Aesopica: a fábula esópica e a tradição fabular grega (original) (raw)
Related papers
Tradição na épica grega arcaica
Letras Clássicas, 2013
This article argues that much recent Homeric scholarship seems to be moving away from an appreciation of the oral tradition behind the Iliad and Odyssey, and tries to show the difficulties in some attempts to deal with the poems without this kind of knowledge, attempts which substitute instead unrealistic stemmatological models applied to pre-Homeric Greek and / or Ancient Near Eastern Literature.
Épica Grega – Poesia, Narrativa e Representação
Cadernos de Letras da UFF
Este artigo se propõe a oferecer uma base teórica para uma leitura consciente da épica grega arcaica. Inicia-se com uma discussão sobre a definição do gênero entre antigos e contemporâneos. Depois, tenta-se fundamentar uma base para a interpretação da composição da poesia e da narrativa, incluindo também a perspectiva da crítica e teoria da própria Antiguidade. Por fim, discute-se criação e formação do sentido na recepção.
Why should I not, had I the heart to do it, Like to th' Egyptian thief at point of death, Kill what I love" Shakespeare, Twelth Night 5,1,116-117. Resumo Shakespeare valeu-se de materiais de antigas narrativas desde os períodos mais antigos de sua produção artística. Porém, próximo do fim de sua carreira, podemos detectar uma diversa atitude quanto à apropriação destes materiais e a proposição de uma teatralidade com novas dimensões 2 . Já, por seu lado, o romance antigo enfatiza sua teatralidade por meio vários recursos como vocabulário relacionado a eventos cênicos, cenas típicas (lamentos, entre outras), narrativas dramatizadas por meio de interações face a face, representação de eventos públicos e referências intertextuais à Tragédia e Comédia atenienses. Neste ensaio procuro discutir os efeitos e procedimentos da convergência entre dramaturgia narrativa e narrativa dramática através do encontro entre Winter's Tale e As Etiópicas, especialmente as cenas da animação da estátua de Hermíone e a da revelação da identidade de Caricléa a partir da pintura de Andrômeda. Ambas as cenas apresentadas para o leitor/espectador ao fim das obras (e em situações públicas) interrompem uma extensa cadeia de eventos que manipularam expectativas de acabamento e conclusão dos acontecimentos. O excesso dos sofrimentos e obstáculos pelos quais as personagens passam é ultrapassado por outro excesso: o limite interpretante de um evento artístico inesperado, inexplicável. A detalhada análise e comparação das cenas finais de The Winter's Tale e As Etiópicas possibilita-nos a clarificação desse experimental intercampo entre drama e narrativa, ponto de partida 2 V. STAGMAN 2010, MARTINDALE & BOOTH 2004, e WALKER 2002. fundamental para abordagem que levam em consideração a pluralidade estilística de obras fronteiriças e parodísticas como as de Heliodoro e Shakespeare. A dramaturgia narrativa de Heliodoro e o teatro romanesco das obras finais de Shakespeare convergem para um fértil campo de pesquisas que se constitui em desafio para estratégias de leitura baseadas em classificações estanques e unívocas: a possibilidade de uma obra valer-se de procedimentos de outras artes, de um campo interartístico promover obras multidimensionais demanda uma competência plural do intérprete, de forma a não reduzir estes jogos ficcionais a meras analogias. A percepção moderna de que o romance antigo vale-se de referências dramáticas muitas vezes ressalta tal expediente analógico. Haight, comentando, em 1943, As Etiópicas, tentava traduzir suas impressões sobre a patente teatralidade da narrativa afirmando que "the plot itself is an original combination of epic and dramatic structure. 3 " Esta elogiosa combinação depois se transformava em uma tripartide mistura de 'structure of Epic, dramatic and cinematic features 4 '. Sem demonstrar que teatralidade é essa, Haight sentencia: "certainly, structure and language of romance attest Heliodorus'deep interest in the theater. 5 " 3 Haight 1943,77. 4 Idem,idem, 84. 5 Idem,idem,91.
O Mito de Pélops e o Peloponeso Grego
Ao longo da História, os grupos sociais poderiam se associar a um conjunto de representações, ou símbolos, que por vezes são considerados como contos, lendas ou simples relatos populares. No entanto, estas narrativas podem fornecer informações sobre os costumes de determinados segmentos sociais, e explicam elementos pertencentes a um passado primordial que legitimaria um conjunto de práticas que constituem uma sociedade.
Shakespeare valeu-se de materiais de antigas narrativas desde os períodos mais antigos de sua produção artística. Porém, próximo do fim de sua carreira, podemos detectar uma diversa atitude quanto à apropriação destes materiais e a proposição de uma teatralidade com novas dimensões. Já, por seu lado, o romance antigo enfatiza sua teatralidade por meio vários recursos como vocabulário relacionado a eventos cênicos, cenas típicas (lamentos, entre outras), narrativas dramatizadas por meio de interações face a face, representação de eventos públicos e referências intertextuais à Tragédia e Comédia atenienses.
Vidas Trágicas - Ésquilo, Sófocles e Eurípides no imaginário helenístico
2019
Esta dissertação trata de três biografias antigas (Vidas) de Ésquilo, Sófocles e Eurípides que chegaram aos nossos dias por meio de manuscritos medievais contendo as obras poéticas desses autores. Primeiramente, é apresentada uma breve história do gênero biográfico na Antiguidade até o período helenístico, época em que foram compostos os modelos dessas Vidas. Em seguida, são analisados aspectos da teoria poética de Aristóteles e da comédia de Aristófanes que contribuíram para o desenvolvimento do método dos biógrafos antigos. Por fim, são apresentadas traduções dos três textos, seguidas por comentários em que são destacadas aquelas contribuições.
Héracles e o elogio a Atenas: mito e política em Eurípides
Para além do Vale do Café: ensaios em História, Patrimônio Cultural e Educação, 2022
Neste texto, buscamos analisar a representação de Héracles, na tragédia homônima de Eurípides, como a expressão da Atenas do século V a.C., além de ser uma denúncia à Esparta durante a Guerra do Peloponeso. Caso tenham o interesse no livro completo, acessem http://editora.universidadedevassouras.edu.br/index.php/PT/article/view/3284
Nuntius Antiquus
Tradução de texto: SCHLEGEL, Friedrich. Die griechische Mythologie (1803-1804). In: SCHLEGEL, Friedrich. Schriften und Fragmente. Ein Gesamtbild seines Geistes. (Hrsg. Ernst Behler). Stuttgart: Alfred Kröner Verlag, 1956, p. 14-20.
Elegia grega arcaica, ocasião de performance e tradição épica: o caso de Tirteu
Consoante aos estudos recentes sobre a lírica grega arcaica, hoje podemos aduzir a ocasião de performance como um elemento central para a definição de um gênero poético. A partir dessa concepção mais ampla de gênero, este trabalho visa à tradução e estudo dos fragmentos elegíacos de Tirteu, tendo em vista o caráter estritamente político de suas elegias narrativas e marciais e seus vínculos temáticos com a tradição épica, de modo que possamos ensejar uma reflexão outra sobre a função e estatuto dessa poesia em suas determinadas ocasiões de performance. PALAVRAS-CHAVE: Tirteu, elegia grega arcaica, tradição épica grega, ocasião de performance, simpósio.