Hidrólise De Soro De Leite Ovino Difiltrado Pela Enzima Corolase H-PH e Avaliação Da Geração De Peptídeos Bioativos (original) (raw)

Hidrólise Enzimática Da Lactose De Permeado De Soro

Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, 2015

O permeado de soro é o resíduo do processo de concentração das proteínas do soro pelo método de ultrafiltração. Contém nutrientes importantes, como lactose, minerais e traços de proteínas e lipídeos. É um resíduo sem fim industrial estabelecido que causa sérios danos ao meio ambiente. Para que o seu aproveitamento seja integral e para permitir seu consumo por pessoas intolerantes ao açúcar do leite é preciso que a lactose seja hidrolisada. A hidrólise enzimática pela lactase (β-galactosidase) do fungo Kluyveromyces lactis é um método seguro e que não compromete a integridade dos demais nutrientes, permitindo assim o posterior uso do permeado como matériaprima. Este trabalho objetivou realizar ensaios de hidrólise enzimática da lactose de formulações de permeado de soro, em concentração de 0,2%, 0,7% e 1% nos tempos 30, 60 e 90 minutos com o pH do meio de 6,3 e temperatura de 37 ºC. As reações foram acompanhadas por cromatografia líquida de alta eficiência que mostrou que a partir da concentração enzimática de 0,7% no tempo de 30 minutos, as formulações se tornaram seguras para o consumo de intolerantes à lactose, de acordo com níveis mínimos estabelecidos pela legislação. Palavras-chave: intolerância à lactose; β-galactosidase; cromatografia líquida de alta eficiência.

Obtenção De Leite Com Baixo Teor De Lactose Por Processos De Separação Por Membranas Associados À Hidrólise Enzimática

Revista CIATEC-UPF, 2013

Muitos indivíduos deixam de consumir leite pelo fato de haver alguma restrição, normalmente, por dois motivos: intolerância à proteína ou intolerância à lactose. Esta última atinge quase a metade da população mundial. O objetivo deste trabalho foi avaliar um processo híbrido combinando ultrafiltração (UF), nanofiltração (NF) e hidrólise enzimática para a obtenção de leite pasteurizado com reduzido teor de lactose. Leite desnatado foi ultrafiltrado em unidade piloto de filtração por membranas, separando duas correntes: permeado e retido. A corrente do permeado da ultrafiltração foi coletada e armazenada sob refrigeração para posterior utilização no processo de nanofiltração. A corrente do permeado da NF foi, então, reincorporada na do retido da UF, na qual estavam presentes proteínas, gordura, sais minerais e vitaminas do leite. No produto resultante, foi realizada a hidrólise enzimática com o uso da enzima betagalactosidade. O produto final foi pasteurizado a 75 ºC por 15 s. Análises físico-químicas e microbiológicas foram realizadas para caracterização do produto, tendo tais parâmetros sido definidos com base na legislação e em outros estudos científicos. O produto final apresentou-se dentro dos parâmetros exigidos pela legislação, tendo a redução de lactose chegado a 93% em relação ao teor inicial, representando uma boa alternativa para as indústrias de laticínios, agregando valor ao produto e dispondo um alimento alternativo para os consumidores com intolerância à lactose. Palavras-chave: Separação por membranas. Lactose. Hidrólise enzimática.

Influência Do Tipo De Enzima Nas Propriedades Funcionais De Hidrolisados Obtidos a Partir De Concentrado Proteico De Soro De Leite

Anais do XX Congresso Brasileiro de Engenharia Química, 2015

RESUMO-A hidrólise enzimática parcial das proteínas do soro de leite pode incrementar suas propriedades funcionais. Dessa forma, testaram-se diferentes enzimas comerciais (Alcalase ® , Neutrase ® , Novo ProD ® e Protamex ®) a fim de verificar sua influência nas propriedades funcionais de hidrolisados obtidos a partir de concentrados proteicos de soro de leite. O maior grau de hidrólise (12% após 2 horas de reação) foi observado tanto quando se utilizou Alcalase ® quanto Novo ProD ®. O uso da mistura Alcalase ® mais Neutrase ® mostrou-se eficiente se o objetivo é produzir um hidrolisado proteico parcial com alta capacidade emulsificante (80%) e capacidade antioxidante (297 μmol TE/g), sendo necessárias 1,5 horas de hidrólise. Contudo, se o objetivo é obter um hidrolisado com maior capacidade antioxidante (378 μmol TE/g), porém também com capacidade emulsificante considerável (70%), o uso apenas de Alcalase ® mostrou-se adequado, sendo economicamente mais rentável haja vista o curto tempo de reação necessário, menos de 5 minutos.

