Mudanças na estrutura sócio-ocupacional das metrópoles brasileiras, 1991-2000 (original) (raw)
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Changes in the socio-occupational structure of the Brazilian metropolises, 1991-2000 Suzana Pasternak Resumo O trabalho apresenta os resultados de um estudo comparativo com 10 metrópoles e uma aglomeração urbana no Brasil, procurando observar as semelhanças e diferenças entre as estruturas socioocupacionais das metrópoles estudadas e sua evolução entre 1991 e 2000. Trata-se de responder às questões: 1) como a reestruturação produtiva afetou a estrutura sócio-ocupacional de cada metrópole no fim do século passado; 2) se a evolução entre 1991 e 2000 foi semelhante nas aglomerações estudadas; 3) quem são os componentes das distintas categorias sócio-ocupacionas nas diferentes metrópoles das grandes regiões brasileiras. Todas as metrópoles estudadas tiveram crescimento demográfico maior na periferia que no núcleo. Embora as metrópoles sejam específicas, há certa semelhança na sua estrutura: no ano 2000, em todas as ocupa ções médias predominam. No Sudeste, é nítida a perda de dirigentes, mas apenas em São Paulo percebeu-se aumento significativo da base da pirâmide social. Palavras-chave: estrutura sócio-ocupacional; metrópoles brasileiras; reestruturação produtiva nas metrópoles.
Vulnerabilidade ocupacional e social nas grandes metrópoles brasileiras
Cadernos Metropoles, 2018
Este artigo aborda a evolução recente da vulnerabilidade ocupacional e social nas grandes metrópoles brasileiras, associando essa evolução às características do processo de urbanização e desenvolvimento do País, e, mais especificamente, às transformações econômicas, sociais e políticas das décadas iniciais deste novo milênio. Com base em dados da PNAD sobre as taxas de desemprego, a inserção ocupacional, a cobertura previdenciária e a remuneração dos trabalhadores, o texto confirma como essa vulnerabilidade se reduziu entre 2004 e 2015 nos grandes centros estudados, mas evidencia, também, como esse fenômeno se interrompeu no período posterior. Assinala como esse período tem sido marcado pelo avanço do desemprego, da precariedade ocupacional e da pobreza, ressaltando, finalmente, como as tendências e as perspectivas para os próximos anos são preocupantes. Palavras-chave: vulnerabilidade; trabalho; pobreza; dinâmica socioeconômica; metrópoles brasileiras. Abstract This article discusses the recent evolution of occupational and social vulnerability in the largest Brazilian metropolises, associating this evolution with the characteristics of the country's urbanization and development processes, and, more specifically, with the economic, social and political transformations that took place in the early decades of this new millennium. Based on data from the National Household Sample Survey on unemployment rates, occupational insertion, social security coverage and labor income, the text shows that this vulnerability was reduced between 2004 and 2015 in the large centers, and that this phenomenon was interrupted in the subsequent period. The analysis points out that this period has been marked by the advance of unemployment, occupational precariousness and poverty, and highlights that the trends and prospects for the coming years are worrisome. Key word s : vulnerabilit y ; labor; pover t y ; s o c i o e c o n o m i c d y n a m i c s ; B r a z i l i a n metropolises.
Mobilidade ocupacional e rendimentos no Brasil metropolitano-1991/96
Pesquisa e planejamento …, 2000
No Brasil, os anos 90 são marcados por uma reconfiguração do mundo do trabalho que induz mu-danças nos níveis e padrões de emprego e salários. Nesse contexto, nosso principal objetivo é ana-lisar a extensão da mobilidade ocupacional no Brasil e enfatizar as diferenças ...
Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais
A primeira década do século XXI foi marcada, no Brasil, por importantes mudanças econômicas, sociais e políticas: redução significativa das desigualdades de rendimento; diminuição relevante do desemprego e crescimento do emprego formal; saída da miséria de parcela expressiva da população em decorrência de políticas sociais; aumento do investimento em educação, saúde, habitação, infraestrutura urbana, cultura, dentre outros, que resultaram na redução das desigualdades em múltiplas dimensões. Contra esse pano de fundo, e tendo em vista o histórico caráter dual da cidade brasileira, a pergunta a que o artigo procura responder é: a redução multidimensional das desigualdades diminuiu a segregação e as desigualdades urbanas? Diante das mudanças mencionadas, nossa hipótese é de que a resposta é positiva. Para demonstrá-lo, o artigo lança mão dos dados dos censos demográficos de 2000 e 2010 e compara as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo, utilizando como base inovações ...
Não são só quatro paredes e um teto: uma década de luta nas ocupações urbanas na Região Metropolitana de Belo Horizonte, 2020
Os colegas de Minas Gerais nos convidaram à honrosa e difícil tarefa de escre-ver o posfácio desta publicação, que resulta do Seminário Dez Anos de Ocupações Urbanas na RMBH, realizado na Escola de Arquitetura e Urbanismo da UFMG, em junho de 2019. Honrosa porque se tratou, no conjunto do seminário realizado, de um relevante momento de reflexão, trazendo à Universidade Pública o debate sobre mudanças recentes relacionadas a questão da moradia em nossas metrópoles, exercício feito não apenas no interior das rotinas estritamente acadêmicas-o que já seria legítimo-mas, sobretudo, em contato direto com diferentes atores que compõem uma complexa e renovada estratégia de resistência urbana, em tempos do imperativo neoliberal aliado à disseminação global do populismo reacionário e de novas práticas autoritárias à direita.
As regiões metropolitanas brasileiras e sua estrutura social em uma década de mudanças, 2000-2010
GOT - Journal of Geography and Spatial Planning
Este artigo analisa as mudanças ocorridas na estrutura sócio-ocupacional das 15 principais regiões metropolitanas brasileiras entre 2000 e 2010. Busca-se compreender se as mudanças sociais e econômicas que ocorreram na década também puderam ser percebidas na estrutura social metropolitana. A ocupação é utilizada como proxy da estrutura social, cuja fonte são os Censos Demográficos do IBGE. A comparação mostrou mudanças parciais na estrutura social metropolitana, sobretudo o aumento dos profissionais de nível superior e o encolhimento dos grupos dirigentes e dos pequenos empregadores. Por outro lado, puderam ser detectados movimentos destoantes por parte de algumas RMs, cuja explicação demandará acompanhamento e novas investigações.
Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais
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Mudanças e permanências na cultura política das metrópoles brasileiras
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A relação entre as esferas econômica e cultural nas ciências sociais permite uma miríade de abordagens teóricas. Recentemente, vários são os cientistas sociais que vêm apontando mudanças nas atitudes e nos valores que orientavam o comportamento político relacionado à cidadania convencional (Marshall, 1967) nas sociedades mais avançadas do capitalismo como consequência das mudanças estruturais iniciadas na segunda metade da década de 1970, com a reestruturação produtiva e a globalização econômica (ver, entre outros,
Cadernos Metrópole, 2019
This article presents some results of the comparison of the socio-spatial structure of the 15 main metropolitan regions of Brazil and their evolution between 2000 and 2010. The analysis focuses primarily on the concentration of high status groups in the so-called “upper spaces” of these metropolises, leading to their hypersegregation. Explanatory hypotheses for this process are produced through the specific analysis of the Belo Horizonte Metropolitan Region, whose social composition is very close to the average composition of the 15 studied metropolitan regions and for which there are specific data on real estate dynamics, quality of life index and residential mobility. The historic attractiveness of the central areas was intensified during the 2000s, maintaining them as the preferred location for high-quality real estate investments.