A experiência comunitária e a morte do sujeito (original) (raw)

A terapia comunitária entre a morte, o morrer e o processo de luto

2012

Death, according to common sense, is the only thing certain in life, however, is still difficult to get people talking, studying or researching about it, or is still considered taboo in many societies, may cause various emotional impacts. We will consider it under two aspects: the social death experienced by those who do not play an active role in society and develop feelings of anonymity and exclusion, and physical death in the face of its various concepts and determinants. We understand the grief process as a set of reactions that follow a significant loss, there is always a way of ending life or relationship and has several phases. This article presents the importance to bring this discussion, because we have as we approach life without regard to death, dying and bereavement in the process of life cycle. In our experience, whether as community therapists, trainers and researchers, we could perceive that this is a recurring theme in the wheels of Community Therapy and our concerns...

A experiência da morte na relação educativa

2019

A experiência da morte na relação educativa Introdução E possível que o título deste artigo possa chocar o leitor. Na realidade, o acto educativo parece ter mais relação com a vida do que com a morte. Não é a vida, nas suas várias dimensões-intelectual, afectiva e espiritual-, que se procura desenvolver no educando? E não é ainda a vida que, em última análise, reverte a favor do próprio educador? "Há mais alegria no dar do que no receber". Sendo verdadeiras estas considerações e reconhecendo que, por vezes, se descreve em tons poéticos a figura do educador, não é menos verdade que o acto educativo está atravessado por dificuldades, dúvidas e receios, que configuram uma situação de morte. E da assunção destas "mortes", por parte do educador, que pode resultar muito da eficácia do acto educativo. Mas será possível falar da morte? E uma questão pertinente, pois ninguém tem a experiência da sua própria morte. Apenas somos confrontados com ela, quando presenciamos a morte dos outros. Será útil, por isso, distinguir a morte como fim da vida, da morte que é o fim (na vida) de uma realidade importante para nós. E esta segunda experiência nós temo-la inevitavelmente, mais cedo ou mais tarde, e de forma diversificada. E o envelhecimento físico com todas as suas consequências: diminuição das capacidades, fim de uma profissão, perda de influência social, etc. Também ao nível da nossa própria liberdade, temos esta experiência: as escolhas decisivas que fazemos e dão um rosto ao nosso futuro, têm sempre, como reverso, outras tantas exclusões, que significam o fim de situações até XXV (1995) DIDASKALIA 531-451

A EXPERIÊNCIA SUICIDA EM UMA PERSPECTIVA HUMANISTA-FENOMENOLÓGICA

This research has, as main objective, to understand the experience of suicide from a humanistic-phenomenological reference that proposes a conceptual review of Carl Rogers’ humanistic psychology since Maurice Merleau-Ponty’s phenomenology of ambiguity. Based on the understanding that lived experience can only be properly understood in mutual constitution with the world, such phenomenological perspective overcomes the dichotomy internal versus external, so present in studies on subjectivity. Thus, suicide experience may be recognized as a mundane experience, since it is not possible to understand it without its imbrication with the world. The research cooperators were male psychiatric patients who were able to describe their suicide attempts through semi-structured interviews. Identifying how each cooperator understands his suicidal experience, it was possible to describe them without the theoretical moorings of the studies on such theme. It is possible to perceive that suicidal experience is characterized as an experience of existential annihilation, and to recognize that cultural and socio-economic conditions around suicide must be systematically considered and deepened for that human phenomenon can be better understood as a mundane phenomenon. Keywords: Suicide; Phenomenology; Humanistic psychology; Carl rogers; Merleau-Ponty.

A Experiência Suicida numa Perspectiva Humanista-Fenomenológica

Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo compreender a experiência suicida a partir de um referencial humanista-fenomenológico que propõe uma revisão conceitual da psicologia humanista de Carl Rogers a partir da fenomenologia da ambiguidade de Maurice Merleau-Ponty. Partindo da compreensão de que a experiência vivida apenas pode ser adequadamente compreendida em mútua constituição com o mundo, tal perspectiva fenomenológica supera a dicotomia de interno versus externo, tão presente nos estudos sobre a subjetividade. Desta forma, a experiência suicida pode ser reconhecida como uma experiência mundana, uma vez que não é possível compreendê-la sem sua condição de imbricação com o mundo. Foram entrevistados seis pacientes psiquiátricos do sexo masculino que puderam descrever suas tentativas de suicídio por meio de entrevistas semiestruturadas. Identificando como cada colaborador compreendia suas experiências suicidas, foi possível descrevê-las sem as amarras teóricas dos estudos sobre tal tema. Pode-se perceber que a experiência suicida se caracteriza como uma vivência de aniquilamento existencial, e reconhecer, também, que as condições culturais e socioeconômicas em torno do suicídio devem ser sistematicamente consideradas e aprofundadas para que tal fenômeno humano possa ser melhor compreendido como um fenômeno mundano. Palavras-chave: Suicídio; Fenomenologia; Psicologia humanista; Carl rogers; Merleau-ponty.

