Rota Dos Escravos Nas Caraíbas (original) (raw)
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Quando Vasco da Gama empreendeu a viagem de descoberta do caminho marítimo para a Índia, entrou em águas cujas costas mantinham entre si estreitas relações comerciais. Eram os árabes de Oman que se dedicavam ao comércio no Oceano Índico. Na África Oriental estes árabes ocupavam-se do comércio na extensão de costa entre Mogadoxo e Sofala. As principais mercadorias levadas pelas árabes às costas africanas eram tecidos de algodão branco e multicolores trazidos da Índia e Missanga e Ágata. Estas eram trocadas por marfim, escravo e ouro e também tartaruga, âmbar, cera, resina e caurim. Desse modo, para os portugueses, de 1497/98, o Oceano Índico estava totalmente dominado pelos árabes que os receberam com hostilidades.
2016
TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Comunicação e Expressão. Jornalismo.Este Trabalho de Conclusão de Curso é um livrorreportagem sobre trabalhadores da colheita da erva-mate no Brasil e a evolução do combate ao trabalho escravo no setor. No primeiro capítulo, (1) descrevo como é o trabalho dos tarefeiros – nome dados aos caboclos responsáveis pela colheita da erva – e as condições insalubres da atividade. Em seguida, (2) narro como os empresários ervateiros reagiram às primeiras fiscalizações e os casos de empresas autuadas por submeter os trabalhadores da colheita a condições análogas à escravidão. No terceiro capítulo, (3) faço duas retomadas históricas: quando as famílias tarefeiras moravam e trabalhavam nos ervais, e as origens do consumo e comércio da erva no século XIX. Que “fim” leva a erva-mate e seu trabalhador? Esta pergunta norteia o último capítulo, onde (4) discuto as fragilidades das instituições públicas no combate ao trabalho escravo ...
Letras de Hoje, 2021
O presente artigo reflete sobre poética e autopoética com foco na minificção como classe textual transgenérica e no marco de um projeto autoral próprio, concebido como parte da experiência de vida e de criação brasileiras. Em tal sentido, integram-se leituras críticas sobre o tema, assim como também relativas à autoficção e à bioficção. No centro dessas considerações de teoria e de crítica, a narrativa de Escribas (2013) é analisada na sua cosmovisão e composição, se aprofundando na escritura das vidas imaginárias como um laboratório de formas.
No âmbito do seminário -Os Territórios da alimentação: Rota dos Saberes e dos Sabores, foi-nos proposto a criação de uma rota, rota essa ligada a uma produto gastronómico que de certa forma fosse identificado com um território especifico.
Revista Ensino de Geografia (Recife), 2020
Resumo: O presente ensaio teórico apresenta um diálogo escolar e seus desafios, articulado com o livro DA SILVA, T. T. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 2. ed. Belo Horizonte: Autentica, 2001, desenvolvido para a disciplina Tópicos Especiais em Geografia B, do Programa de Pós-graduação em Geografia, da Universidade Federal de Santa Maria, ministrada pela Profª. Drª. Natália Lampert Batista, 2020/1.
A Escravidão em Os Escravos, de Castro Alves
O texto realiza uma breve discussão sobre a definição de poesia adotada na obra de Castro Alves e, em seguida, estuda a representação da escravidão no livro Os Escravos, por meio da análise das figurações do negro nesses poemas.
Debates do NER, 2020
Presentes em muitas religiões de matriz afroindígena, caboclos são entidades plásticas, que escapam a definições precisas e se destacam pelo seu movimento. Levando a sério essa propensão dos caboclos ao movimento, este texto evita perguntas relativas à origem ou natureza dessas entidades em favor de uma abordagem que acompanha seus trajetos, buscando identificar os efeitos de suas passagens pelas vidas das pessoas e terreiros baianos onde atuam. Conforme mostra, nas casas em que têm papel de destaque, os caboclos performam uma topologia móvel que aproxima e junta de maneiras variáveis tempos, paisagens e práticas diversas. No seu movimento, os caboclos ajudam a compor o terreiro como espaço em que novas conexões podem se produzir. Se o resultado dessa composição pode ser chamado de mistura, é importante ressaltar que o sentido de mistura aqui é social: remete à possibilidade de convivência entre seres diferentes.
ghp.ics.uminho.pt
Foi propósito deste breve estudo avaliar a expressão do indivíduo escravo na sociedade de Lisboa na primeira metade do século XVIII, como se organizou e estruturou social e familiarmente e que estratégias de integração e participação engendrou numa sociedade que lhe era adversa e de total subordinação ao outro, mas na qual exerceu um papel fundamental.
