Suicídio e melancolia: seguindo as trilhas das primeiras elaborações psicanalíticas (original) (raw)
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Dinâmica psíquica do suicídio sob a perspectiva do desnudamento do Eu na melancolia
2019
Dordania de Souza Resende Psicóloga. Analista de saúde e articuladora de rede em atenção psicossocial. Atendimento emocional e intervenção psicológica em emergências e desastres. Mestranda em psicologia e ciências da saúde pela Universidade de Buenos Aires (AR). Joanna Brown Wetter de Oliveira Reis Psicóloga clínica em prevenção de emergências e desastres. Consultora em recrutamento e seleção.
Este artigo apresenta as primeiras elaborações psicanalíticas acerca do tema do suicídio, primordialmente a partir dos relatos das reuniões das quartas-feiras da Sociedade Psicanalítica de Viena. Tal discussão estabelece um ponto central para a compreensão do tema do autoextermínio: sua intrínseca relação com as relações objetais e com a sexualidade inconsciente. Constata-se que há, ainda, um impasse em relação a estas elaborações, que podemos, a posteriori, atribuir à ausência de elaborações que só se construiriam mais tarde na teoria psicanalítica, a partir do advento da pulsão de morte. Palavras-chave: Suicídio, pulsão de morte, melancolia, relações objetais Rev. Latinoam. Psicopat. Fund., São Paulo, 19(2), 59-74 jun.2016 University Association for Research in Fundamental Psychopathology. Este é um artigo de livre acesso, que permite uso irrestrito, distribuição e reprodução em qualquer meio, desde que o autor e a fonte sejam citados / This is an open-access article, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original authors and sources are credited.
Abordagem Psicanalítica Do Suicídio Na Adolescência
Affectio Societatis
Adolescentes e jovens encontram diferentes formas de se evadirem da cena do mundo. No contexto contemporâneo, encontramos os suicídios lentos ou ‘não violentos’ a partir do uso de substâncias químicas, da ingestão ou da recusa de alimentos, da exposição a fatores de risco, do suicídio inconscientemente buscado mediante acidentes letais, dentre outros. Neste artigo nos debruçaremos sobre a abordagem psicanalítica do suicídio na adolescência, a partir da localização do tema na obra freudiana e lacaniana, além da discussão de autores contemporâneos.
A dinâmica psíquica do suicídio sob a perspectiva do desnudamento do Eu na melancolia
Reverso, 2019
Dordania de Souza Resende Psicóloga. Analista de saúde e articuladora de rede em atenção psicossocial. Atendimento emocional e intervenção psicológica em emergências e desastres. Mestranda em psicologia e ciências da saúde pela Universidade de Buenos Aires (AR). Joanna Brown Wetter de Oliveira Reis Psicóloga clínica em prevenção de emergências e desastres. Consultora em recrutamento e seleção.
Suicídio: angústia, melancolia, solidão e perda do sentido da vida
Suicide, like any other choice, is immersed in loneliness. This can be seen not only as the act motivator, but also as its integral and inseparable part. So it does not differ from other decisions acts, consisting as a choice of an alternative, death, or escape of another, life, motivated by the anguish inherent in to the human condition. Anchored in the French Discourse Analysis, this paper intends to analyze fragments of letters from suicidals, with the intention of demonstrating that suicide does not differ from other choices in the aspect of loneliness, but only in what touches the decision prior to the act. The anguish of suicidal refers to their perception that we are all lonely at the constitution act of our choices and this asphyxiate him to the point of materialize the loss of life’s meaning.
