Propostas normativas sobre amizade, amor et outros valores Não espere um sorriso para ser gentil (original) (raw)

Etica moral e amizade direitos humanos

2019

A caracterização do momento presente como “tempo líquido” mostra a amplitude das comunicações humanas e, ao mesmo tempo, a fragilidade e o esvaziamento das relações humanas. Valores como a Ética, Moral, Amizade e Fraternidade são considerados descartáveis, já que nada, hoje, foi feito para durar, ou, numa expressão, não se deseja hipotecar o futuro. Por esse motivo, o objetivo geral deste estudo é analisar se Ética, Moral, Amizade e Fraternidade são, ainda, vetores indispensáveis para a constituição das relações humanas nesse tempo líquido. O método de investigação escolhido é o Dedutivo. Percebe-se, como parte das conclusões, que a práxis das relações humanas não pode se desenvolver sob as premissas axiológicas vazias de um tempo líquido, mas necessitam, ainda, dessa proximidade entre as pessoas a fim de tornar eficaz o discurso dos Direitos Humanos.

A proposta do eu - tu dasein-hermenêutico e as regras de ouro e cobre da moral

Revista Ágora Filosófica

A tentativa deste artigo é uma aproximação dos princípios das regras de ouro: “Faça os outros como você gostaria que eles fizessem a você” e cobre da moral: “Faça aos outros (não faça) como os outros gostariam (não gostaria) que fizessem a eles”, com a filosofia de Martin Heidegger nos constitutivos do Dasein – compreensão [Verstehen] estado-de-ânimo [Befindlichkeit] e discurso [Rede] no cuidado [Sorge], ocupação [Besorgen] e solicitude [Fürsorge]. Para isso, surge com base no Eu e Outro Hermeneuticus rohdeniano o Eu-Dasein-Hermenêutico, o Tu-Dasein-Hermenêutico e o Isto-Intramundano. A diferença entre a proposta de Rohden e do autor do artigo é que este propõe duas possibilidades para o Eu-Dasein-Hermenêutico e Tu-Dasein-Hermenêutico: um modo-de-ser mais próprio ou impróprio no cumprimento ou não das regras da moral.

Amizade e Interesse: formas de troca e compadrio

2005

O artigo trata das relacoes de compadrio como expressao de trocas sociais vividas e interpretadas, ao longo do tempo, do ponto de vistas das dadivas. Os ritos de batismo, que supoem a escolha de padrinhos (dentro e fora da comunidade), as formas explicitas ou reprimidas de interesse (a escolha de padrinhos ricos), fazem com que a instituicao do compadrio aponte novas delimitacoes entre o campo religioso e o campo economico. A pesquisa que serve de suporte ao artigo foi feita no vilarejo de Jericoacoara, no Ceara.

Praticas sociais, politicas publicas e valores humanos (Versão provisoria)

2005

A comunicacao trata da relacao entre as praticas das organizacoes sociais e a producao de valores humanos no meio rural, mais precisamente, no campo do desenvolvimento da agricultura familiar no Brasil. Coloco a questao da mobilizacao de certas praticas e de certos valores para renovar instrumentos de politicas publicas. Por valores humanos, conforme Blais, (1980)2, faco referencia aos valores fundamentais e universais, reconhecidos em todas as sociedades e civilizacoes, embora de maneira diversa: confianca, responsabilidade, justica, reputacao, amizade, etc. As transformacoes e a modernizacao da agricultura, em particular da agricultura camponesa e familiar, estao ligadas, entre outros, a processos de acao coletiva e de inovacao institucional (Abramovay e Veiga, 1999, Abramovay, 2005; Sabourin et al, 2005). Neste contexto, as organizacoes de agricultores sao mobilizadas em dois tipos de circunstancias: i) para assumir funcoes de interesse geral que eram antes da responsabilidade do...

Nós e os outros animais sociabilidades e normatividades multiespécies

2020

A presente obra se alinha aos Estudos Críticos Animais como campo epistêmico politicamente engajado com as lutas sociais voltadas à proteção dos demais animais. Este campo de pensamento e ação recusa a lógica da “teoria pela teoria” e reconhece os entrecruzamentos e multidimensionalidades das relações de opressão. Desta forma, os autores e capítulos que seguem, de forma transdisciplinar, trazem à tona questões relevantes e atuais relativas às relações que construímos cotidianamente com nossos outros animais. Cada qual em sua área de saber (e por vezes se insurgindo contra a fixadez disciplinar), se engajam nas discussões emergentes no contexto do Antropoceno. De uma forma ou de outra, conscientes ou não, os artigos que seguem são interpelados pela principiologia dos ECA, formando um compósito orgânico de narrativas contestatórias, em favor das animalidades humanas e além-das-humanas.