O príncipe e o poeta: o passado russo e transcaucásio pelas lentes de Sergei Eisenstein e Parajanov. Em tempos de história, n. 37, p. 369-389, jul./dez. 2020. (original) (raw)
Este artigo dedica-se ao estudo da relação entre História e Cinema. Para isso, debruça-se sobre duas produções cinematográficas da União Soviética: Alexander Nevsky (1938), de Sergei Eisenstein e A Cor da Romã (1969), de Sergei Parajanov. Por meio desses filmes, ambientadas no século XIII e XVIII, respectivamente, objetiva-se examinar o papel ocupado pela nacionalidade nas duas produções e refletir sobre as imagens fílmicas na construção de uma narrativa sobre o passado das repúblicas da URSS. Busca-se analisar como os passados russo e transcaucásio são representados e construídos pelos cineastas, bem como quais os processos de condensação, deslocamento e simbolização, como na escrita histórica, estes filmes utilizam.
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Epos e lírica na Rússia contemporânea - Vladímir Maiakóvski e Boris Pasternak, 2020
Marina Tsvetáeva explica em parte, nessa primeira metade de seu ensaio“Epos e lírica na Rússia contemporânea – Vladímir Maiakóvski e Boris Pasternak” por quê, na poesia russa do século passado, ela coloca os nomes dos dois poetas, Vladímir Maiakóvski e Boris Pasternak, um ao lado do outro, segundo seu conceito pessoal de poesia. Em sua explicação ela exemplifica e contrasta as características e os poemas dos dois poetas. (A parte II do ensaio será publicada no N. 16 da RUS.) (continua na p. 1)
"A história está na Rússia ": uma época compartilhada entre Gramsci e Mariátegui
O afã revolucionário decorrente da Revolução Russa de 1917 foi determinante para o desenvolvimento teórico marxista de Gramsci e Mariátegui. Este paper objetiva destacar afinidades entre o pensamento político dos autores que, influenciados pelo bolchevismo, vislumbravam na educação das massas uma ferramenta de projeto político que culminaria na formação do partido revolucionário, sendo marcante a experiência ordinovista na adesão de ambos ao socialismo. Partindo deste debate, indica-se como a análise dialética do nacional com o plano internacional e o destaque conferido às experiências de auto-organização locais lhes pareciam fundamentais para tecer uma práxis revolucionária temperada.
O rei Lear da estepe, de Ivan Turguêniev: uma tragédia russa
dedicação e paciência dispensada a mim desde a graduação. À professora Elena Vássina e a Gutemberg Medeiros, pelas valiosas contribuições no Exame de Qualificação. Aos meus pais, Sonia e João, e à minha irmã Érica, por tudo. Agradeço a Edmundo Juarez Filho, pelo apoio e atenção.
Constantin Stanislavski (1863–1938) é até hoje reconhecido como um dos principais sistematizadores do processo de trabalho do ator e de construção da personagem. Entretanto, opiniões desfavoráveis ou leituras imprecisas de seus trabalhos levaram a que conceitos e propostas sobre o trabalho atoral fossem gerados. Isto ocorre, principalmente, graças às negligências e imposições editoriais ocorridas nas traduções ao inglês feitas no século XX (Ed. Theatre Arts Books), as quais regeram a publicação de suas obras em praticamente todo o ocidente. Neste trabalho focamos nossas análises na obra El Trabajo del Actor sobre su Papel (traduzida diretamente do russo pela Ed. Quetzal) — que seria a “equivalente” a obra brasileira A Criação de um Papel (Ed. Civilização Brasileira). Após o cotejo trazemos aqui alguns dos excertos “inéditos” para os leitores de nossa língua. Nos fragmentos aqui enfocados Stanislavski debruça-se nas dificuldades do trabalho do ator dentro de determinados procedimentos “vanguardistas” de sua época. Constantin Stanislavski (1863-1938) is recognized nowadays as a major thinker of the actor’s working process and character-building. However, unfavorable opinions and misreading have led to inaccurate understanding of his concepts and proposals. This is mainly due to editorial needs and imprecision that have occurred in the early English translations, made during the twentieth century (Ed. Theatre Arts Books), which founded misleading publications of his works in virtually all the West World and Brazil. In this paper we focus our analysis on the work of El Trabajo del Actor sobre su Papel (directly translated from Russian by Ed. Quetzal) which would be “equivalent” to Brazilian book A Criação de um Papel (Ed. Civilização Brasileira). We bring here original excerpts for readers of our language, focusing mainly in fragments where Stanislavsky deals with actors’ difficulties on certain procedures considered “vanguard” in the performance of his time.
Chegaste ao Império, meu amigo: o legado da narrativa imperial russa na poesia de Joseph Brodsky
Bakhtiniana, 2024
Todo conteúdo de Bakhtiniana. Revista de Estudos do Discurso está sob Licença Creative Commons CC-By 4.0 ARTIGOS Chegaste ao Império, meu amigo: o legado da narrativa imperial russa na poesia de Joseph Brodsky / You Are in the Empire, Friend: The Legacy of the Russian Imperial Narrative in the Poetry of Joseph Brodsky Júlia Zorattini RESUMO O presente artigo tem por objetivo investigar o elemento imperial na poesia de Joseph Brodsky em diálogo com os estudos pós-coloniais. Sua conotação ambígua, permeada tanto por suas vivências enquanto poeta exilado, quanto por seus referenciais culturais, ecoa àquela apresentada nas obras de seus precursores poéticos. Portanto, traça-se um breve histórico da relação entre poesia e narrativa imperial no âmbito cultural russo, iniciada com a gênese do Império Russo no século XVIII. Em seguida, explora-se as nuances do conceito de império na obra brodskiana por meio da análise dos poemas Post aetatem nostram (1970), Torso (1972) e Sobre a Independência da Ucrânia (1991). Entende-se que tanto o conteúdo chauvinista deste último poema, quanto o aspecto positivo e nostálgico do império para Brodsky revelam a longevidade e a força da narrativa imperialista russa presente na literatura nacional do país.
Os escritores russos na época do populismo
Outra Travessia, 2008
Desde que foi criado, em 1850, pelo escritor russo Boboríkin e tornado famoso pelos romances de Turguêniev, o termo intelligentsia passou a ser adotado em quase todos os idiomas do mundo e utilizado para caracterizar pessoas e circunstâncias bem diferentes das que o haviam originado.
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