Capacidade do sistema de saúde nos municípios do Rio de Janeiro: infraestrutura para enfrentar a COVID-19 (original) (raw)
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Capacidade de governo em Secretarias Municipais de Saúde
Saúde em Debate, 2019
RESUMO A partir da descentralização da gestão Sistema Único de Saúde (SUS), surge a necessidade de se discutir a capacidade de governo, ou de gestão, no âmbito municipal, para a implementação dessa política. Este estudo objetiva analisar a capacidade de governo de Secretarias Municipais de Saúde em municípios baianos, tendo por base a experiência dos gestores. Foi aplicado questionário on-line, subdividido em 03 dimensões, a 15 gestores representantes de Secretarias de municípios de pequeno (porte I) e grande porte (porte II), nas 09 macrorregiões de saúde do estado. Foi utilizada uma matriz de pontuação, que permitiu a quantificação e a classificação dos municípios em cada uma das dimensões e quanto à sua capacidade de governo. Obteve-se que 12 dos municípios apresentaram capacidade moderada, e 03 apresentaram baixa capacidade de governo. A dimensão relacionada ao desenho organizativo das Secretarias foi aquela em que os municípios apresentaram melhor desempenho, seguida por sistem...
Nota Técnica. Adaptação da capacidade hospitalar em resposta à pandemia por COVID-19
2020
A presente Nota Tecnica tem como objetivo discutir a adaptacao da capacidade hospitalar em resposta a pandemia de COVID-19. Essa discussao tem como base os principios de Logistica Humanitaria, analisando as caracteristicas de stakeholders, processos e recursos na resposta. Como resultado, sao apresentadas recomendacoes para os fornecedores, Secretarias de Saude e para os gerentes hospitalares para estruturar a resposta a pandemia de COVID-19. A construcao de tais analises e resultados considera principalmente as boas praticas de respostas a pandemias em literatura cientifica (e.g., Einav et al., 2014; Geiling et al., 2014; Hick et al., 2014; Wang et al., 2020) juntamente com o plano de contingencia do Ministerio da Saude (2020b), o plano de resposta a emergencia da Secretaria Estadual de Saude do Rio de Janeiro (2020) e o plano de contingenciamento da Secretaria Estadual de Sao Paulo (2020).
Análise da eficiência na utilização de recursos da saúde nos maiores municípios brasileiros
Research, Society and Development, 2021
Este estudo analisa em que medida, os recursos destinados à saúde pública nos 80 maiores municípios brasileiros são utilizados de modo eficiente. Trata-se de uma pesquisa que se baseia na busca pela eficiência governamental, advinda com o gerencialismo aplicado ao setor público. Nesse sentido, supõe-se que as instituições públicas precisam gerir seus recursos com economia, mantendo ou ampliando a qualidade dos serviços prestados. A investigação se concentra em 76 cidades com dados entre 2013 a 2017 e mensurou a eficiência por meio da Análise Envoltória de Dados (DEA). Foram considerados os gastos de saúde (inputs) e outras 6 variáveis de saída (outputs), sendo elas: autorização de internação hospitalar, óbitos, dias de permanência, valor médio das internações, valor dos serviços hospitalares e dias de internações. A modelagem DEA foi desenvolvida com a orientação a insumo pelo modelo BCC (retornos variáveis de escala). Os resultados do estudo demonstram que os municípios mais eficie...
Research, Society and Development
Introdução: a preocupação quanto à capacidade de atendimento em saúde, principalmente hospitalar, aumenta com o recrudescimento da epidemia do Covid-19. Objetivo: analisar dados do SIVEP-Gripe de 18 municípios da região metropolitana do Rio de Janeiro, de pacientes internados por SRAG em hospitais públicos e privados. Métodos: é um estudo epidemiológico ecológico e de coorte histórica com o município e o paciente como unidades de análise, no período de março a novembro de 2020. Foram estimadas as razões de chances para sinais e sintomas, fatores de risco, se hospital público ou privado, internação em UTI e óbitos. Empregou-se o teste do qui-quadrado de Pearson (p<0,05). Resultados: somente Niterói internou >90% dos seus residentes. Pelo menos 25% dos hospitais, públicos e privados, internaram somente um paciente levando à dificuldade de aprendizado. Os hospitais públicos apresentaram maior chance de terem internado pacientes mais velhos, de cor de pele preta ou parda, com disp...
2020
In view of the current dispersion of COVID-19, the objective of this article is to spatially assess the increase in the number of cases in the 4th Regional Health Coordination (4th CRS) of the state of Rio Grande do Sul (RS), seeking relations with the Deprivation Index (IPS), mobility and resident population, as well as assessing the hospital infrastructure of these municipalities. The data were obtained: at the Health Department of the State of Rio Grande do Sul; IBGE; and DATASUS. The Social Deprivation Index was defined using data from the Human Development Atlas and data from the municipal hospital infrastructure obtained from the municipalities through the UFSM COVID-19 observatory. A pattern of COVID-19 internalization is observed, until June 6, 2020, there were 11 municipalities with new cases. As for the IPS in the 23rd epidemiological week of the 14 municipalities with confirmed cases, 6 had an IPS above 0.416, confirming the dispersion of COVID-19 for municipalities with ...
