A Cidade Com-Fusa a Mão Inoxidável Do Mercado e a Produção Da Estrutura Urbana Nas Grandes Metrópoles Latino-Americanas (original) (raw)
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Cidade e O Urbano No Mundo Expandido Da Mercadoria
Revista Geografias
A análise desenvolve-se na perspectiva do conflito permanente entre valor de troca e valor de uso ou, ainda, entre a propriedade e a apropriação, universo em que se produzem práticas socioespaciais reativas de matizes diversos como, por exemplo, movimentos de moradores e outras formas de luta urbana. Desse modo, a perspectiva que se abre sobre a cidade, e a metrópole, é a de uma geografia em movimento, que valoriza o lugar e suas possibilidades à vida humana.
A produção da " cidade latino-americana "
Sobre a "cidade latino-americana" como categoria Como ocorre com a expressão "cultura latino-americana" e com a noção mesma de "América Latina", a idéia de "cidade latino-americana" mostrase de modo mais nítido quanto mais afastados estamos de qualquer referente real. Qual cidade caberia com clareza nesta categoria: Havana ou Caracas, Montevidéu ou México, Cuzco ou Buenos Aires? O que define uma delas dificilmente serve para a outra. E não se trata apenas de uma dificuldade que se apresenta entre realidades urbanas nacionais: como agrupar em uma mesma categoria Ouro Preto, São Paulo e Brasília, no Brasil, ou Cartagena das Índias e Bogotá, na Colômbia? Que espécie de "cidade latinoamericana" encarnaria cada uma delas? Que mapa pode ser delineado no conjunto? Se cada cidade apresenta qualidades distintas que dificultam sua integração, sem mais, numa categoria abrangente, seria absurdo tentar definir a cidade latino-americana por meio de um ideal de representação de um conjunto de características a ela atribuídas, como uma espécie de Frankstein urbano; tão absurdo seria o procedimento que ele poderia levar-nos rapidamente à conclusão de que a única cidade latino-americana realmente existente é Miami. Com efeito, a clássica indiferenciação da malha urbana norte-americana, visivelmente distinta de qualquer cidade latino-americana real, permitiu, no entanto, que nas últimas décadas se desenvolvessem
A Cidade e O Mercado: Enfim, a Gestão Urbana Negociada
2010
Neste artigo discutimos a relacao entre alguns dos atores das esferas publica e privada no âmbito da administracao municipal. Ao inves de insistir nos interesses conflituosos, tambem reconhecidos pelos autores, optou-se pela reflexao de como um governo municipal pode atuar no mercado, criando oportunidades para o setor privado de forma a gerar beneficios de forma mais coletiva. Uma das premissas adotadas, a despeito do reconhecimento do fundamento de uma critica mais receosa, e a de que, num contexto globalizado de fluxos de pessoas, de investimentos e de informacoes, as estrategicas de city marketing podem possibilitar reposicionamentos de cidades frente ao mercado. Os criticos contrarios a esta estrategia argumentam que isto transforma a cidade em mercadoria, os favoraveis atestam que e uma ferramenta inovadora para articulacao entre agentes publicos e privados visando a melhoria socioeconomica das cidades e consequente interesse de todos. Partindo de uma exposicao e discussao con...
Novos Nexos Entre Os Circuitos Da Economia Urbana Nas Metrópoles Brasileiras
Revista da Anpege, 2013
No período atual, a divisão territorial do trabalho hegemônica se pauta sobre conteúdos intensivos em técnica, informação e finanças, ou seja, sobre as variáveis determinantes da globalização. Essas mesmas variáveis têm se tornado, contudo, progressivamente dominantes, na medida em que atingem e remodelam as demais divisões territoriais do trabalho: os circuitos inferior e superior marginal. Enquanto divisões do trabalho concorrentes e complementares, as atividades urbanas, exercidas por grupos com variados graus de tecnologia, capital e organização, podem ser vistas como um "circuito superior", com sua respectiva porção marginal, e um "circuito inferior". Quando estes conteúdos são altos, trata-se do circuito superior; quando são baixos, trata-se do circuito inferior. Nos dias de hoje, há uma expansão substancial do circuito inferior nas maiores cidades brasileiras. No entanto, para além desta expansão quantitativa, verifica-se também uma intensa renovação de suas dinâmicas e de suas relações com o circuito superior, haja vista a crescente difusão e assimilação das possibilidades da época atual entre os atores não hegemônicos.
