O cérebro tem sexo ? (original) (raw)
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A Neurociência e a Sexualidade
2019
A NEUROCIÊNCIA E A SEXUALIDADE No inicio dos estudados, o biólogo Alfred Kinsey, a psicóloga Virgínia Johnson e a ginecologista William Master pesquisavam o assunto, talvez o mas discutido no mundo da literatura cientifica: A Sexualidade Humana. Desde então as pesquisas tem se aprofundado ainda mais, compreendendo melhor o assunto em questão desses pioneiros,
A psicanálise está preparada para a mudança de sexo?
Trivium: Estudos Interdisciplinares, 2018
Resumo A psicanálise, no decorrer de seu desenvolvimento, assumiu uma posição normativa ao interpretar a transexualidade como índice de patologia. As pessoas transgênero têm apontado para a impossibilidade de representar a sexualidade, uma impossibilidade que subverte implicitamente a fixidez de todas as reivindicações identitárias. Não há dúvida de que o fenômeno cultural descrito nas notícias como "momento transgênero" está mudando as nossas noções de gênero, sexo e identidade sexual. Esta evolução implica um realinhamento importante na prática psicanalítica.
Cadernos Pagu
Em Pensar o sexo e o gênero, Eleni Varikas tece uma discussão acerca do conceito de gênero cruzando história intelectual, teoria social e abordagens epistemológicas que partem de paisagens intelectuais e tradições políticas menos conhecidas. Nas 128 páginas do livro-dividido em duas seções principais: as itinerâncias e as impertinências do gênero-, a autora também dialoga, de forma breve e erudita, com autores célebres, como Hannah Arendt, Walter Benjamim e Simone de Beavoir. No decorrer dessa costura de referências, Varikas destaca a necessidade de redefinir o político desafiando suas distinções fundadoras: entre privado e público, pessoal e político, família e comunidade, sociedade civil e Estado. Nesse sentido, pensar sobre as noções de diferença sexual, bem como sobre a experiência singular do sujeito feminino e seu acesso ao universal, é o caminho elegido pela autora para discutir a historicidade do gênero como princípio organizador da política. Genealogias e fronteiras do pensamento Varikas empreende uma genealogia do conceito de gênero através de um caminho improvável: iniciando-a na filosofia de Protágoras e suas elaborações sobre o projeto de racionalizar a linguagem a partir da divisão dos substantivos. A passagem pela filosofia grega clássica não acontece por considerá-la uma origem, e menos ainda por ter tido grande influência nos estudos de
Schème: Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas
Todo o grande acúmulo de informações impulsionadas pela década do cérebro (1991-1999), permaneceram inacessíveis a Piaget, morto em 1980. Mesmo assim, é impressionante a convergência entre suas proposições e esses conhecimentos em neurociências.Entre os diferentes modelos neuropsicológicos, o modelo de funções executivas de Fuster oferece uma descrição perfeitamente compatível com as proposições piagetianas. Neste ensaio teórico, apontamos para essas convergências entre o modelo piagetiano de desenvolvimento cognitivo e o modelo de Fuster. Quanto a este último, usamos como fonte o livro (não traduzido para o Português) The Prefrontal Cortex (2008), um trabalho de síntese, em que o resultado de anos de pesquisa é apresentado em termos de um modelo coerente e empiricamente fundamentado. Trata-se da quarta edição do livro, fato que importa muito, já que a primeira edição data de 1980, e nos 28 anos que separam essas duas edições, muito se fez em pesquisa sobre cérebro, contribuindo par...