Hidrólise das proteínas do soro do queijo utilizando a alcalase imobilizada em pó de sabugo de milho

Brazilian Journal of Development, 2020

A hidrólise das proteínas do soro de queijo foi feita a 50º C, pH=9, 100 rpm por 24 h, utilizando o derivado alcalase glioxil pó de sabugo de milho (AGSM) e os resultados comparados com o derivado alcalase glioxil agarose (AGA) e enzima livre (AL). AL apresentou menor KM = 0,243mM e maior grau de hidrólise (DH)=59,63% com relação aos derivados, provavelmente devido aos efeitos difusionais da imobilização, dificultando o acesso do substrato a enzima. AGSM apresentou melhor estabilidade térmica (62 e 15,5 vezes maior do que a AL e AGA respectivamente). A SDS-PAGE demonstrou a ocorrência de hidrólise utilizando a AGSM, além do DH=26,59% e 3,29U/mg. Confirmando esta hidrólise, o perfil cromatográfico mostrou um aumento no número de picos em diferentes tempos de retenção. Resultados semelhantes foram encontrados para AGA, portanto, o SM representa uma fonte inovativa, de baixo custo, para imobilização da alcalase e obtenção de hidrolisados proteicos. Palavras-chave: Alcalase, soro de queijo, hidrolisados proteicos, ligação covalente multipontual, pó de sabugo de milho.

Hidrólise Enzimática Do Óleo De Girassol Com Lipases Comerciais Imobilizadas

Anais do Simpósio Nacional de Bioprocessos, 2015

Diversas pesquisas estudaram a tecnologia de modificação dos óleos e gorduras e a obtenção de concentrados de ácidos graxos poli-insaturados que beneficiam a saúde humana. As lipases são enzimas que catalisam a hidrólise parcial ou total destes triacilgliceróis (TAGs) produzindo ácidos graxos livres (AGLs), diacilglicerol (DAG), monoacilglicerol (MAG) e glicerol. Neste trabalho, enzimas comerciais imobilizadas foram utilizadas para a hidrólise do óleo de girassol. As lipases foram caracterizadas quanto à sua espeficidade em relação a diferentes p-nitrofenil ésteres. As condições da hidrólise enzimática do óleo de girassol foram: proporção molar de água:óleo (6:1); carga da lipase de 1% (p/p) em relação ao óleo; temperatura de 50°C e agitação de 150 rpm. Monitorou-se a hidrólise durante 4,5 horas através da retirada de alíquotas de 1% do volume reacional. Os ácidos graxos livres foram quantificados em titulador automático com NaOH 0,05 N. Os melhores resultados do rendimento da hidrólise foram obtidos com a enzima imobilizada comercial de Thermomyces lanuginosus e nas misturas enzimáticas em que essa enzima estava presente.

Hidrólise De Lactose Em Leite De Ovelha e Leite De Vaca

Revista CIATEC-UPF, 2017

Produtos lácteos derivados de leite de ovelha apresentam características sensoriais e nutricionais diferenciadas, o que os torna produtos de alto valor agregado. Assim como no leite de outras espécies, o leite de ovelha apresenta lactose em sua composição, sendo inadequado o consumo deste leite e muitos derivados a indivíduos intolerantes à lactose sem que este carboidrato seja pré-hidrolisado pela enzima β-galactosidase. A hidrólise da lactose tem um efeito de diminuição no ponto de congelamento do leite, sendo possível estimar a porcentagem de hidrólise a partir da variação desta propriedade. O trabalho avaliou a cinética de hidrólise de lactose em leite de ovelha e leite de vaca. A composição química do leite das diferentes espécies foi determinada. Iniciada a reação, o tempo foi controlado e a crioscopia foi determinada em intervalos específicos, sendo possível estimar o grau de hidrólise através de equação de correlação. Os dados foram plotados ao longo do tempo e a reação dividida em intervalos conforme comportamento dos dados. Foi determinada a ordem da reação e os coeficientes cinéticos em cada intervalo. As reações apresentaram mesmas ordens de reação para os diferentes intervalos, sendo de ordem zero no intervalo inicial e, posteriormente, reações de segunda ordem. O índice crioscópico teve maior variação no leite de ovelha, o que pode indicar que a equação de correlação entre grau de hidrólise e variação de índice crioscópico, adequada ao controle da reação em leite de vaca não é aplicável ao leite de ovelha. Palavras-chave: hidrólise de lactose, cinética enzimática, leite de ovelha.