Festejar e contemplar: o religioso e o trágico no mito grego (original) (raw)
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O texto compõe o livro "Um presente para os deuses: o sacrifício no Mundo Antigo". Baseados em ampla documentação literária e imagética os autores do capítulo 7 apresentam os sacrifícios entre os gregos antigos como apelo à comunhão entre o divino e o humano.
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A atual busca pela compreensão do sentido da vida surgiu nos primórdios das primeiras civilidades, quando o fato de existir significava ainda apenas um fenômeno inexplicável. Os gregos entenderam que o tal fenômeno tinha uma temporalidade limitada, ou seja, se encerrava. A partir dessa perspectiva, surgem os primeiros indícios de características religiosas naquela civilidade, quando acreditavam que após o encerramento da vida física existia uma pós-vida espiritual. Nesse sentido, Fustel de Coulanges afirma que a alma não passava sua segunda existência em um mundo diferente daquele em que vivemos, a alma dos homens continuava vivendo, porém, sobre a terra. (COULANGES, 2006, p. 18).
Morte e Vida Na Cultura Trígica Dos Gregos
Revista Filosofia Capital Issn 1982 6613, 2010
MORTE E VIDA NA CULTURA TRÁGICA DOS GREGOS DEATH AND LIFE IN THE CULTURE OF THE GREEK TRAGIC BITTENCOURT, Renato Nunes 1 RESUMO O artigo versa sobre de que modo a weltschauung grega da denominada era "trágica" compreendia a existência como uma surpreendente confluência entre a vida e a morte, e de que maneira tal percepção servia como uma glorificação incondicional da existência. Morte e vida são instâncias indissociáveis, e ao compreenderem intrinsecamente essa dinâmica existencial, os antigos gregos, conforme as interpretações dos pesquisadores alcançaram uma jubilosa compreensão do valor da vida e da própria morte, evitando-se assim a imersão da antiga cultura grega numa espécie de pessimismo prático, decorrente da falta de sentido para a existência.
Sociedade e Mito Na Tragédia Grega
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Rituais fúnebres dedicados aos heróis: concepções acerca da religiosidade grega no período homérico
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