Sexuação, desejo e gozo: entre neurose e perversão
Psicologia USP, 2013
Resumo: Este artigo retoma três perguntas lançadas por Freud em 1927, no seu excepcional texto intitulado "Fetichismo", para repensá-las a partir do ensino de Lacan dos anos 1970, conhecido como o campo do gozo. O artigo se serve das fórmulas quânticas da sexuação, para verificar a evidenciação lógica "a relação sexual não existe" na posição sexuada que um sujeito pode ocupar com seus parceiros nas estruturas neurótica e perversa. Interrogamos algumas variantes do sujeito com seu parceiro no gozo e no desejo. Para tanto, retomamos os três tipos de gozo verificados por Lacan na relação do sujeito com o parceiro na posição sexuada: o gozo feminino -também chamado de suplementar e gozo Outro -, o gozo místico e o gozo perverso. Revisitam-se os casos trabalhados por Lacan para questionar o que distingue fundamentalmente o neurótico do perverso, ou seja, retomando as questões introduzidas por Freud.
A sexualidade na etiologia das neuroses e a invenção da psicanálise
ETD - Educação Temática Digital, 2008
Em 1917, Freud definiu a sexualidade como tudo o que se relaciona com a distinção entre os dois sexos. Dessa premissa, extraiu uma conclusão: aquilo que é sexual é da ordem do impróprio. Minha estratégia nesse artigo é retornar à hipótese da sexualidade infantil para demarcar a invenção da psicanálise como arte da escuta desse algo impróprio que deve ser mantido secreto. Proponho uma leitura do artigo “A hereditariedade e a etiologia das neuroses”, escrito em francês e publicado por Freud em 1896, para demarcar a criação da psicanálise pela ruptura que estabeleceu com o discurso neurológico sobre os sintomas das psiconeuroses. Na seqüência, destaco alguns argumentos que se encontram no artigo “A sexualidade na etiologia das neuroses”, publicado em 1898, por considerá-lo o ponto de passagem para a publicação da obra fundadora da psicanálise: A Interpretação dos Sonhos. O primeiro artigo demonstra um ponto de ruptura; o segundo um ponto de passagem para que Freud pudesse instaurar as ...
Estará o nosso cérebro conectado de forma a produzir a experiência religiosa
Objetivo: A investigação tem crescido ultimamente em torno do tema em questão, para além da psicologia, filosofia e teologia, nos campos da neurociência, neuroteologia e biologia. O aparecimento dos recentes estudos nestes campos incita uma nova compreensão em torno do tema. A experiência religiosa encontra-se intimamente ligada ao funcionamento de certas partes cerebrais. O propósito deste estudo é descrever que partes são essas, a sua condição e que favorece tal funcionamento no ser humano. Método: Os estudos foram investigados nas seguintes bases de dados: Ebsco, b-on, PsycInfo, MEDLINE e Google schoolar com datas estabelecidas de 1980 até 2015. As palavras- chaves escolhidas foram “religious experience”, “brain”, “self”, “mystic experience” “psychology” “neuroscience” “God Module”. Foram revistas também as referências dos artigos escolhidos e com base na referência dos autores mais citados, estes também foram escolhidos para revisão. A partir dessa revisão foi possível uma maior análise dos processos cerebrais incluídos na experiência religiosa, como na construção desta com uma base biológica, hereditária e a posteriori, afectiva. Resultados: Existe de facto várias estudos que comprovam que certas estruturas cerebrais estão associadas à experiência religiosa. Existe inclusive alguns genes que estão associados à experiência religiosa (VMAT2) e uma variância positiva aos traços hereditários (h2= 0.28-0.72; sendo que 0.72 refere-se ou fundamentalismo religioso). Porém tais fatores não podem ser reduzidos à causa, mas sim condição possível. Os resultados do seguinte estudo parecem responder de forma positiva à questão formulada e fazem uma ligação a uma certa funcionalidade no desenvolvimento do self. Conclusão: Os nossos resultados conectam de facto a experiência religiosa ao funcionamento cerebral. Este facto pode nos levar a colocar como hipóteses certas funcionalidades da experiência religiosa. Estas provam ser uma vantagem para o desenvolvimento e bem-estar do ser humano, principalmente no desenvolvimento do self. Palavras-Chave: Cérebro; Experiência religiosa; Experiência Mística; Self; Psicologia; Neurosciência;