A Dinâmica da Construção da Identidade e do Território no Quilombo Cafundó (original) (raw)

DINAMICA SOCIOESPACIAL DA RECONSTRUCAO DA IDENTIDADE TERRITORIAL NA COMUNIDADE REMANESCENTE DE QUILOMBOLA DE MATIAS EM CAMETÁ, PARÁ

TCC ELK MENDES GONÇALVES, 2018

Ao se tratar de comunidades remanescentes de escravo no Brasil, observamos que há uma mudança identitária, ao longo dos anos, que na maioria das vezes, está atrelada aos diferentes fenômenos da contemporaneidade e o da evolução dos meios técnico-científicos e informacionais. No presente trabalho procuramos investigar como ocorreu o processo dinâmico de transformação da identidade territorial na comunidade de remanescente de quilombo de Matias no distrito de Juaba, em Cametá no estado do Pará. O objetivo foi mostrar os processos que contribuem para o desencadeamento dessas transformações e a busca para identificar os agentes envolvidos. A pesquisa de cunho qualitativo foi desenvolvida na comunidade através de entrevistas com moradores, com o uso de questionários pré-elaborados na pesquisa de campo. Os resultados são constatados com a identificação dos fatores e dos mecanismos que levaram os indivíduos da comunidade a transformar seu modo de vida, sua forma de produzir, consumir e/ou de representar sua cultura. O trabalho buscou instigar aos agentes e a comunidade no geral, a conseguir, diante do Estado, o reconhecimento de sua identidade como comunidades de remanescente de quilombo e assegurar os respectivos direitos. Palavra-chave: Comunidade. Quilombola. Identidade territorial. Modo de vida

A Construção Da Identidade Na Comunidade Remanescente Quilombola Do Tucum-Ba

Poiesis Revista Do Programa De Pos Graduacao Em Educacao, 2014

RESUMO Este artigo busca compreender o processo de construção da identidade da comunidade remanescente quilombola do Tucum, localizada no município de Tanhaçu, que obteve sua certidão de reconhecimento da Fundação Palmares em 13 de dezembro de 2006. Pode-se perceber que essa concessão interferiu no modo de vida da comunidade e que a identidade, que não é fixa ou imutável expressa ainda um processo de construção permanente tendo seus sentidos negociados interna e externamente, quer pelo modo como os sujeitos se apropriam do significado de comunidade quilombola quer pela própria polissemia desse conceito em suas expressões sociais e jurídicas. Outro aspecto analisado na constituição dessa comunidade referiu-se ao papel de destaque de lideranças femininas.

Da devoção à escravidão: uma reflexão sobre dinâmicas identitárias no Quilombo do Carmo

antropologias.descentro.org

As demandas relacionadas ao Art. 68 do ADCT/CF-88 são oportunidade para refletir acerca da emergência de novas categorias de sujeitos de direitos, bem como seus efeitos socioculturais e políticos. O Carmo, formado por descendentes de escravos da Ordem Carmelitana Fluminense, auto-designados filhos de Nossa Senhora do Carmo, constitui-se lugar privilegiado para entender as consequências desse processo de transformação. Em que pese a ancestralidade escrava, não é a escravidão o aspecto mais vivo de sua identidade: a memória atualizada cotidianamente é a da devoção, ocupando a Santa posição relevante na constituição desse grupo. Para o reconhecimento, a apropriação do passado escravo passa a ser uma das fontes de emanação do direito, sendo o deslocamento referencial da devoção para a da escravidão central no processo de reconstrução de si mesmo. A tomada de consciência é acompanhada pela politização, ao tempo em que são acionadas as dimensões jurídico-política e religiosa da identidade.

Quilombo Tapuio (PI): Terra de memória e identidade

2006

População geral Tapuio Casamentos entre as sub-regiões de parentesco antropológicos-peritos nos processos de reconhecimento e demarcação desses territórios (Leite & Oliven, 2002: 10). Acompanhando os debates, vários trabalhos foram realizados sobre as comunidades quilombolas. Como exemplo os estudos de Eliane Cantarino O'Dwyer

Os Quilombos E Seus Direitos Hoje: Entre a Construção Das Identidades Ea História

Revista de História, 2003

Este artigo, ao enfocar o processo de reconhecimento de uma comunidade do sertão sergipano como remanescente de quilombo, tem como objetivo discutir como os novos conceitos de quilombo, gerados no processo de reconhecimento jurídico, reconfiguram identidades sociais, num diálogo entre a história, a lei e as práticas culturais. Para tal, o presente artigo questiona teorizações dicotomizadoras, que justapõem uma identidade racial, concebida de forma essencializada, a uma identificação étnica instrumentalizadora, pretensamente construída pela comunidade, com a finalidade de obter terra e recursos.

O CONCEITO DE TERRITÓRIO QUILOMBOLA A PARTIR DE UMA IMBRICAÇÃO DA IDENTIDADE ÉTNICO-TERRITORIAL

Este estudo faz uma abordagem territorial sobre a luta pela manutenção da identidade quilombola e correlaciona com as políticas públicas voltadas para essa população. O sentido de empoderamento étnico determina a relação com o território que inclui uma significação simbólica. Como metodologia foi adotada a pesquisa bibliográfica e documental. Conclui-se que o território quilombola reflete a forma da comunidade se autodeterminar em razão das condições de sociabilidade, que se distingue da coletividade nacional; tendo suas próprias histórias de múltiplas resistências que importam em sua territorialidade, mas a diversidade dá ensejo ao grau de investida política, sendo esta indispensável.

Quilombo urbano Chácara das Rosas: Conformação de identidades

Quilombo urbano Chácara das Rosas: Conformação de identidades, 2021

O livro conta a trajetória da construção identitária de um grupo étnico, gaúcho, herdeiros de um passado escravista, do preconceito e da pobreza. Como os fatores culturais religião, política provocaram ações e reações no grupo, com outros e em sua organização social que não para de evoluir.

Odivelidades: binarismo cultural na construção identitária em cidade local amazônica

Novos Cadernos NAEA, 2021

Este estudo tem por finalidade caracterizar o binarismo cultural como composição de identidade em cidade local da Amazônia costeira, entendendo-se o conceito como a duplicidade e tensão entre atores sociais e suas práticas, no estabelecimento da hegemonia cultural. O recorte de pesquisa foram os fazedores e ativistas culturais de São Caetano de Odivelas (PA), que registraram suas impressões sobre os símbolos, agentes e territorialidades. O tipo de estudo foi retrospectivo, com construção de historiografia local, e prospectivo, com a aplicação de questionário com perguntas diretas. Foram utilizados os conceitos de centrípeto e centrífugo, centro e beira, enculturação e difusão, hegemonia, a fim de se discriminar os grupos e caracterizar as relações. O resultado considerou que as dicotomias são aparentes, posto que o espaço de negociação é uma constante na imposição das identidades, sendo frequente o binarismo intergeracional e intergrupal.