O laço social contemporâneo a partir da experiência adolescente (original) (raw)
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Adolescência e laço social: uma busca no tempo
Revista Espaco Academico, 2012
Resumo: Este artigo problematiza as questões da adolescência contemporânea, desde a perspectiva da psicanálise e do conceito de experiência e transmissão em Walter Benjamin. Através da análise do filme "Uma vida iluminada", os autores demonstram o quanto o tema do tempo é um operador potente para problematizar a constituição do sujeito adolescente no laço social atual.
Debates Sobre a Adolescência Contemporânea e O Laço Social
Estilos da Clinica, 2015
Debates sobre a adolescência contemporânea e o laço social, apresenta debates, questionamentos e reflexões acerca dos modos de viver a adolescência contemporânea e discussões sobre o laço social em nossa época. A pergunta que norteia o livro aparece na apresentação: "Como o adolescente contemporâneo vive essa passagem frente às configurações do laço social atual? Se a grande questão de todo sujeito humano, e mais ainda, do sujeito adolescente, é encontrar modos de se representar no discurso social, nos perguntamos, como o jovem de hoje faz para se representar?" (p. 8). O livro compila dez artigos de diferentes autores implicados no trabalho com adolescentes na clínica e em outros espaços, tais como instituições e projetos sociais, em que, ainda assim, se faz clínica. Publicar um livro em formato de compilação não é tarefa fácil, já que não basta juntar textos acerca de uma mesma temática para que essa fórmula funcione. Uma compilação, para que funcione como
Há lugar para sublimação no laço social contemporâneo?
Buscamos investigar o conceito de sublimação tal como Lacan o aborda em seu sétimo seminário, tendo em vista os laços sociais possíveis na contemporaneidade: como pensar a sublimação sem confundi-la com o sintoma? Na primeira parte, investigamos o objeto em jogo na sublimação, das Ding, evocada por Lacan quando define a sublimação como a elevação do objeto ao estatuto da Coisa. Na segunda parte, buscamos diferenciar sintoma e sublimação, utilizando-nos da diferença entre o chiste e o lapso: provocar a fissura no campo do código lingüístico, prescindindo do recalque, é uma função do chiste e igualmente da sublimação. Na terceira parte, abordamos os laços sociais contemporâneos que ratificam e dão valor ao objeto sublimado. Esse valor social é insuficiente para afirmar seu estatuto de objeto sublimado, sendo necessária a reflexão sobre a via de satisfação envolvida em sua produção e o gozo evocado no laço social em cada caso.
O laco social na contemporaneidade
O laço social na contemporaneida* Nos dias atuais verifica-se uma mudança no modo como se estabelece o laço social. A falência da autoridade simbólica vem sendo considerada uma das mais importantes causas dessa mudança. À luz da concepção psicanalítica sobre a origem da sociedade, tal como apresentada em "Totem e tabu", o presente artigo problematiza a questão do laço social e sugere, a partir do texto "Moisés e o monoteísmo", um caminho para se pensar os motivos da falência da autoridade simbólica na contemporaneidade Palavras-chave: Psicanálise, laço social, contemporaneidade * Trabalho apresentado no GT -Psicanálise e Contemporaneidade: convergências e divergências -, no IX Simpósio de Pesquisa e Intercâmbio Científico da ANPEPP, Águas de Lindóia, 2002. ARTIGOS ano VII, n. 3, set/2004
A palavra e o laço social entre adolescentes na escola
Interaccoes, 2014
O presente artigo é fruto de uma pesquisa sobre a adolescência e a educação no contexto social contemporâneo, que vem sendo realizada na Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro. Partimos da constatação que as condições sociais que sustentam o laço educativo têm sofrido grandes transformações nas últimas décadas, trazendo questões tanto para os que ocupam o lugar de educadores quanto para crianças e adolescentes. Através de pesquisa de campo inspirada no método da pesquisa-intervenção, realizamos grupos de conversação com alunos e professores visando observar a relação dos adolescentes com a escola e seus representantes. Sustentando-nos na perspectiva psicanalítica e entendendo que a educação e a subjetivação humanas se dão numa dimensão de linguagem, a partir dessa inserção no campo, somos confrontados com questões a respeito dos limites e alcances da palavra na educação hoje. Neste trabalho discutimos o estatuto da palavra no âmbito educacional, supondo que os efeitos da mutação do regime simbólico no laço educativo têm incidência particular sobre os adolescentes e se apresenta sob a forma de problemas de escolarização e diversas manifestações da violência nas escolas.