CAPACITAÇÃO DE GUIAS LOCAIS NO ENTORNO DO PARNA JURUBATIBA
Um conjunto de atores sociais da região do entorno do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, que compreende Macaé, Carapebus e Quissamã, num trabalho que contou com financiamento do FNMA, elaborou, o Plano de Sustentabilidade do Entorno do PARNA Jurubatiba(2002), com vistas à implantação de um projeto piloto de turismo sustentável de base comunitária. Em 2004, uma das atividades previstas, o curso de capacitação de guias locais foi desenvolvida, com apoio da Prefeitura Municipal de Quissamã, do IBAMA, e da Associação dos Amigos do Parque. O desenvolvimento do turismo sustentável de base comunitária requer um intenso processo de planejamento envolvendo a comunidade bem como diversas etapas no processo de capacitação dos mais variados atores sociais envolvidos. No caso em questão, o amplo processo de planejamento foi desenvolvido em 2002, coordenado pela ONG Amigos do PARNA Jurubatiba em parceria com um significativo conjunto de entidades do entorno do PARNA, entre elas a Prefeitura Municipal de Quissamã e o IBAMA. A partir deste processo de planejamento foi elaborado um Projeto Piloto de Turismo Sustentável de Base Comunitária para o Entorno do PARNA Jurubatiba que prevê um conjunto de ações a serem desenvolvidas para que a atividade turística em Quissamã e nos outros municípios do entorno possa se dar de forma estruturada, entre elas, a capacitação de guias locais para recepcionar o visitante.
Estrutura de Posse de Escravos na Região das Missões
Missões: Revista de Ciências Humanas e Sociais, 2015
A matriz produtiva agrícola e pastoril estabelecida na região das Missões, no Rio Grande de São Pedro, ao longo do século XIX era animada tanto pelo trabalho livre quanto pelo cativo. O exame serial de inventários post-mortem revela que ao mesmo tempo em que havia a disseminação da posse de cativos pelo tecido social, ocorria também uma considerável concentração dela em grandes escravarias. Por meio de uma abordagem comparativa, percebeu-se que tal padrão reproduziu-se por todo o Brasil durante o longo período de vigência da escravidão. Palavras-chave: escravismo; século XIX; Brasil Meridional. Resumen La matriz productiva agrícola y ganadera establecida en la región de las Misiones, en el Rio Grande de São Pedro, en el siglo XIX empleaba el trabajo libre y el cautivo. El examen en serie de los inventarios post-mortem revela que mientras que tenía una disperción de la possesión de los esclavos por el tejido social, también ocurrió una considerable concentración de los cautivos por pocos propietarios. A través de un enfoque comparativo, se dio cuenta de que este patrón se repite en todo Brasil en el largo período de la esclavitud. Palavras-chave: escravismo; século XIX; Brasil Meridional. Introdução: o espaço no tempo e seu contexto econômico-produtivo 3 O processo de incorporação do Espaço Oriental Missioneiro 4 aos domínios luso-brasileiros, ocorrido, grosso modo, entre 1801 a 1828, se deu em meio à trajetória de definição dos limites fronteiriços na região platina, o qual vinha acontecendo, ao menos, desde meados do século XVIII. A conquista desta região às possessões luso-brasileiras, e sua manutenção, engendraram significativas transformações naquele espaço até meados do século XIX, dentre estas se destaca o estabelecimento de uma matriz produtiva agropastoril assentada em uma combinação de trabalho escravo e diversas formas de trabalho livre. Já em sua composição social, a região foi marcada por uma rica diversidade, uma vez que acabou sendo composta basicamente por guaranis missioneiros (descendentes daqueles que haviam passado pelo processo reducional das missões jesuíticas entre os séculos XVII e XVIII) que foram incorporados ao Império português (e