Suicídio e os desafios para a Psicologia
7 O Suicídio e os desafios para a Psicologia APRESENTAÇÃO Este livro é fruto da transcrição dos debates online "Suicídio: uma questão de saúde pública e um desafio para a Psicologia clínica" e "Suicídio: o luto dos sobreviventes", realizados, respectivamente, pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), em 24 de julho e no dia 21 agosto de 2013. O intuito foi chamar atenção para uma situação que retira a vida de milhões de pessoas em todo mundo e que pode ser evitada, especialmente por meio do apoio psicológico para os que atentam contra a própria vida e para aqueles que vivenciam o luto da perda. Pela audiência dos dois debates, que atingiram 6.804 pontos conectados em todo Brasil, foi possível constatar que suicídio é um assunto que desperta o interesse massivo de psicólogas (os). Foi o maior número de acessos em debates em a toda história do CFP, inclusive na quantidade de perguntas enviadas pelo público, que somaram mais de 350 enviadas aos palestrantes. O livro "Suicídio e os Desafios para a Psicologia" possui um caráter ainda mais especial por registrar o último texto da psicóloga uruguaia Blanca Susana Werlang, que faleceu no mês de novembro, em decorrência de um câncer. Blanca era doutora em ciências médicas e saúde mental pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e uma das participantes do primeiro debate online, cujas palavras sempre serão lembradas no primeiro capítulo desta publicação. Alem de Werlang, este livro contem as falas dos outros debatedores, o psicólogo e professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Nilson Berenchtein Netto e a psicóloga e especialista em Psicologia Hospitalar, Soraya Carvalho Rigo, da Bahia, que também falaram sobre o suicídio como uma questão de saúde pública e um desafio para a profissão. O capítulo sobre o luto dos sobreviventes, tema do segundo debate, contempla as falas do doutor em Psicologia Clinica, Marcelo da Silva Araujo Ta-vares, do Distrito Federal, da doutora em Psicologia, Lucia Cecilia da Silva, do Paraná, e do PhD em antropologia com ênfase na antropologia médica e etnopsiquiatria, Carlos Coloma, do Mato Grosso do Sul. A força deste trabalho consiste na diversidade das histórias aqui reunidas, incluindo a transcrição das falas dos debatedores até as perguntas feitas pelo público e respondidas pelos especialistas.
Depressão e Suicídio sob a Perspectiva da Psicologia Cognitivo-Comportamental
Revista Saúde em Foco, 2019
Artigo recebido em 27/09/2018. Última versão recebida em 08/10/2018. Aprovado em 09/10/2018. Avaliado pelo sistema Triple Review: a) Desk Review pelo Editor-Chefe; e b) Double Blind Review (avaliação cega por dois avaliadores da área). Revisão: Gramatical, Normativa e de Formatação W. C. Assunção, J. B. F. Silva 86 Revista Saúde em Foco,Teresina, v. 6, n. 1, art. 6, p. 85-102, jan./jun.2019www4.fsanet.com.br/revista RESUMO Introdução: O suicídio é um fenômeno destrutivo e com grande impacto social, esteve presente em todas as sociedades, foi estudado pela filosofia, sociologia e posteriormente pela psiquiatria, psicologia e psicanálise. Estima-se que em 2008 houve cerca de 9.000 suicídios oficialmente registrados em todo país, colocando o Brasil entre os dez países que mais registram números absolutos de suicídios. Objetivo: Descrever e refletir sobre a relação entre a depressão e suicídio, sob a perspectiva da Psicologia Cognitivo-Comportamental. Metodologia: Para construção dessa pesquisa foi escolhida uma abordagem descritiva da revisão da literatura. Essa metodologia é apropriada para descrever e discutir o desenvolvimento de um assunto específico, a partir de uma perspectiva teórica ou contextual. Resultados e discussão: De acordo com a literatura, o suicídio possui causas multifatoriais, havendo relação com depressão. O levantamento mostrou que a Psicologia Cognitivo-Comportamental-PCC é eficiente nas intervenções e pode atuar em conjunto com tratamento farmacológico. Conclusão: Apesar de as pesquisas apontarem que o suicídio é mais presente em indivíduos com psicopatologias ou tendências às psicopatologias, existe um consenso no que diz respeito aos sintomas que envolvem a depressão, no campo da psicologia, a abordagem mais indicada é a Psicologia Cognitivo-Comportamental, que demonstra eficiência no tratamento.