UM VERGER, DOIS OLHARES: a construção da africanidade brasileira por um estrangeiro (original) (raw)

Estudantes africanos, interculturalidade e os (des)encantos da vinda e da vida no Brasil

Kadila: culturas e ambientes, 2016

Em um cenário de experiências extras locais, desde a década de 1960, nos deparamos com uma dinâmica particular, em que jovens estudantes africanos chegam ao Brasil determinados a cursar carreiras profissionalizantes nas instituições de ensino superior desse país pelo PEC-G (Programa de Estudantes-Convênio de Graduação). 119 Esse tipo de deslocamento pode ser entendido como uma mobilidade específica, haja vista a política internacional do governo brasileiro que incentiva e autoriza esses estudantes a permanecerem no Brasil durante uma temporada de estudos.

Diálogos transatlânticos: africanidade, negritude e construção da identidade

Abril – NEPA / UFF, 2011

O trabalho aborda os diálogos, tanto ao nível estético quanto ideológico, entre movimentos Pan-Africanistas como o da Renascença de Harlem, o movimento de Negritude Francês e a produção artística, particularmente a literária, dos estudantes da Casa do Império em geral e de Francisco José Tenreiro em particular.

O espelho negro de uma nação: a África e sua importância na formação do Brasil

O espelho negro de uma nação: a África e sua importância na formação do Brasil (Org.), 2019

Nesta obra, os leitores são convidados a explorar um pouco da riqueza da História da África, que, em determinado momento, se (con)funde com a História do Brasil. Os organizadores cumprem, desse modo, uma tarefa de suma importância para a consolidação da Lei nº 10.639/03 ao se empenharem em reunir produções acadêmicas de ponta oriundas dos grandes centros de pesquisa e disponibilizá-las ao grande público. Trata-se, pois, de um convite para conhecer a história do continente negro e a trajetória dos africanos e de seus descendentes em terra brasilis por meio de pesquisas atuais que ajudam a compreender melhor esse rico universo que deverá ser apresentado aos alunos.

Um pouco mais sobre nós: uma experiência de letramento racial com contos africanos e afro-brasileiros

Mulemba, 2024

É sabida a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira na educação básica a partir da Lei 10.639/03, mas se tornou patente que, na prática, essa lei encontra dificuldade de realização – especialmente pela falta de material didático adequado e de profissionais formados de maneira pertinente e satisfatória. A necessidade de se desenvolverem projetos educacionais antirracistas enfrenta a resistência contra séculos de ensino eurocêntrico, de apagamento cultural e de subalternização. A partir de uma perspectiva metodológica cartográfica, buscamos dar acesso a experiências partilhadas no curso de extensão “Um pouco mais sobre nós: contos africanos de língua portuguesa e possibilidades em sala de aula”; entretecendo os relatos da experiência com trechos de contos de autoras e autores africanos e afro-brasileiros partilhados ao longo do curso. Com estes relatos, pretendemos saudar a potência de espaços de trocas e leituras que subvertam a estrutura opressora colonial, responsável, durante anos, por oferecer uma história única, silenciadora, bem como cavar formas outras de reunir, de escrever, de tecer impressões. Ademais, esperamos que os contos mencionados possam subsidiar iniciativas de letramento racial afins, guarnecidas pelas literaturas africanas e afro-brasileiras, na direção de uma educação antirracista e emancipadora.

CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA A MITOLOGIA DOS ORIXÁS

Para resgatar e valorizar a cultura afro-brasileira, bem como cumprir a atual proposta curricular do MEC pela lei 10.639/03, propomos ao alunos do ensino médio da E.E.Benjamim Guimarães o estudo desse dinâmico e complexo universo dos orixás, que já esta presente no imaginário brasileiro, podendo ser encontrado na nossa literatura, música e telenovelas, pinturas e ritos religiosos. Atualmente a história que está proposta nos currículos e livros didáticos colocam os brancos sempre como protagonistas, relegando aos negros um começo sempre a partir da escravidão. Existe um desprezo pelo passado dos negros na África, que se dividiam em centenas de etnias e foi marcado por realezas e um estrutura social bem definida. Este trabalho tem como objetivo permitir que os alunos se apropriem de um rico repertório de saberes e referenciais trazidos da África, que são as histórias dos orixás, seus símbolos e características. Acreditamos que, com a valorização da cosmovisão e identidade negra previne-se o racismo e a intolerância.

Alguns aspectos historiográficos sobre os negros e negras africanos e afro-brasileiros na diáspora e na formação do Brasil

Sul-Sul - Revista de Ciências Humanas e Sociais

No dia doze de setembro de 2019, no período vespertino teve o painel sobre as Relações Étnico-raciais, no Fórum Sociedade Crítica (FSC) evento promovido pela Pós-graduação em Ciências Humanas e Sociais – PPCHS. Nesse painel teve a fala do Prof. Pedro Leiva, da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira – UNILAB e do Prof. José Francisco dos Santos da Universidade Federal do Oeste da Bahia -UFOB, docente do PPCHS-UFOB. Esse texto vai se debruçar na apresentação, que discorreu sobre a história das negras e negros na diáspora africana e afro-brasileira e no processo de exclusão dos mesmos na contemporaneidade.