DA GLEBA AO LOTE: A INSUSTENTÁVEL PRODUÇÃO DA CIDADE
Anais IV Seminário Internacional de Desenvolvimento Regional, 2008
TÍTULO DO TRABALHO De glebas a lotes: a insustentável produção da cidade TÓPICO TEMÁTICO Número Descrição 11 Meio ambiente, políticas públicas e gestão territorial AUTOR PRINCIPAL INSTITUIÇÃO Gisela Cunha Viana Leonelli 1 USP -EESC Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo. RESUMO DO TRABALHO O processo de crescimento urbano de grande parte das cidades brasileiras tem ocorrido com a ausência de instrumentos de planejamento urbano e gestão ambiental. Na prática, é por intermédio da aprovação pontual de loteamentos, sob a legislação federal de parcelamento do solo urbano (L.F. 6.766/79), que nossas cidades tem sido constituídas nas últimas duas décadas. É também neste período que a busca do desenvolvimento sustentável tem incorporado os centros urbanos e pautado -mesmo que teoricamenteos objetivos das agendas municipais, sejam por parte do poder público, do capital privado ou da sociedade civil. Diante disto, o objetivo principal deste trabalho é analisar os vínculos entre a degradação ambiental urbana e a produção do parcelamento do solo. Para tanto, a partir da revisão bibliográfica sobre o conceito de desenvolvimento sustentável, com enfoque aos autores que versam sobre a realidade das cidades brasileiras, foi elaborado um quadro de cenários de insustentabilidade ambiental urbana. Adotando como estudo de caso a evolução urbana do município de Jaú, foram construídos o histórico de processos de abertura de loteamentos e diversos mapas temáticos que subsidiaram a discussão junto aos cenários de insustentabilidade propostos. Por fim, conclui-se que o processo de parcelamento do solo urbano pode revelar uma dinâmica que produz e reafirma a insustentabilidade ambiental de nossas 1 Arquiteta Urbanista (EESC-USP). Especialista em Desenho e Gestão do Território Municipal (PUCCamp).Mestre em Engenharia Ambiental (EESC-USP). Mestre em Urbanismo (PUCCamp). Doutoranda em Urbanismo (EESC-USP). gileone@sc.usp.br.
Costurando a cidade: crise do capital, urbanização logística e entregadores de aplicativo
Cadernos Metrópole, 2023
Artigo publicado em Open Acess Creative Commons Atribution Costurando a cidade: crise do capital, urbanização logística e entregadores de aplicativo Sewing the city: crisis of capital, logistical urbanization, and app-based delivery workers Bruno Siqueira Fernandes [I] Alessandro Peregalli [II] Thiago Canettieri [III] Resumo Considerando as recentes transformações do trabalho nas metrópoles brasileiras, observa-se uma multiplicação do trabalho precário baseado na circulação de mercadorias. A crise do capital e da forma-valor parece dar origem a um imperativo de circulação eficiente como condição de possibilidade para a acumulação, que se reflete na chamada urbanização logística. Este artigo apresenta uma interpretação desses processos a partir da perspectiva lefebvriana dos níveis de análise do urbano (G-M-P). Ao explorar a relação entre crise do capital, urbanização logística e a dimensão cotidiana dos entregadores de aplicativo, concluímos que a precarização do trabalho e a produção de infraestruturas logísticas aparecem como expressão material do aprofundamento da crise da valorização do valor, alterando simultaneamente as formas de luta da classe trabalhadora. Palavras-chave: precarização do trabalho; produção logística do espaço; crise do capital; autonomia negativa.
A Din�mica Urbana das Regi�es Metropolitanas Brasileiras
2001
Resumo: O objetivo deste artigo é analisar o padrão de crescimento das regiões metropolitanas brasileiras com base nos fatores aglomerativos e desaglomerativos urbanos, que possibilitam analisar as fragilidades e vantagens destes centros urbanos nodais na estruturação do sistema de cidades da rede urbana do país. O trabalho está organizado em quatro seções, além da introdução e da conclusão. A primeira seção discute os aspectos teóricos de sustentação deste estudo no que se refere ao tratamento da dinâmica urbana a partir dos fatores aglomerativos e desaglomerativos. A segunda seção analisa a evolução recente da desenvolvimento desigual das regiões metropolitanas brasileiras. A terceira seção apresenta o método de análise multivariada de tratamento dos dados a partir dos indicadores construídos com base nas variáveis do modelo de renda fundiária urbana da primeira seção. Os resultados são discutidos na quarta seção em que propomos uma tipologia de agrupamento das RMs brasileiras. As conclusões sugerem algumas diretrizes de políticas públicas visando uma desenvolvimento urbano mais equilibrado e menos desigual dessas regiões no contexto macro-espacial brasileiro.