Psicologia Institucional de Bleger numa crítica freudiana (original) (raw)

Psicologia para fazer a crítica? Apologética, individualismo e marxismo em alguns projetos psi

O presente trabalho empreende uma análise histórico-sistemática de alguns projetos de psicologia com a finalidade de problematizar a relação entre os desdobramentos internos da psicologia com os acontecimentos histórico-sociais e debates filosóficos mais gerais. Argumenta-se que a psicologia enquanto complexo social específico nasceu quando a busca de compreensão da autoatividade humana pela burguesia foi abandonada e convertida na busca para justificar e naturalizar a ordem social. Para analisar este processo buscou-se delinear o terreno histórico-filosófico mais amplo do qual brotou a psicologia e utilizou-se a categoria decadência ideológica para problematizar o nascimento da psicologia. Para defender esta tese analisam-se três conjuntos de projetos “psi” que se desenvolveram entre os séculos XIX e XXI: (a) os projetos que se desenvolveram desde o surgimento do projeto de psicologia wundtiano até o “giro behaviorista” ocorrido na primeira metade do século XX; (b) as propostas que articularam psicologia e marxismo que emergiram entre a revolução russa de 1917 e a revolução cubana na segunda metade do século XX; (c) os projetos de psicologia crítica que emergiram a partir de 1968 e se desenvolveram até os primeiros anos do século XXI. Uma ênfase especial é dada para a relação entre psicologia, individualismo e marxismo. Nas considerações finais discutem-se as possibilidades de se desenvolver uma psicologia marxista e de eliminar o papel da apologética no interior da psicologia.

"Moral e religião em Freud", pelo P. Ignacio Andereggen

Moral e religião em Freud, 2009

Conferência do Pbro. Dr. Ignacio Andereggen sobre a relação entre "Moral e Religião em Freud", realizada em 28 de agosto de 2009 no Multiespacio Cultural EL CAMINO (Mar del Plata, Argentina) e organizada pela associação Fraternidad de Vida Nueva

Oskar Pfister e a crítica à concepção freudiana de Religião

Revista Dissertatio de Filosofia

A crítica que Freud faz à religião permeia toda a sua obra de forma que podemos afirmar que a questão religiosa se mostra uma grande questão para ele. No entanto, percebe-se que a visão que Freud tem da religião é bastante reducionista e isso fica bastante claro em diversos textos desse autor. Oskar Pfister se coloca como um grande debatedor da questão religiosa no início do movimento psicanalítico evidenciando as diversas lacunas na visão freudiana da Religião. Esse artigo se propõe a mostrar a crítica feita por Pfister à concepção freudiana de Religião visando com isso trazer elementos para o debate entre psicanálise e religião.

Aspectos do antipsicologismo e da crítica ao empirismo milliano em Frege

Revista Guairaca, 2013

Este artigo busca apresentar alguns aspectos da relação entre as filosofias de Frege e Stuart Mill, a partir da perspectiva da crítica fregeana ao psicologismo e ao empirismo. É defendida a tese de que, nos Fundamentos da Aritmética, Frege dirige suas críticas ao empirismo professado por Mill em seu Sistema de Lógica, crítica essa que se constitui numa 'acusação' de que o filósofo inglês é um psicologista. Para tanto, serão apresentados vários aspectos concernentes ao papel que o antipsicologismo tem no pensamento fregeano e sua direta relação com o projeto logicista de redução da aritmética à lógica. Como sustentação à nossa tese são apresentados argumentos que visam mostrar que o empirismo não necessariamente e diretamente implica em psicologismo

A ESSÊNCIA DA LINGUAGEM SEGUNDO HEIDEGGER: CONFRONTO COM A FILOSOFIA ANALÍTICA

DISSERTATIO (UFPEL), 2016

Resumo: A concepção heideggeriana da essência da linguagem é apresentada à luz dos princípios básicos de seu pensamento e em confronto com a perspectiva da filosofia analítica. Mostra-se que a radical diferença entre as duas concepções não implica contradição, já que o fenômeno ao qual se referem sob o nome de linguagem não é abordado na mesma perspectiva. Palavras-chave: Linguagem, Heidegger, Filosofia Analítica.

Instituição e o ato do psicanalista em sua extimidade

O presente artigo foca o conceito de extimidade de Jacques Lacan e como ele pode ser um operador para a prática do psicanalista tanto no consultório como em uma instituição. O conceito de extimidade é trabalhado no Seminário da angústia1 e mais desenvolvido por Lacan na década de 1970, quando ele une topologicamente conceitos centrais trabalhados ao longo de seu ensino: a saber, Real, Simbólico e Imaginário, trespassando-os em um nó borromeano. O efeito topológico proposto por Lacan concede ao nó uma perspectiva tridimensional, aumentando a mobilidade na lógica do analista, sobretudo ao ser elaborado sob o referencial da fita de Moëbius, onde a perspectiva do fora/dentro e subvertida. A partir dessa lógica, o trabalho de uma equipe de praticantes da psicanálise numa instituição do 3º setor será um dos fios condutores para o debate do texto.

Uma crítica ao Estado em Murray Rothbard

2014

2014 2 "Juízos políticos são necessariamente juízos de valor, por isso, a filosofia política é necessariamente ética e, portanto, um sistema ético positivo é necessário para estabelecer-se a causa da liberdade humana".

O enfoque histórico-estrutural e a crítica relegada

Textos de Economia, 2011

O presente texto procura: por um lado, realizar uma revisão do pensamento originário da Cepal, privilegiando os aspectos constitutivos do modo de pensamento cepalino e de suas implicações para a formulação de narrativas históricas sobre a formação e desenvolvimento das economias latino-americanas; por outro, argumenta que a Perspectiva dos Sistemas-Mundo pode contribuir, a partir de sua critica epistemológica, para a revisão crítica dos modelos explicativos da formação e desenvolvimento das economias latino-americanas.