Abertura da Consciência e Mudança de Civilização. Repensar a Natureza, a Terra e Eros a partir de Hesíodo (original) (raw)

É possível reaprender a sabedoria da Mãe, afagar a Terra, transformar a Realidade (Artigo com o qual fechou o livro Diálogo entre as Civilizações: a experiências brasileira, que organizou e editou para o Escritório da ONU no Brasil e a UNESCO em função do 11 de Setembro, 2002)

Revista Filosofia Capital-ISSN 1982-6613, 2008

O diálogo entre as civilizações só pode ser obtido se compreendemos a origem de toda a crise humana, que é o abandono da Mãe Natureza, por volta de 4000 a 3500 a. C . Naquele momento a sociedade humana teve a pacífica maneira matrifocal na qual vivia destruída por hordas bárbaras de invasores que adoravam deuses guerreiros. Eles destronaram as antigas deusas, rebaixando-as às esposas, filhas e consortes e implantaram, assim, uma nova concepção de mundo dominada pelo princípio masculino. Palavras-Chave: Diálogo – Mãe Natureza – Sociedade Humana

Antropoceno : abordagem histórica para efetiva mudança de consciência, novo pacto social e uma nova ética baseada em economia de recursos naturais

2020

Trabalho de Conclusão de Curso (especialização)—Universidade de Brasília, Instituto de Relações Internacionais, Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais, XXI Curso de Especialização em Relações Internacionais, 2020.O presente trabalho é uma pesquisa de caráter exploratório e pretende refletir historicamente sobre a criação do Estado Nação, sua transição para o Estado Contemporâneo, os principais acontecimentos históricos que originaram a formação da Ordem Internacional Contemporânea. Será abordado o pensamento histórico traçando uma linha temporal entre passado (moderno) e presente (pós-moderno), desconstruindo historicamente o surgimento dos Estados contemporâneos e consequentemente como se construiu a atual estrutura internacional. Dentro deste contexto serão abordadas as atuais discussões sobre o período que vivemos, o Antropoceno.The present work is an exploratory research and intends to reflect historically on the creation of the Nation State, its transition to the ...

(Re)Lendo o Mundo - na construção de sentidos

O presente artigo visa refletir sobre as práticas com diferentes materialidades adotadas durante a oficina “(Re)lendo o Mundo: na construção dos sentidos” que foi ministrada no Instituto de Estudos da Linguagem durante o XI Ciência e Arte nas Férias. Tendo como embasamento teórico a Análise de Discurso materialista, nos valemos dos conceitos de condições de produção, interdiscurso e materialidade significante para refletirmos com os alunos participantes sobre as formas de leitura e de construção de significado de diferentes formas de linguagem.

Homem & Natureza: entre o alvorecer antigo e o crepúsculo moderno

2020

O GFGG (Grupo de Filosofia Greco-Germânica), composto pelos doutorandos Wesley Rennyer (UFRN), Ray Renan (PUCPR) e André Correia (UFRJ), tem a honra de apresentar o segundo volume da coleção Entre o alvorecer antigo e o crepúsculo moderno, agora sob o título Homem e Natureza. A proposta da atual publicação permanece a mesma da anterior: promover a reflexão filosófica por intermédio de temas relevantes ao colóquio entre Antiguidade e Modernidade. Para a composição do livro, além dos mencionados organizadores, contamos com capítulos dos professores doutores Gilvan Fogel (UFRJ), Sérgio Wrublevski (PUA), Ivana Costa (UBA), Federico Ferraguto (PUCPR), Narbal de Marsillac (UFPB), Eduardo Campos (IFEN), Bortolo Valle (PUCPR) e do doutorando Márcio Quirino (Universität Oldenburg).

Criação de Si e Reinvenção do Mundo: Pessoa e Cosmologia nas Novas Cultur as Espir ituais no Sul do Br asil

Este artigo traz uma discussão sobre cosmologia e concepções de pessoa nas culturas terapêuticas e espirituais alternativas no Brasil, tendo como base um estudo etnográfico realizado em Porto Alegre com pacientes, terapeutas e sujeitos que transitam no universo das novas culturas terapêuticas e espirituais, que alguns autores convencionaram denominar culturas da Nova Era. 2 O objetivo desta pesquisa foi menos o de analisar cosmologias espirituais particulares ou técnicas terapêuticas específicas do que o de compreender as experiências e os itinerários espirituais de pessoas que circulam pelas culturas alternativas e a forma como constroem sínteses cosmológicas particulares. Busca-se discutir a noção de pessoa e sua articulação com a cosmologia mais ampla, tendo como fonte e foco da análise as narrativas de experiências e de itinerários espirituais e terapêuticos. Cabe antecipar o que foi uma das conclusões deste trabalho, a de que, apesar de uma aparente fragmentação das trajetórias pessoais, de um ecletismo espiritual e religioso, é possível se depreender nessas sínteses cosmológicas particulares a existência de uma cosmologia original e coerente, contrariando algumas interpretações que vêem nesses movimentos uma dissolução da tradição e o predomínio de uma atitute pragmática sobre o sentido. Por outro lado, essa busca de sentido é dada não pelas doutrinas religiosas e espirituais, mas nas próprias experiências e trajetórias dos sujeitos.

REVOLUÇÃO NA TERRA PLANA: CINISMO E TRANSFORMAÇÃO ADIADA

Revista Intertemas, 2019

Este artigo procura investigar as interações entre o cinismo social e o estado de transformação ensaiada, no qual a aparência de mudança em geral disfarça o continuísmo das condições humanitárias e sociológicas. Para tanto, procurou-se traçar o perfil de um certo obscurantismo pós-moderno, que resgata ou cria crenças absurdas e completamente anti-factuais, modo de trazer à reflexão um fenômeno aparentemente pitoresco e marginal, mas que consegue referenciar uma forma de interação com a realidade que, ainda que pareça prescindir de qualquer plausibilidade, possui um razoável número de adeptos e notável projeção. A partir de então, se mostrou como esse cenário pode ser lido a partir do cinismo enquanto racionalidade própria do tempo atual, o que deixará claro como é ele, o cinismo, o responsável por oferecer o suporte racional a um sistema que em situações normais estaria a ponto de destruição – ou seja: é o cinismo a força que permite a perturbadora perpetuação de um estado de emergência contínuo, no qual as alterações possíveis (o horizonte de expectativas) são a todo tempo ironizadas, e as modificações estruturais e subjetivas de relevo (as revoluções) são a todo tempo adiadas.