar a superioridade de determinados valores metafísicos.
Aproximação entre Mark Rothko e Nietzsche
Instituto Federal do Paraná -Campus Palmas Numa breve síntese, Mark Rothko em 1958 foi convidado para decorar através de suas pinturas, uma sala exclusiva no luxuoso edifício Seagram, localizado em Nova York. No entanto, o artista devolveu o dinheiro que lhe foi pago e não entregou suas obras. Em 1970 após sua morte, John Fischer que o conheceu numa viagem a Europa, divulgou suas anotações da conversa que teve com Rothko e algumas de suas afirmações: