O silêncio e a sintaxe fílmica (original) (raw)
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Contraciv, 2023
Este ensaio procura refletir sobre a crítica à linguagem simbólica a partir de uma filosofia do silêncio.
RUA
Neste teatro textual, refletimos sobre o silêncio em três atos: 1. consideramos a significância do silêncio, a partir de Orlandi e em cotejo com outros autores; 2. analisamos o editorial do Lampião da esquina, com o objetivo de compreender como o si dos sujeitos homossexuais é falado em relação ao gueto e como esse dizer constitui resistência à censura moral imposta pela língua-de-espuma da ditadura militar; 3. evocamos asignificância do vestígio (trace) em Ricoeur e da ausculta em Heidegger, para especular sobre a escuta analítica em relação à temporalidade do silêncio. Para nós, o silêncio pode ser interpretado como a terceira margem do Rio Lethe (Ideologia), em relação à base material da língua (primeira margem), em que se dão os processos discursivos (segunda margem).
Sapere Aude, 2019
O presente artigo é uma reflexão sobre o diálogo Filebo, de Platão. Nossa temática, a propósito dessa obra, é a função do silêncio de Filebo. Para esta análise, percorremos dois filósofos: o francês Michel Onfray, na Contra-história da filosofia, e o alemão Hans-Georg Gadamer em A ideia do bem entre Platão e Aristóteles. Em cada um desses filósofos, vamos ter uma compreensão diferente do diálogo de Platão e, portanto, da questão do silêncio do personagem principal. Nessa ponderação, Michel Onfray apresenta toda sua aliança com o pensamento de Friedrich Nietzsche. Hans-Georg Gadamer, por sua vez, apresenta sua afinidade teórica com o pensamento de Martin Heidegger. Dessa forma, o silêncio pode ser compreendido tanto como uma positivação de um hedonismo (a visão de Onfray-Nietzsche) quanto um rechaço à positivação do saber hermenêutico (Gadamer-Heidegger). Por último, nós abordamos uma terceira possibilidade interpretativa que é a da impossibilidade de se viver ao modo filosófico.
As formas do silêncio como acontecimento discursivo
MANIFESTO SILÊNCIO: uma leitura da obra de Eni P.Orlandi, 2023
O artigo acompanha o desenvolvimento da reflexão de Eni Orlandi em textos que antecederam à publicação do livro As formas do silêncio, buscando acompanhar como uma formulação ainda não teorizada vai tomando corpo, pois demanda tempo para reflexão e amadurecimento. Paralelamente a essa observação, o artigo traz um batimento entre as noções de Eni Orlandi e a produção de Freda Indursky.
La Tadeo DeArte, 2021
Este artigo se propõe a refletir especificamente sobre o branco e a virada da página nas diferentes edições de FLICTS, de Ziraldo. Publicado originalmente em 1969, o livro foi o primeiro livro-álbum (picture book ou livro ilustrado) brasileiro, linguagem em que palavras, imagens e projeto gráfico constroem sentido. O livro sofreu grandes alterações em suas diferentes edições, as quais interferem significativamente em sua narrativa. Neste artigo, as versões são comparadas e analisadas com a intenção de evidenciar a importância do branco e da virada da página, ou seja, do espaço vazio e da composição/decupagem na construção de significado.