Revista Húmus
Este estudo investiga as correlações entre saúde e mobilidade urbana no contexto pandêmico, em especial. Diante da Nota Técnica realizada pelo IPEA no ano de 2020, quais as dificuldades que a população brasileira obteve no acesso ao Sistema Único de Saúde durante a pandemia da Covid-19? Emprega-se uma metodologia de abordagem dedutiva, método de procedimento monográfico e técnica de pesquisa por documentação indireta. O texto divide-se em três momentos: os desafios da mobilidade urbana; o capitalismo financeiro e seus impactos na aplicação das políticas públicas; exame da Nota Técnica realizada pelo IPEA quanto às dificuldades de acesso aos locais de atendimentos durante a pandemia da Covid-19. Concluiu-se que a estruturação das cidades gera impactos diretos na vida da população, afetando desde questões de locomoção até a saúde, portanto, o planejamento das cidades deverá ser realizado em conformidade com os parâmetros da Constituição Federal.
Ciência & Saúde Coletiva
Resumo Uma das preocupações ligadas à pandemia da COVID-19 se refere à capacidade da estrutura do sistema de saúde suportar a demanda por atendimento e tratamento de pessoas acometidas por esta doença. Diante disso, o objetivo deste estudo consiste em criar e mapear o Índice de Infraestrutura de Saúde (IIS) das Unidades da Federação (UFs) brasileiras, bem como verificar a sua distribuição espacial. Para isso, foi aplicada a metodologia de Análise Fatorial por Componentes Principais. Aplicou-se os testes de Bartlett e Kaiser-Meyer-Olkin para verificação da sua adequabilidade. Em seguida procedeu-se a Análise Exploratória de Dados Espaciais. Os dados foram coletados no DATASUS, COFEN, Ministério da Saúde, Portal de Compras do Governo e Portal da Transparência. Quanto aos resultados, o índice revelou que nove estados do Norte e Nordeste registraram os menores índices e cinco estados do Sudeste e Sul apresentaram os maiores índices. Foi registrado um cluster baixo-baixo nos estados do A...
Gastos e Infraestrutura Básica De Saúde Em Municípios Do Centro-Oeste Do Brasil
Revista Eletronica Gestão & Saúde, 2019
Trata-se de estudo exploratório, que trata de tipologia de infraestrutura e gastos na atenção básica (AB) nos municípios da região Centro-Oeste do Brasil. Para obtenção dos resultados foi realizada análise de correspondência e regressão linear múltipla entre tipologia e gastos com saúde. Para a tipologia utilizou-se dados do Programa Nacional para Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB). Os resultados evidenciam que municípios que alocam mais recursos per capita possuem de maneira geral melhor infraestrutura. Os gastos totais evidenciam relação positiva, que pode ser explicada pelo ganho de escala na AB, devido à predominância dos gastos em saúde nos municípios neste tipo de atenção. Porém, foi evidenciada influência negativa da despesa federal com AB na tipologia, reforçando a hipótese de que quanto maior o grau de dependência de recursos transferidos por outras esferas para financiamento das políticas municipais, menor a eficiência econômica na provisão de servi...
Nota Técnica Ipea N. 14, 2020
Esta nota técnica tem como objetivos: (1) estimar quantas são e onde moram as pessoas mais vulneráveis com maior dificuldade de acessar equipamentos de saúde; e (2) apontar quais são os estabelecimentos de saúde que poderão ter maior estrangulamento de demanda, considerando-se sua capacidade de oferta de leitos de unidades de tratamento intensivo (UTIs). Na primeira parte desta nota, foram estimadas, para as vinte maiores cidades do Brasil, quantas são e onde moram as pessoas mais vulneráveis (baixa renda e acima de 50 anos de idade) que: a) não conseguiriam acessar a pé, em menos de trinta minutos pelo menos, um estabelecimento que atende pelo SUS e que poderia fazer triagem e encaminhamento de pacientes suspeitos de Covid-19; e b) que moram a uma distância maior do que 5 km de um hospital com capacidade de internar pacientes em estado grave de insuficiência respiratória. Na segunda parte, este estudo traz ainda algumas estimativas do número de leitos de UTI adulto e respiradores por habitante na zona de captação de cada hospital.
Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, 2023
RESUMO: Em muitos municípios há problemas com o atendimento adequado em postos de saúde para Pessoas com Deficiência (PcD). Esse artigo possui por objetivo apresentar um estudo quanto a acessibilidade da infraestrutura dos serviços de Atenção Primária à Saúde de um município do sudoeste mineiro para PcD. Foi utilizado o método de pesquisa-ação, que consiste em três etapas: diagnóstico, intervenção e apreensão. A pesquisa foi realizada em 12 Unidades de Saúde da Família (USF) do município estudado. O levantamento de dados foi efetuado utilizando-se do "Roteiro Básico para Avaliação da Acessibilidade nas Edificações do Ministério Público de Minas Gerais". O resultado obtido foi, dentre as inadequações encontradas, algumas com maior destaque, que foram a falta de vagas de estacionamento destinada a PcD e a inexistência de sinalização tátil, em todas as USF pesquisadas. Em relação aos corredores para circulação interna, foi encontrado um total de 91,66% das unidades com dimensões inferiores a 1,50 metros, além da falta de banheiros acessíveis para 75% das unidades. A falta de bebedouros adequados ocorreu em 83,33% das unidades estudadas e a presença de degraus na entrada ou dentro das unidades ocorreu em 16,67% das unidades. Desta forma pode-se obter a conclusão de que não há nenhum USF totalmente adequada ao atendimento de PcD.