Os Vikings: narrativas da violência na Idade Média (original) (raw)

Violência na Alta Idade Média

ICH-HIS/UnB, 2021

Regardez les institutions des anciens sans penser à leurs croyances, vous les trouverez obscures, bizarres, inexplicables. 3 N. D. Fustel de Coulanges

Vikings, barbárie e trevas: algumas reflexões acerca de estereótipos oitocentistas sobre o Medievo. In: SILVEIRA, Marta & RIGAS, Rosiane (Orgs.). A Idade Média em questão. Rio de Janeiro: Chalé Editorial, 2022, pp. 8-25.

A Idade Média em questão, 2022

Em 2019 a jornalista Juliana Kataoka escreveu uma matéria no site UOL intitulada Sete notícias que mostram que estamos voltando pra Idade Média. Nela, somente uma notícia tinha relação direta com o medievo, acerca da peste negra. Todas as outras remetem a ideias equivocadas sobre este período, que na realidade, são também encontradas em outras temporalidades e espacialidades: violência, autoritarismo, monarquismo (KATAOKA, 2019). É muito comum nos depararmos com notícias, declarações e textos com este teor e constantemente convivemos com a reprodução em diversas mídias de muitos estereótipos produzidos sobre esta faixa de tempo que vai do fim do mundo romano ao início da modernidade.

Aspectos de violência em Contos Gauchescos e Dublinenses

Literatura e Autoritarismo

Este trabalho propõe analisar as ocorrências de violência e as diferentes abordagens do tema em Contos gauchescos e Dublinenses, de Simões Lopes Neto e James Joyce, respectivamente, publicados em 1912 e 1914. Em Contos gauchescos percebe-se a violência como aspecto intrínseco da personalidade do gaúcho típico, sempre pronto para uma “peleia”. Em Dublinenses, o que se tem é um outro tipo de violência, que nem sempre é a física. É a opressão advinda do catolicismo exacerbado que, na opinião do narrador, dita as relações sociais e oprime o cidadão, refletindo-se em crise cultural e de valores na sociedade irlandesa do final do século XIX.

Hélio Pires, Os Vikings em Portugal e na Galiza. As incursões Nórdicas Medievais no Ocidente Ibérico, 3ª edição Lisboa, Zéfiro, Edições e Actividades Culturais, Lda, 2018. José Carlos Ribeiro Miranda

2018

Recensao critica a: Helio Pires, Os Vikings em Portugal e na Galiza. As incursoes Nordicas Medievais no Ocidente Iberico, 3a edicao Lisboa, Zefiro, Edicoes e Actividades Culturais, 2018

Guerra e Poder na Escandinávia medieval: Os reis guerreiros na Era Viking

Resumo: O presente trabalho tem por objetivo apresentar sob a luz de referenciais teóricos relacionados ao poder e à guerra como cultura, a relação dos atos guerreiros com a obtenção e manutenção das posições de liderança de reis noruegueses da Era Viking. Abstract: This work aims to present in the light of theoretical references related to power and war as culture, the relationship of the warrior acts with securing and maintaining leading positions of Norwegian kings of the Viking Age.

"Por que esse raio terrível caiu sobre nós vindo do extremo Norte?” Uma História Global das Incursões Vikings (séculos VIII-X)

"Por que esse raio terrível caiu sobre nós vindo do extremo Norte?” Uma História Global das Incursões Vikings (séculos VIII-X), 2022

Nos últimos anos presenciamos o florescer de novas pesquisas sob o prisma da História Global. No que diz respeito aos estudos medievais, a abordagem ainda possui poucos trabalhos quando comparados com outras épocas da História. Esta dissertação busca, assim, contribuir com os novos estudos sobre História Global acerca da Idade Média, analisando especialmente as ditas incursões vikings ocorridas entre os séculos VIII e X. Pretende-se identificar no conjunto documental, tanto escrito quanto material, as estruturas mais evidentes manifestas pelas diversas incursões no globo, ou seja, sem pretender adentrar as especificidades de cada região. Nesse sentido, as incursões são abordadas como compondo um sistema estrutura, cuja manifestação exibiu diversas similitudes que geralmente são pouco referendadas pela historiografia em detrimento das especificidades regionais. A abordagem global aqui utilizada pretende demonstrar como as incursões foram determinantes na integração dos grupos vikings e da Escandinávia aos locais atingidos pelas expedições, sendo importantes no processo de construção e redefinição das identidades e etnicidades durante o Período Viking.