ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA NO CONTEXTO DA SUSTENTABILIDADE: A CIDADE COMO MEDIADORA DA EDUCAÇÃO DE AGENTES SOCIOAMBIENTAIS SCIENTIFIC LITERACY IN THE CONTEXT OF SUSTAINABILITY: THE CITY AS A MEDIATOR OF EDUCATION OF ENVIRONMENTAL AGENTS (original) (raw)
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RESUMO Alfabetização científica refere-se a um processo de obtenção de informações tecnocientíficas, mas também de compreensão de como a ciência funciona. Neste texto, partimos do conceito de alfabetização científica para analisar a relevância deste para o ensino de ciências e educação ambiental. No escopo deste trabalho, também trataremos das metodologias ativas, como a aprendizagem baseada na resolução de problemas e trabalhos de campo. Desta forma, os professores de ciências e educadores ambientais podem usar as perspectivas da alfabetização científica e das metodologias ativas para buscar um ensino mais crítico, contextualizado e que permita a formação de cidadãos que possam responder à crise civilizatória. ABSTRACT Scientific literacy refers to a process of obtaining information technoscientific, but also in understanding how science works. At this paper, we start on the scientific literacy concept to analyze its relevance on the science teaching and environmental education. This paper also deals with the active methodologies as learning based on problem resolutions and fieldwork. On this way, the science teachers and environmental educators can use the scientific literacy perspectives and the active methodologies to seek a more critic and contextualized teaching that allows the citizens" formation who can respond to the Civilization crisis.
Ednilson Sergio Ramalho de Souza, Adilson Oliveira do Espirito Santo, 2017
Discussões sobre Alfabetização Científica têm sido comuns em publicações da área de ensino de Ciências e algumas da Educação Matemática. No entanto, a revisão de literatura mostra que poucos trabalhos abordam esse tema em associação com a Modelagem Matemática. Nosso objetivo é discutir sobre Alfabetização Científica em ambiente de Modelagem Matemática. Para isso buscamos respostas a duas perguntas principais: Quais habilidades são necessárias aos alfabetizados cientificamente? e Como elas emergem em práticas de Modelagem Matemática? Por meio de pesquisa bibliográfica verificamos que tais habilidades surgem em complexidade crescente conforme ocorre a transição entre as etapas de Modelagem e conforme ocorre a participação efetiva dos estudantes nessas etapas. O estudo gerou um quadro de referência que pode ser consultado por professores interessados em promover Alfabetização Científica em ambiente de Modelagem Matemática.
Francinete Bandeira Carvalho, Glenda Gabriele Bezerra Beltrão, Joisiane da Silva Feio, Augusto Fachín Terán, 2018
A educação como processo de ensino-aprendizagem é adquirida ao longo da vida dos cidadãos em diferentes espaços e momentos. Nesse processo, a alfabetização científica tem total relevância, uma vez que influencia na formação de sujeitos críticos e reflexivos. Neste relato de experiência, analisamos as possibilidades de trabalhar a alfabetização científica num espaço educativo administrado por uma instituição de Pesquisa. O trabalho fundamentou-se em autores como: Rocha e Fachín-Terán (2010), Gonzaga e Fachín-Terán (2011), Cascais (2012), dentre outros. As observações e registros foram realizados durante atividades práticas de ensino de uma turma de mestrado, no Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Os ambientes utilizados neste local abrem a possibilidade para a realização de um trabalho interdisciplinar, pois os educadores têm a oportunidade de aproveitar a biodiversidade, os diferentes ecossistemas, além da infraestrutura presente no local, para a construção do conhecimento cientifico. A valorização e uso dos espaços não formais permitem ao estudante contato com o objeto de estudo para que a aquisição do conhecimento ocorra de forma natural.
