Jacob Burckhardt como teórico do Estado: o esmaecimento de uma obra de arte (original) (raw)

Jacob Burckhardt e a ameaça do espírito industrialista ao indivíduo soberano

Esta pesquisa verifica as análises de Jacob Burckhardt (1818-1897) sobre o projeto político-cultural de líderes europeus, especialmente, Otto von Bismarck, para uma Europa industrialista e as pessoas que nela viviam. Bastante atento aos impactos dos processos históricos para a cultura, o historiador suíço tentou compreender o seu tempo como um período de crise com sérios riscos para o surgimento de indivíduos que contribuíssem para o florescimento de uma cultura forte. O espírito industrialista demandava o aumento do número de trabalhadores para as fábricas e uma ciência que servisse como subsídio para a crescente industrialização. Este estudo transita entre as reflexões de Burckhardt a respeito do Renascimento Italiano como um momento propício para o aparecimento de indivíduos soberanos e a chamada Era das Revoluções como uma época de fortalecimento dos Estados que a tudo subjugavam ou suprimiam. O professor da Universidade de Basileia se deteve, particularmente, com os efeitos da unificação alemã, puxada pelos interesses industrialistas, para o espírito germânico. Defende-se que Burckhardt, embora mais conhecido por suas contribuições para a história enquanto disciplina, tem papel fundamental para a filosofia em sua crítica da Modernidade.

Reflexões sobre a História de Jacob Burckhardt: Algumas considerações

Revista Veredas da História

Neste artigo, pretende expor, de maneira sucinta, a interpretação do historiador suíço Jacob Burckhardt, em reflexões sobre a História. Cabe ressaltar que ele foi um dos mais importantes historiadores do século XIX. Além disso, Jacob Burckhardt incorporou novos usos e costumes, de absolvendo personagem, culturas e formas de sociabilidade diversas. É preciso destacar ainda que as “três Potências” (Religião, Estado e Cultura) nomeadas por ele como basilares para a compreensão didática do processo histórico. Do que foi exposto até aqui se pode afirmar que ele demonstrou a validade dos seus estudos das crises na História, que representam momentos de verdadeiras revoluções da História mundial.

Uma crítica ao Estado em Murray Rothbard

2014

2014 2 "Juízos políticos são necessariamente juízos de valor, por isso, a filosofia política é necessariamente ética e, portanto, um sistema ético positivo é necessário para estabelecer-se a causa da liberdade humana".

Crise da religião e crítica à modernidade: as reflexões de Jacob Burckhardt sobre a história

Locus (UFJF), 2020

Este artigo tem o objetivo de produzir uma interpretação do legado intelectual de Jacob Burckhardt à luz de debates historiográficos recentes que tratam da relação entre a história e a crise da teologia protestante de língua alemã ao longo do Oitocentos. Para tanto, buscarei sustentar a hipótese de que a teoria burckhardtiana da história — com sua ênfase estética nos ideais de formação e de contemplação — pode, em grande medida, ser lida como a mais bem acabada de suas respostas à crise surgida a partir desse contato entre a crença religiosa e a ciência histórica no século XIX.

Émile Durkheim e o Estado

Mediações, 2020

Resumo Este artigo discute o conceito de Estado proposto por Émile Durkheim, bem como suas implicações nos campos das ciências humanas e sociais, considerando o viés sociológico de sua análise. A partir de seus trabalhos mais significativos, visa-se analisar suas contribuições para a consolidação de uma sociologia política e, sobremaneira, para o debate político atual. Para tanto, levanta-se algumas questões importantes acerca de sua definição de Estado, objetivando, a partir das interpretações endossadas pela literatura especializada, confrontá-la com a realidade social que encerra no mundo moderno e contemporâneo. Trata-se, pois, de um trabalho eminentemente bibliográfico, de cunho revisionista, que procura, a partir de um diálogo com fontes primárias e secundárias, mapear o desenvolvimento e maturação deste conceito no interior da obra durkheimiana. Palavras-chave: Estado. Política. Sociologia política. Corporações profissionais. Sociedade política. Abstract This article discusses the concept of the state proposed by Émile Durkheim, as well as its implications in the fields of human and social sciences, considering the sociological bias of its analysis. From its most significant works, it aims to analyze its contributions to the consolidation of a political sociology and, above all, to the current political debate. For this, some important questions are raised about its definition of State, aiming, from the interpretations recognized by the specialized literature, to confront it with the social reality that it encloses in the modern and contemporary world. It is, therefore, an eminently bibliographical work, of a revisionist nature, which seeks, starting from a dialogue with primary and secondary sources, to map the development and maturation of this concept within Durkheim's work.

O conceito de Estado em Immanuel Wallerstein e Hans Morgenthau: alguns apontamentos teóricos

Conjuntura Global, 2013

O presente texto busca apresentar alguns apontamentos a respeito do conceito de Estado nas Relações Internacionais. O objetivo é relacionar a abordagem de Hans Morgenthau com a concepção de Immanuel Wallerstein. Pretende‐se destacar a importância do Estado nessas teorias. Para Morgenthau, o Estado defende os interesses nacionais, enquanto Wallerstein define‐o como o representante da classe dominante no cenário internacional.Palavras Chaves: Marxismo Estruturalista; Realismo; Relações Internacionais

A Anatomia do Estado - Murray N. Rothbard

Murray N. Rothbard (1926Rothbard ( -1995 foi um decano da Escola Austríaca e o fundador do moderno libertarianismo. Também foi o vice-presidente acadêmico do Ludwig von Mises Institute e do Center for Libertarian Studies. Sumário. Capítulo 01. O que o estado não é. Capítulo 02. O que o estado é. Capítulo 03. Como o estado se eternize. Capítulo 04. Como o estado transcende seus limites. Capítulo 05. O que o estado teme. Capítulo 06. Como os estados se relacionam entre si. Capítulo 07. A história como uma batalha entre o poder estatal e o poder social. Notas. Capítulo 01. O que o estado não é.

A Cultura do Renascimento na Itália em Jacob Burckhardt

Resumo: O presente trabalho realiza uma reflexão sobre o historiador suíço Jacob Burckhardt e sua obra de maior destaque: A Cultura do Renascimento na Itália, não se concentrando em suas mazelas, que já foram apontadas por diversos autores, mas tendo-a como janela para o seu autor. Assim, o que se pretende é refletir sobre a relação de Burckhardt com a história, o Renascimento e o contexto histórico da Europa do século XIX, profundamente marcado pelas transformações engendradas pela Modernidade e tão angustiantes ao autor em questão.