A experiência da segunda tela na perspectiva do laço social
Este artigo tem como tema a experiência da segunda tela, ou seja, o hábito da audiência de assistir televisão conectada à internet numa navegação orientada pelo conteúdo da TV. O objetivo geral é analisar se a prática da segunda tela reforça o valor do laço social entre os telespectadores. Na fundamentação teórica deste trabalho, foram utilizados, entre outros, os conceitos de Wolton (1996), Fechine (2008), Cannito (2010) e Proulx e Shepatin (2012). Conclui-se que a segunda tela oferece uma experiência mais complexa à audiência, intensifica o laço social – que deixa de ser invisível e silencioso – e reforça o valor da grade de programação.
O engodo como uma fantasia do laço social contemporâneo
2019
O engodo como uma fantasia do laço social contemporâneo El "engodo" como una fantasía del lazo social contemporáneo The "engodo" as a fantasy of the contemporary social bond Brendali Dias e Nadir Lara Junior Fórum do Campo Lacaniano, Unicentro (Brasil) Resumo. O objetivo deste artigo é apresentar o engodo como uma fantasia do laço social contemporâneo, buscando situar as formas em que o engodo opera na realidade social e política, evidenciando as consequências dessa operação no funcionamento psíquico do sujeito contemporâneo. Para tanto, vamos nos valer de uma interlocução entre a psicanálise e o marxismo tomando os conceitos de fantasia, mais-de-gozar e mais-valia. Trata-se ainda de uma crítica ao sistema capitalista em que o engodo é imposto pelas classes dominantes, que são os donos dos meios de produção capitalista, mas apontando que, em última instância, há um engodo ao qual todo ser falante está fadado, seja ele miserável, trabalhador ou capitalista. Palavras chave: psicanálise, marxismo, fantasia, mais-valia, mais-de-gozar. Resumen. El objetivo de este artículo es presentar el "engodo" como una fantasía del lazo social contemporáneo. Para ello, vamos a situar las formas en que el "engodo" opera en la realidad social y política, evidenciando las consecuencias de esa operación en el funcionamiento psíquico del sujeto contemporáneo. Para ello, vamos a valernos de una interlocución entre el psicoanálisis y el marxismo tomando los conceptos de fantasía, más-de-gozar y plusvalía. Se trata también de una crítica al sistema capitalista en que el "engodo" es impuesto por las clases dominantes, que son los dueños de los medios de producción capitalista, pero apuntando que, en última instancia, hay un engodo al cual todo ser hablante está fadado, sea él miserable, trabajador o capitalista. Palavras clave: psicoanálisis, marxismo, fantasía, plusvalía, más-de gozar. Abstract. The aim of this article is to present the "engodo" as a fantasy of the contemporary social bond. To do so, we will situate
O sujeito adolescente e a ameaça de exclusão na contemporaneidade
Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 2012
Este trabalho aborda a função que o ideário da inclusão/exclusão conquistou entre adolescentes na cena contemporânea, no percurso de desprendimento que realizam das referências familiares até a participação em redes relacionais e institucionais mais amplas. A partir da escuta clínica, percebe-se que a fantasia de estar dentro ou fora de cada contexto específico tornou-se a referência preponderante no imaginário destes sujeitos, então subjugados a uma lógica dicotômica e tirânica que tende a restringir a plasticidade de seus recursos simbólicos.