CATRILEO+CARRION. Utopias mapuche não binárias para um presente epupillan (original) (raw)

CARIRI - Sertão das Utopias

A região do Cariri cearense é um oásis, o verde coração do semi-árido nordestino. Apesar de ser uma terra de farturas e de portentos, sua história revela a tragédia do processo civilizatório sertanejo no destino de um povo -os Cariri (Kariri ou Quiriri) -que se fundiu na carne e na alma dos seus inimigos: fazendeiros, criadores de gados, agricultores e vaqueiros oriundos de Sergipe, de Pernambuco e da Bahia. Ao Cariri Cearense, centro geográfico com equidistância para as principais capitais do Nordeste, desde meados do século XVII até os dias de hoje, continuam a chegar multidões sertanejas, em um fluxo constante, atraídas pela fertilidade e pela sagração do território como espaço mítico.

CRIOULO, A LÍNGUA (DA) MÃE DO CABO-VERDIANO

Ser Professora, em diversas salas de aula de Cabo Verde, tem sido um imenso privilégio e fonte de inesgotável conhecimento. A escola, palco social e cultural privilegiado, proporciona uma rápida percepção das circunstâncias em que decorre o quotidiano do cidadão cabo-verdiano, pelo que não me foi difícil percepcionar as intrincadas problemáticas, suscitadas pelo dilema de ter uma língua mãe e uma outra "madrasta". Assunto que, pela importância de que se reveste, tem motivado a minha reflexão. Encontro na Lei de Bases do Sistema Educativo de Cabo-Verde, o mote para este primeiro tomo da reflexão em curso. Lei n° 103/III/90 de 29 de Dezembro Artigo 9° (Educação e identidade cultural) 1. A educação deve basear-se nos valores, necessidades e aspirações colectivas e individuais e ligar-se à comunidade, associando ao processo educativo os aspectos mais relevantes da vida e da cultura cabo-verdianas.

Espaços Africanos Na Configuração De Uma Nova Utopia Em Narrativa Pepeteliana

2012

Em seu livro O quase fim do mundo (2008), o angolano Pepetela cria um reinicio para a humanidade com poucos sobreviventes africanos a uma hecatombe mundial. A partir das viagens e suas motivacoes e consequencias ao longo do enredo, propomos analisar tracos de uma nova utopia para o autor. A nosso ver, a reflexao pepeteliana ultrapassa a questao de uma comunidade igualitaria, aos moldes comunistas; abrange tambem a necessidade de se pensar um projeto para o pais e/ou para Africa a partir do resgate da Historia, modelos e valores de suas proprias culturas. In his book O quase fim do mundo (2008), the Angolan writer Pepetela creates a restart to humanity with few African survivors to a hecatomb world. From travels and their motivations and consequences along the plot, we propose analyzing traces of a new utopia for the author. In our view, pepetelian reflection goes beyond the issue of an egalitarian community, in communist molds; also covers the need to think of a project for the coun...

Ariel e Caliban e a construção de uma identidade latino-americana

Rodó como parte do contexto político e ideológico de crise e reestruturação do discurso das burguesias latino-americanas na passgem do século XIX para o XX. Palavras-chave: Ariel -Rodó -América Latina Abstract: The objective for this article is analisys the book Ariel of the writer uruguayan Enrique Rodó how part of contexts ideological and political for the crisis e reestructurations of the discourse this latin-americans bourgeoisies in the passage of the century XIX to XX.

AS TEORIAS CARROLLIANAS DAS FALÁCIAS

Resumo: Exponho e discuto as teorias das falácias em duas obras de Lewis Carroll: seu manual de lógica O jogo da lógica e a sua obra parcialmente póstuma Lógica simbólica. Carroll discute as falácias no quadro de uma silogística ampliada e modificada, marcada pela presença de termos privativos e de uma interpretação sui generis das proposições universais afirmativas. Além disso, emprega tanto um método diagramático próprio como uma notação original por subscritos na discussão das falácias. Discuto, com especial atenção, as Falácias da Conclusão Defeituosa, recorrendo ao Princípio de Caridade e propondo um Princípio de Descaridade.

TRAJETÓRIAS DE CLÉRIGOS DE COR NA AMÉRICA PORTUGUESA: CATOLICISMO, HIERARQUIAS E MOBILIDADE SOCIAL

O processo de ordenação de homens de cor ao clero secular, na América Portuguesa, é a temática central deste artigo. Ao se considerar tão somente os textos canônicos, a conclusão seria pela impossibilidade deste tipo de ação no âmbito da Igreja. As Constituições Sinodais do Arcebispado de Lisboa, aprovadas em 1640, que vigoraram no Brasil até a promulgação das Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia, promulgadas em 1707, colocavam como impedimento para promoção às ordens sacras ter "parte de nação hebreia, ou de outra infecta, ou de negro ou de mulato" 1 . O texto em questão é praticamente o mesmo reproduzido nas constituições baianas de 1707, embora estas fossem mais rígidas, pois exigiam que os impedimentos fossem verificados já quando da pretensão ao recebimento das ordens menores 2 . Ou seja, em tese as constituições lisboetas admitiam clérigos in minoribus tonsurados, que poderiam exercer as funções de ostiário, leitor, exorcista e acólito sem que passassem por provas de impedimentos, o que pelas constituições da Bahia era vedado.