Movimentos migratórios na metrópole de São Paulo no século XXI: um estudo quali-quantitativo (original) (raw)
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Movimentos migratórios na metrópole de São Paulo no século XXI: um estudo qualitativo
Psicologia Para America Latina, 2007
This research aims to characterize the figure(s) of the Brazilian migrants in which their arrival point was the city of São Paulo. The study is based on the strategic capacity analysis of incorporation, adaptation and satisfaction. 110 migrants were interviewed in the center area of São Paulo about: national and intra-urban fluxes; characteristics and profiles; forms and timing of permanence; support networks; motifs and expectations. The collected information was organized in semantic categories system and in a cluster system analysis. Results indicate the differentiation of the migrants in two groups related to age and dreams as to their feeling or not feeling satisfaction about living in the city. Adaptation and satisfaction degrees seem to depend on compatibility of identity models that define qualities and levels of aspiration. This compatibility would be an expression of the migrant's strategic capacity to transform accessible elements of material and non material conditions to channel their actions in order to realize their goals.
This research aims to characterize the figure(s) of the Brazilian migrants in which their arrival point was the city of São Paulo. The study is based on the strategic capacity analysis of incorporation, adaptation and satisfaction. 110 migrants were interviewed in the center area of São Paulo about: national and intra-urban fluxes; characteristics and profiles; forms and timing of permanence; support networks; motifs and expectations. The collected information was organized in semantic categories system and in a cluster system analysis. Results indicate the differentiation of the migrants in two groups related to age and dreams as to their feeling or not feeling satisfaction about living in the city. Adaptation and satisfaction degrees seem to depend on compatibility of identity models that define qualities and levels of aspiration. This compatibility would be an expression of the migrant's strategic capacity to transform accessible elements of material and non material conditions to channel their actions in order to realize their goals.
Dinâmica migratória nas regiões metropolitanas paulistas: o que revelam os dados?
Ao longo dos últimos trinta anos não foram poucas as mudanças verificadas nos grandes centros urbanos brasileiros. Desde a dinâmica econômica e populacional observada pela consolidação de um modelo concentrador – que pode ser expresso pela conformação das Regiões Metropolitanas no país – aos impactos e degradação na qualidade de vida da população, as questões a serem tratadas perfazem um amplo e complexo leque de investigação. O objetivo desta rápida explanação é apresentar um quadro analítico que aponta as transformações em curso tanto no urbano brasileiro quanto na dinâmica de deslocamento espacial da população. Tal exercício se faz necessário para apresentar os caminhos que se pretende seguir no presente artigo: traçar um panorama da migração nas regiões metropolitanas paulistas para identificar as possíveis tendências deste fenômeno ao longo do tempo. A análise será feita a partir do quesito de migração por data-fixa, presente nos três últimos levantamentos censitários. A partir deste quadro, analisamos como a migração nas RMs se insere no contexto demográfico estadual, orientados pela seguinte relação: se a dinâmica de redistribuição espacial da população na RM de Campinas aproxima-se ou se distancia dos processos verificados nas demais regiões metropolitanas paulistas (RMSP e RMBS). Quais as implicações ou especificidades deste processo, e quais fatores explicariam as diferenças?
O objetivo principal desta tese é estudar a mobilidade espacial da população da Região Metropolitana de São Paulo, ou seja, a mobilidade intrametropolitana, a partir da perspectiva dos espaços de vida, com o uso dos conceitos de mobilidade residencial e migração, abrindo uma nova perspectiva analítica sobre os movimentos populacionais no território metropolitano. A pergunta central da tese é: quais são os espaços de vida da população da Região Metropolitana de São Paulo, considerando a mobilidade espacial da população. Com o objetivo de alcançar tal proposta, no primeiro capítulo, são estudados, em profundidade, os quesitos de migração e mobilidade pendular presentes nos censos demográficos brasileiros desde 1872, avaliando suas potencialidades e suas limitações, dentro desta nova perspectiva analítica. Para reconhecer o território estudado e o poder de influência dos municípios, no segundo capítulo, a Região Metropolitana de São Paulo é desvendada em relação ao histórico dos desmembramentos municipais e as implicações nos processos de mobilidade espacial da população, bem como se processou a constituição demográfica da região ao longo do tempo. Para avançar no entendimento dos processos migratórios ao longo das últimas décadas na região, entre 1980-2010, faz-se um levantamento minucioso dos movimentos migratórios de e para a Região Metropolitana de São Paulo, mas partindo-se dos grandes movimentos nacionais e passando pelos deslocamentos populacionais interestaduais e intraestaduais, além de analisar os movimentos intrametropolitanos. No capítulo final os espaços de vida são definidos, a partir da mobilidade pendular. De posse dos espaços de vida da população, por município, verifica-se como se processa a mobilidade espacial da população, considerando os espaços definidos da mobilidade residencial ou intrametropolitana e os espaços da migração. Desta forma é possível determinar o grau de influência dos espaços de vida sobre a mobilidade residencial.