VIII Colóquio Internacional Educação e Contemporaneidade
Resumo O ato de ensinar ciências vai para além da mera justaposição de conteúdos, devendo ofertar base aos discentes para entender os processos físicos, químicos e biológicos do cotidiano. Contudo, é comum encontrar um ensino de ciências pautado na ótica de verdade absoluta e imutável, que não contribui para o entendimento da ciência como um processo de construção. Afim de transpor essa visão, se faz referência a um ensino de ciências embasado na filosofia e história da ciência, ainda assim o ensino de ciências pode enfrentar problemas que prejudiquem o entendimento científico dos alunos. Dessa forma, destaca-se o conceito de educação/alfabetização científica, afim de promover a inserção dos conhecimentos científicos, sobretudo no ensino de ciências, desde a tenra idade educacional. Tais fatores tendem a possibilitar um visão de ciência pautada na premissa de construção continua.
O QUE É ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA, AFINAL?
Neste artigo apresentamos uma discussão sobre o significado de alfabetização científica e suas implicações para o ensino de ciências. Inicialmente discutimos a relação entre alfabetização e letramento e em seguida mostramos que o termo "alfabetização científica" abarca diferentes conceitos presentes na literatura através dos tempos. Ele pode apresentar uma visão mais estreita, na qual é vista como a capacidade de reconhecer fórmulas e dar definições corretas, até uma definição mais abrangente, incluindo o entendimento dos conceitos e algum grau de compreensão sobre a natureza da ciência e suas dimensões sociais e históricas. A importância dessa discussão emerge num ano em que o Brasil foi novamente submetido a uma avaliação comparativa de estudantes no que se refere à "alfabetização científica", o PISA (Programme for International Student Assessment). Essa avaliação, que teve início no ano de 2000, tem mostrado que somos um país que pouco sabe sobre ciência, pois o país logrou as últimas colocações nas avaliações de anos anteriores. A alfabetização científica vem se mostrando como um objetivo no ensino de ciências no Brasil e no mundo. Nesse sentido é importante que se discuta o que é alfabetização científica, para melhor entendermos e analisarmos as avaliações a que somos submetidos. Mais do que isso, para que possamos bem avaliar nosso trabalho, assim como planejar nossas ações didáticas. A despeito da pluralidade de acepções que encerra, verificamos que há alguns consensos entre os pesquisadores, como o conhecimento conceitual, desenvolvimento de habilidades para a comunicação em ciências e a necessidade de uma compreensão sobre a natureza da ciência.
ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA E A INTERAÇÃO COM OS OBJETOS TÉCNICOS
2006
Este artigo discute a prática discursiva de dois grupos de alunos da escola fundamental ao interagirem com o processo de construção de um objeto técnico: um aeromodelo. Limitamos a análise à identificação do tema do discurso. Apresentamos alguns resultados que mostram a predominância do discurso da ação sobre o objeto técnico.