Psi comunitária relato de intervenção

418 419 Resumo: O presente artigo relata o trabalho realizado a partir de um campo de estágio da Psicologia comunitária, desenvolvido no Programa de Saúde da Família de um Município do interior paulista. Refletimos sobre o papel da Psicologia no PSF, buscando construir ações afinadas com o campo da saúde pública. Apresentamos o processo de constituição da parceria entre Universidade e Secretaria de Saúde bem como as atividades realizadas no estágio. O trabalho dos estagiários abarcou tanto as intervenções junto aos pacientes da unidade como junto à equipe do PSF. A experiência evidenciou a importância do trabalho da saúde mental no PSF, principalmente no que diz respeito ao estabelecimento de uma lógica preventiva e de promoção à saúde. Procuramos, assim, contribuir com o desenvolvimento de ações no campo da Psicologia Social comunitária.

A Experiência Suicida numa Perspectiva Humanista-Fenomenológica (Rocha, Boris & Moreira, 2012)

mArcio ArtHoni souto dA rocHA gEorgEs dAniEl JAnJA Bloc Boris VirginiA morEirA Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo compreender a experiência suicida a partir de um referencial humanista-fenomenológico que propõe uma revisão conceitual da psicologia humanista de Carl Rogers a partir da fenomenologia da ambiguidade de Maurice Merleau-Ponty. Partindo da compreensão de que a experiência vivida apenas pode ser adequadamente compreendida em mútua constituição com o mundo, tal perspectiva fenomenológica supera a dicotomia de interno versus externo, tão presente nos estudos sobre a subjetividade. Desta forma, a experiência suicida pode ser reconhecida como uma experiência mundana, uma vez que não é possível compreendê-la sem sua condição de imbricação com o mundo. Foram entrevistados seis pacientes psiquiátricos do sexo masculino que puderam descrever suas tentativas de suicídio por meio de entrevistas semiestruturadas. Identificando como cada colaborador compreendia suas experiências suicidas, foi possível descrevê-las sem as amarras teóricas dos estudos sobre tal tema. Pode-se perceber que a experiência suicida se caracteriza como uma vivência de aniquilamento existencial, e reconhecer, também, que as condições culturais e socioeconômicas em torno do suicídio devem ser sistematicamente consideradas e aprofundadas para que tal fenômeno humano possa ser melhor compreendido como um fenômeno mundano.

Morte Social (conceito)

Enciclopédia de Antropologia - USP, 2022

A escravidão, definida pela despossessão total, alienação radical de si ou supressão da autonomia e dignidade em suas formas extremas,foi caracterizada pelo sociólogo jamaicano Orlando Patterson (1940-), professor de Sociologia da cátedra John Cowles na Universidadede Harvard, como uma forma de "parasitismo social" ou de "dominação social total". Mais precisamente, do ponto de vista da condiçãodo escravo, poderia ser caracterizada como uma forma de "morte social", derivada de um ato original de violência que reduziu umhomem ou mulher à escravidão. Este ato, fruto da guerra, mas também da trapaça e da rapina, entre outros fatores, afirma-se ainda emtermos ideais como uma alternativa histórica à morte individual. Tal ato não significaria perdão ou remissão, mas "uma permutacondicional", que cobra um preço: o da dignidade pessoal e da existência social do escravo como uma "pessoa", reconhecida fora dodomínio de seu senhor.

Os enunciados da morte na constituição sócio-histórica do sujeito em mortificação e suicida

Revista M. Estudos sobre a morte, os mortos e o morrer, 2019

Este artigo apresenta um estudo sobre a constituição sócio-histórica dos enunciados do homem e da morte no pensamento ocidental, a partir de dois referenciais teóricos: a arqueologia discursiva de Michel Foucault em As Palavras e As Coisas(1966), complementada pelos estudos da morte, referente à subjetivação mortificadora do louco em História da loucura(1961), estabelecendo-se uma ponte pela qual os saberes ocidentais - situados em Foucault no Renascimento, Classicismo e Modernidade - se relacionam epistemicamente na constituição do sujeito em mortificação. Analisa os resultados apresentados em sua interface com a temática do sujeito suicida. Verificou-se que a constituição histórico-discursiva do sujeito em mortificação, mais do que uma verdade de natureza, está remetida a jogos discursivos historicamente situados. Em um processo de produção de redes de verdades, nas quais os enunciados da vida, do homem e da morte se interconstituem em um jogo de pressuposição recíproca, difusa ...

Manejo comunitário em saúde mental e experiência da pessoa

Horizontes Antropológicos, 1998

Resumo A principal ênfase desse artigo é o papel das instâncias comunitárias no apoio às pessoas que apresentam comportamentos anormais, particularmente a importância da família para a recuperação e reintegração social da pessoa doente. As práticas e ações nas quais os familiares e outros membros da comunidade se engajam são discutidas através da idéia de manejo terapêutico comunitário , entendida como o conjunto de iniciativas de determinadas redes sociais, destinadas a enfrentar as implicações decorrentes de um problema de saúde, o que inclui cuidados diários, busca de tratamento e esforço para sua reabilitação e reintegração social.