2012
RESUMO O objetivo deste artigo é analisar a mobilidade espacial da população no Brasil na segunda metade do século XX, e na primeira década do século XXI, tendo como referência as unidades da federação e as regiões. Em primeiro lugar, são analisadas as tendências dos grandes fluxos e das trocas líquidas migratórias entre os anos sessenta do século passado e a primeira década do atual. Em segundo lugar, nas conclusões, analisa-se as mudanças observadas no período mais recente, a partir de 1980, quando os quesitos censitários possibilitam os cálculos das migrações de retorno e de curto prazo. A conclusão mais importante é que o novo padrão migratório que se anuncia não significa uma transição completa, pelo contrário, nele coexistem características do antigo e do novo e essa, talvez, seja a sua marca estrutural mais relevante, pois acompanha as próprias características do desenvolvimento desigual do capitalismo brasileiro.
Os constrangimentos da mobilidade na metrópole de São Paulo
Revista Transporte y Territorio
A mobilidade cotidiana das pessoas na metrópole de São Paulo vincula-se cada vez mais pela perda de tempo no trânsito, aos imensos congestionamentos e aos transportes coletivos ineficientes e superlotados. Este artigo visa compreender os resultados mais atuais da mobilidade no cotidiano na metrópole de São Paulo, no que se refere aos deslocamentos e percepções dos usuários dos transportes motorizados (coletivos e individuais). Para tanto, este artigo baseia-se em uma metodologia multiestratégica, que visa integrar os enfoques quantitativos e qualitativos. No enfoque quantitativo, buscou-se enfocar a Pesquisa Origem-Destino do Metrô de São Paulo nos anos de 1997 a 2012 e os relatórios de Volumes e Velocidades da Cia. de Engenharia e Trafego (CET) de São Paulo dos anos de 1994 a 2012. Já para a pesquisa qualitativa, o trabalho valeu-se de uma metodologia que enfocou dois grupos em especial: de um lado, entrevistou 25 usuários dos transportes coletivos (ônibus, trem e metrô) e 25 usuários dos transportes individuais (motoristas de automóveis e motociclistas). Constata-se o aumento do tempo perdido nos deslocamentos cotidianos, relacionado com o aumento da lentidão e diminuição da velocidade média, que ajuda a revelar a mobilidade como constrangimentos na metrópole de São Paulo.
Migração na metrópole: o caso dos angolanos em São Paulo
cadernosmetropole.net
The reflection developed here portraits the migratory movement of Angolans to São Paulo, the spaces they occupy in the Metropolis, and how their integration into this global city occurs. The analysis focuses on the context and the reasons of immigration, Angolans' insertion into the Metropolis, questions related to segregation and prejudice in the spaces they occupy, and their relattionship to their native country. In addition. the study analyzes the life experiences they bring from Angola and, when inserted in the context of a diverse city as São Paulo, what life projects they construct. Finaly, it reflects upon migration and how the Angolans face the survival challenges in their daily routine in the Metropolis.
São Paulo em Perspectiva, 2005
Baseada nas tendências observadas dos movimentos migratórios em São Paulo, o texto caracteriza o perfil dos fluxos migratórios dentro do tecido metropolitano, assim como as mudanças observadas nestes perfis nas últimas décadas. Analisa também as diferenças entre os migrantes residentes na capital e os que vivem nas outras municipalidades, de acordo com especificidades de cada município. Palavras-chave: Migração. Perfil dos migrantes. Estrutura intrametropolitana.
2016
Na última década, segundo dados do Censo Demográfico 2010, houve um forte incremento no número de pessoas que, cotidianamente, se deslocam para trabalhar em município diferente do de residência. Segundo o censo, em 2010, 12,8% da população brasileira de 10 anos ou mais de idade que se encontrava ocupada trabalhava fora do município de residência. Moura, Delgado e Costa (2013) mostram que mais da metade dos municípios brasileiros registraram, em 2010, fluxos deste tipo de deslocamento, envolvendo mil ou mais pessoas em movimentos de entrada e saída nos municípios. Apesar dessa difusão pelo território, esse é um processo que está fundamentalmente associado à expansão das aglomerações urbanas no país, particularmente as de natureza metropolitana, e à possibilidade ampliada do transporte público e particular. Neste sentido, destaca o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2015, p. 15) que a expansão ocorrida no interior das aglomerações urbanas responde a duas lógicas d...