Dissertação, 2019
Esse trabalho está fundamentado no conceito de inteligência, tendo como base a Teoria das Inteligências Múltiplas (TIM) de Howard Gardner, autor que descreve a existência de oito inteligências humanas. Articulamos a Teoria das Inteligências Múltiplas como meio de promover a Alfabetização Científica dos alunos. A pesquisa foi desenvolvida com alunos participantes da Sala de Recursos Multifuncional Altas Habilidade/Superdotação. Assim, também apresentamos a Teoria dos Três Anéis de Joseph Renzulli, que busca definir o indivíduo com Altas Habilidades/Superdotação e o Modelo de enriquecimento para toda a escola (SEM), o qual é uma proposta de atendimento para alunos com Altas Habilidades/Superdotação. Discutimos o conceito de alfabetização Científica (AC), dando maior ênfase aos eixos estruturantes e indicadores descritos por Sasseron, utilizando-os como condutores para este trabalho. Desse modo, foi avaliado o desenvolvimento de uma Sequência Didática (SD), voltada a ampliação da Alfabetização Científica com o tema “Lixo, Sociedade, impactos ambientais e produção de energia – Biogás”, em alunos que frequentam a Sala de Recursos Multifuncional Altas habilidades/Superdotação de um Colégio Estadual de um município do Oeste do Paraná, por meio do trabalho com alunos que apresentam diferentes tipos de inteligências. Durante a aplicação da sequência didática, iniciamos cada encontro com uma questão orientadora norteadora, na qual os sujeitos da pesquisa responderam demonstrando os conceitos que já possuíam a respeito do assunto. Após este momento, introduzimos o tema com o auxílio dos textos, vídeos, debates e um trabalho de investigação científica. As discussões durante os encontros foram gravadas em áudio para posterior análise. Ao final de cada encontro planejado foi retomada a questão inicial e os alunos a responderam novamente. Analisamos as argumentações dos alunos procurando indicadores que mostrassem se a AC estava acontecendo. Quanto às Inteligências Múltiplas (IM) buscamos indicar quais foram mais mobilizadas com a aplicação da sequência didática por meio do processo de observação e análise dos dados constituídos ao longo da pesquisa. Durante toda a sequência didática buscouse mobilizar as diferentes inteligências, contudo, só foi possível mobilizar a Inteligência Corporal-Cinestésica no terceiro foco de aprendizagem. Referente ao trabalho com a Alfabetização Científica e a Teoria das Inteligências Múltiplas, percebemos que com uma metodologia diversificada que instigue e incentive as diferentes inteligências houve maior interesse dos sujeitos da pesquisa e a manifestação de um número maior de indicadores de Alfabetização Científica. Quanto as aproximações entre o trabalho de investigação científica da sequência didática e o Modelo de enriquecimento para toda a escola, contemplamos várias semelhanças, como, aprendizagem investigativa, ampliação do conhecimento, saber planejar, argumentar, elaborar hipóteses e solucionar problemas.
Luana Zanelato Amaral, Cleci T. Werner da Rosa, Aline Locatelli, 2019
A presente investigação se ocupa de apresentar um estudo vinculado a identificação de dissertações e teses que tratam da alfabetização científica no campo da Educação em Química frente a formação cidadã. A questão central está associada ao modo como a alfabetização científica é retratada nos estudos. Como objetivo tem-se o de mapear a produção acadêmica nos temas mencionados, observando as características, especificidades e limitações dessas pesquisas. O estudo de abordagem qualitativa e do tipo estado do conhecimento, tomou como lócus o banco de teses e dissertações da Capes e selecionou 18 produções. Como resultado é apontado a existência de pesquisas na temática investigada, entretanto, na perspectiva de fomentar o debate entorno do novo ensino médio e da possibilidade de inserir os jovens no mercado de trabalho, percebe-se a necessidade de ampliar os estudos de modo que o ensino de Química/Ciências ultrapasse o de formar jovens para reproduzir técnicas ou usufruir tecnologia. Nessa perspectiva, o estudo faz uma defesa sobre a importância de recorrer a obra de Gérard Fourez e promover reflexões que possibilitem um ensino mais humanizado e voltado a formação para a cidadania.
A IDENTIFICAÇÃO DE INDICADORES DE ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA E A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES
RESUMO: O objetivo deste trabalho consistiu em analisar se as interações discursivas registradas no desenvolvimento de uma sequência didática de biologia por uma professora em processo de formação continuada evidenciariam a presença de indicadores de alfabetização científica. A sequência didática foi aplicada no 7º ano do Ensino Fundamental. Na análise dos dados foram consideradas as relações entre as práticas docentes aplicadas e as práticas discursivas dos alunos (possíveis indicadores de AC). As práticas docentes registradas atestaram apresentação extensa e impositiva de conteúdos e restrições nas condições de manifestação oral e escrita, tornando questionável a correspondência entre as práticas discursivas dos alunos e os indicadores de alfabetização científica. Este estudo prevê o aprimoramento das práticas docentes comprometidas com a Educação Científica.