Nova gestão da Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde: o enfrentamento da crise e os novos desafios para a área de atividade física e saúde (original) (raw)
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A evolução do Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde. Copo meio cheio ou meio vazio?
Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, 2014
O objetivo do presente estudo foi resgatar a memória do Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde (CBAFS) e descrever a evolução da participação no evento segundo localização geográfica do estado de origem do primeiro autor dos resumos, eixos de pesquisa, e tipo de estudo dos resumos apresentados. A pesquisa foi realizada nos anais das nove edições do CBAFS. Buscou-se identificar o estado (convidados nacionais) e país (convidados internacionais) de origem dos palestrantes, estado de origem do primeiro autor, delineamento de estudo e eixos de pesquisa em atividade física e saúde (em que a atividade física e/ou o comportamento sedentário são exposição ou desfecho do estudo). Os dados foram apresentados em frequências absolutas, relativas e taxas brutas por milhão de habitantes. Em todos os anos foi observada uma predominância de palestrantes e de resumos da região Sul do país, seguido das regiões Sudeste e Nordeste. Quanto aos palestrantes internacionais, houve participação da América do Norte (EUA, Canadá), Europa (Portugal, França, Finlândia e Dinamarca) e Colômbia. No conteúdo dos resumos há predominância de delineamentos transversais sobre as consequências da atividade física/comportamento sedentário na saúde, determinantes da prática de atividade física e estudos descritivos sobre nível/tendência de atividade física. O eixo de intervenções para aumento dos níveis de atividade física e diminuição do comportamento sedentário permanece incipiente. Conclui-se que há grande disparidade geográfica em relação aos congressistas e dificuldades em traduzir as evidências em aumento nos níveis de atividade física da população. Entretanto, tem sido observada uma melhora em relação a representação geográfica e crescente número de participantes.
Saúde coletiva e atividade física: recortes atuais de sua atuação
Conexões, 2007
Resumo O Grupo de Saúde Coletiva/Epidemiologia e Atividade Física da Unicamp apresenta recortes atuais de sua atuação no desenvolvimento de projetos técnicos a partir de três núcleos temáticos de interesse: i) caracterizações de metodologias de pesquisa e ensino empregadas em seu interior; ii) exploração de relações entre níveis de Qualidade de Vida e diferentes programas de Atividade Física e iii) aspectos do binômio corpo-movimento em ações de controle da hanseníase. Especificamente, apresentam-se como resultados expressivos os significados que podem ser explicitados pela análise conjunta de diferentes projetos conduzidos de forma integrada por mesma equipe acadêmica.
O “Novo Normal” Na Atividade Física e Saúde: Pandemias e Uberização?
Movimento (Porto Alegre)
A atividade física tem relevante lugar na agenda da Saúde Pública e foi muito acionada durante a pandemia da Covid-19. Com o objetivo de discutir o “novo normal” na atividade física e saúde, por meio de texto em caráter ensaístico, são abordadas a existência de duas pandemias – a de inatividade física e a de Covid-19 – e a perspectiva de ocorrer o processo de uberização. Ampliar a prática de atividade física é necessário, mas com cautela sobre o discurso da vida ativa, acima e apesar de tudo. Já a uberização, se confirmada, possivelmente terá repercussões negativas para o trabalhador, profissional/professor de Educação Física, e não garantirá a ampliação referida. Por fim, o “novo normal”, localizado temporalmente com elementos analíticos até junho de 2020, reforça a necessidade de redução de iniquidades com o objetivo de ampliar possibilidades de construção de modos de vida saud
VITTALLE - Revista de Ciências da Saúde
A compreensão do impacto da pandemia na atividade física e no comportamento sedentário da população é essencial para a implementação de políticas de saúde pública e de futuras intervenções. Relatamos o planejamento e realização de um congresso científico virtual e gratuito, que objetivou fomentar a discussão sobre a atividade física e saúde pública em tempos de pandemia, abordando desafios e perspectivas futuras. O Grupo de Pesquisa em Atividade Física e Saúde Pública, GPASP-FURG utilizou a plataforma de inscrições, submissão de trabalhos e emissão de certificados Even3®. Para divulgação utilizou-se sistematicamente o Instagram®, Facebook® e WhatsApp® e para as instituições acadêmicas e-mails formais. Para a transmissão utilizou-se o StreamYard® com compartilhamento e armazenamento no YouTube® por meio do canal do GPASP. O congresso foi realizado entre setembro e outubro de 2021, em 06 sextas-feiras no período noturno. Contou com a participação de 21 pesquisadores-palestrantes de un...
Movimento (Porto Alegre), 2021
O objetivo deste artigo é explicitar as contradições da defesa dos serviços oferecidos pelas academias de ginástica como essenciais à saúde em momentos de intensificação de casos da Covid-19. Analisou-se o modo como a concepção hegemônica que relaciona exercício físico e saúde é utilizada para justificar a reabertura destes estabelecimentos em momento de ascensão de casos e óbitos. Buscamos evidenciar como esse discurso assume um caráter ideológico. Apesar de ser uma necessidade, o exercício físico, produzido como mercadoria, apresenta seu valor de uso subsumido ao valor de troca, ou seja, é produzido prioritariamente para responder à necessidade de acumulação de capital. Reiteramos nossa concordância com a importância do exercício físico à saúde, mas problematizamos que deve ser considerado como uma necessidade historicamente produzida, portanto, articulada à particularidade de determinado momento histórico.
Revista Baiana de Saúde Pública, 2017
Em 2005 iniciou-se processo de incentivo financeiro para a implementação de ações de promoção da saúde, especialmente a promoção da atividade física. O objetivo deste estudo é analisar a implementação da Política Nacional de Promoção da Saúde nos municípios do estado da Bahia. Trata-se de uma pesquisa exploratória, de ordem teórico-empírica. Realizaram-se pesquisas bibliográfica, eletrônica, documental e de campo. Dentre os resultados, destaca-se que as atividades mais frequentes são as caminhadas e ações de educação em saúde; as campanhas de divulgação são pouco utilizadas; o público-alvo geralmente é formado pelos grupos de risco. As dificuldades para implantação e manutenção das ações incluem a falta de espaço físico adequado, carência e pouca qualificação dos profissionais, baixa qualidade do gerenciamento dos recursos financeiros, falta de apoio do gestor e fragilidade na adesão do público. Concluiu-se que, para o sucesso da política, são necessários articulação intersetorial, ...
Atividade física na perspectiva da Nova Promoção da Saúde: contradições de um programa institucional
Ciência & Saúde Coletiva, 2011
Neste artigo, discute-se como a ambiguidade da Promoção da Saúde se manifesta em um programa institucional de promoção da atividade física. Em um primeiro momento, são apresentadas diferentes abordagens de Promoção da Saúde como expressão dessa ambiguidade. Em seguida, após breve discussão sobre a manifestação dessa ambiguidade no cotidiano midiático, analisa-se o programa Agita São Paulo, apontado pela Organização Mundial da Saúde como exemplo de iniciativa de Promoção da Saúde. Conclui-se que, apesar de manter-se à sombra da Nova Promoção da Saúde, o Agita São Paulo funda-se na abordagem comportamentalista/conservadora de Promoção da Saúde, uma vez que demoniza o sedentarismo, culpabiliza seus adeptos e apoia suas estratégias em mudanças comportamentais individuais como meio de redução do risco epidemiológico, independentemente dos condicionantes sociais, econômicos e culturais.