Dossiê Capital Social e Comportamento Eleitoral (original) (raw)
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POLÍTICAS PÚBLICAS: Interpretações Com O Foco no Capital Social
2015
As políticas públicas fazem parte da agenda de muitos encontros, seminários, trabalhos acadêmicos e debates do dia a dia. O caráter multidisciplinar dessas discussões evidencia o leque de interpretações e pontos de vista. As controvérsias não se limitam ao campo da análise, mas também nas repercussões e consequências dos programas das políticas públicas. Por isso, as contribuições da sociologia, da economia e da filosofia, entre outras áreas, para, com isso, encontrar justificativas plausíveis tanto em relação à validez dessas políticas, como também na sinalização de problemas e ou vícios relacionados a elas. Além dos ciclos de políticas públicas e do seu processo dinâmico, elas perfazem uma definição de agenda, a identificação de alternativas, a avaliação e a escolha das opções, a implantação e a avaliação etc. É evidente que tais questões são pautadas por interesses dos mais variados. Em vista disso, o objetivo do presente artigo está em tratar as políticas públicas tendo em vista o potencial analítico da categoria capital social em Putnam. Não se trata simplesmente de discutir os aspectos teóricos de Putnam, mas, principalmente, de expor as iniciativas desenvolvidas na América Latina e no Brasil. No fundo, deseja-se ressaltar que a categoria capital social pode ser um indicador de índices de convivência humana. Nesse sentido, a sinergia entre Estado, instituições democráticas e comunidade tem por finalidade a qualidade de vida em comunidade. Por isso, o estabelecimento de indicadores como compromisso, cooperação, engajamento e participação social são fundamentais na constituição de políticas públicas comprometidas com a justiça distributiva.
Capital Social e Qualidade De Vida
Revista Debates
Este artigo discute a relação entre cultura política e desenvolvimento socioeconômico, fazendo um resgate histórico do desenvolvimento, estabelecendo as diferentes matrizes ocupacionais do território do Rio Grande do Sul. A hipótese central retoma as formulações clássicas afirmando que quanto maior o estoque de capital social maior o desenvolvimento socioeconômico, razão pela qual as políticas públicas devem ser estruturadas no sentido de estimulá-lo. A metodologia utiliza informações empíricas que definem confiança, reciprocidade e solidariedade como indicadores de capital social que é utilizado como variável independente do IDESE, indicador de desenvolvimento socioeconômico. Os resultados indicam a pertinência da teoria de Putnam, afirmando que existe uma relação proporcional entre o capital social e o desenvolvimento socioeconômico. Os cidadãos rurais possuem um estoque de capital social superior aos urbanos, o que lhes permite sobreviver ante a hostilidade do desenvolvimento agr...
Capital Social e Empoderamento
A identificação e diagnóstico dos problemas do Brasil, em particular, e dos países em desenvolvimento, em geral, é lugar comum na literatura das ciências sociais. Problemas como a pobreza, concentração de riqueza, degradação ambiental, corrupção, entre outros, além de serem cotidianos das sociedades, revelam que a democracia não foi suficiente para o impulsionar um processo de desenvolvimento, principalmente para os setores mais pobres. Além da relevância teórica, essas questões colocam-se enquanto demandas de insidência na realidade para os intelectuais que crêem na possibilidade de vencer os muros da academia. O objetivo é estudar a relação entre o empoderamento (empowerment), enquanto capacidade de decidir, de libertar-se, e o capital social enquanto uma capacidade de obter bens tangíveis através da confiança, reciprocidade e solidariedade da sociedade civil. A hipótese central afirma que o capital social impulsiona o desenvolvimento, cuja determinação ocorre proporcionalmente ao empoderamento.
2014
Este artigo pretende analisar alguns aspectos da educação no âmbito escolar-participação, relações interpessoais e democratização, relacionando-os a uma categoria denominada de capital social. Para tanto, a base teórica, pertinente ao assunto, será respaldada pelos estudos de
Influências do Capital no agir político
Revista DIAPHONÍA, 2019
O Capital de Karl Marx tem como principais legados a desmistificação da legitimidade pressuposta do sistema capitalista e a explicitação de sua lógica exploratória. Como a lógica do império capitalista impregnou quase todas as potencialidades humanas, dificultando a dissociação do “homem” forjado pelo sistema capitalista do ser humano, busca-se verificar quais influências e condicionamentos do modo de produção e da ideologia capitalista podem ser identificadas no agir político e nas tomadas de decisões coletivas. Com efeito, neste ensaio é explorada a analogia entre a alienação do trabalhador de si mesmo e dos demais humanos no processo de trabalho e a alienação do cidadão no processo político forjado apenas na eleição e representação. Ela tem como efeitos afastar o cidadão dos demais, das questões políticas e comunitárias, bem como impedir que se discuta essa estrutura pressuposta de legitimação simbólica corporificada no voto.
Avaliação do Impacto do Capital Social na Governança
Revista Economia Ensaios, 2010
RESUMO: O artigo tem por objetivo avaliar o impacto do estoque de capital social em arranjos produtivos locais. Para tanto, foi elaborada uma resenha analítica da evolução da literatura pertinente e sua relação com a governança de arranjos produtivos locais. Conclui-se que diversas ações focando, principalmente, as necessidades da região, podem incrementar o seu estoque de capital social, criando as condições necessárias ao desenvolvimento do arranjo produtivo local, e deste modo, atenuar a possível existência de distorções geradas por políticas públicas e falhas de mercado que acarretam resultados insignificantes para o desenvolvimento do arranjo produtivo local.