Assistência pública à saúde no Brasil: estudo de seis ancoragens (original) (raw)

Interiorização da Assistência à Saúde no Brasil

Fênix - Revista de História e Estudos Culturais

Este texto tem como objetivo avaliar o papel desempenhado pelos Postos de Saneamento Rural na Bahia, entre 1920 e 1930, a partir do estudo aprofundado sobre o Posto de Saneamento de Ilhéus, no contexto de interiorização da assistência à saúde no Brasil. As fontes utilizadas foram as mensagens dos governadores, os Relatório do Diretor Geral da Saúde Pública da Bahia, os Relatórios da Subsecretaria de Saúde e Assistência Pública da Bahia, os Relatórios dos chefes dos Postos de Saneamento Rural e notícias de jornal, compreendidas como portadoras de interesses dos indivíduos que as construíram. Foi possível observar as inúmeras outras atividades realizadas no Saneamento Rural, para além do controle das endemias do campo. Além disso, compreende-se que não bastava que as autoridades políticas locais e estaduais estivessem coalizão política para que o financiamento das ações fosse regular, conforme determinava a legislação.

Modelos assistenciais e política de saúde no Brasil

1992

The article presents an analysis of the National Health Policy and of its influence in the establishment of certain paradigms of assistance, especially considering these last decades. It also stresses the significant role played by different social agents, in the fulfilment of some special interests prevailing in the health sector, thus demonstrating thal lhe health needs of the population do not constitute the central concem both of the govemment and the hegemonic classes of society, in spite of progresses already made in the juridical and legal framework of the sector.

Perfis de utilização de serviços de saúde no Brasil

Ciência & Saúde Coletiva, 2002

Serviços de saúde devem responder às demandas populacionais que resultam da conjugação de fatores sociais, individuais e culturais. Para isso, faz-se necessário o conhecimento do padrão de consumo de serviços de saúde. Neste artigo, quatro perfis de consumo de saúde foram gerados a partir da aplicação da técnica do Grade of Membership (GoM). O modelo teórico de utilização de serviços de saúde proposto por Andersen serviu como marco de referência da análise, permitindo que estimativas da demanda por serviços de saúde fossem feitas segundo níveis altos e baixos de capacitação, necessidade e predisposição para o consumo. Ressalta-se que especial atenção deve ser dada ao grupo de alta necessidade e predisposição, e baixa capacitação, que representa 14% da população brasileira acima de 14 anos de idade (exceto a região Norte) e é composto, predominantemente, por idosos que moram sozinhos e têm alta necessidade de serviços especializados.

UNIVERSALIDADE DO ATENDIMENTO À SAÚDE NO BRASIL: impasses e perspectivas

UNIVERSALIDADE DO ATENDIMENTO À SAÚDE NO BRASIL: impasses e perspectivas Resumo: O artigo discute sobre o acesso universal e o seu impedimento no âmbito do sistema de saúde brasileiro. Considera que o SUS tem sido atingido por ações administrativas comprometidas com a gestão capitalista, o que inviabiliza sua plena implementação. Destaca que o acesso universal enfrenta problemas como a dicotomia entre as ações curativas e as ações preventivas, e que as alterações na Lei Orgânica da Saúde e na Constituição de 1988, para introdução do capital estrangeiro, promovem atrasos que fazem com que o sistema seja derrotado, inclusive em seu sentido simbólico. Mostra que o aumento da participação da iniciativa privada na saúde, além de retardar todo processo de construção plena do SUS, traz ainda consequências políticas, pois as empresas de saúde são financiadoras de campanhas eleitorais. O Estado prioriza o repasse de dinheiro público para o setor privado. Conclui que os gastos públicos com a saúde, representados no PIB, não chegam à metade dos gastos totais em saúde. Mesmo assim, os recursos são gastos somente com a parcela mais pobre da população. Palavras-chave: Sistema Único de Saúde (Brasil), Financiamento da Assistência à Saúde, Acesso Universal aos Serviços de Saúde. HEALTH SERVICES ACCESSIBILITY IN BRAZIL: impasses and perspectives Abstract: The article discusses on the universal access to the Brazilian health system and its impediment. The Unified Health System (Sistema Único de Saúde; SUS) has been administrated by actions committed to capitalist management which impedes its full implementation. The universal access face problems as the dichotomy between the curative and preventive actions. The changes in the Health Law and in the Constitution (1988), for the introduction of the foreign capital, promote delays that cause failure in the system and leads to a defeated in the hearts and minds of the Brazilians. The increase in the private sector participation brings political consequences to the health system, because healthcare companies finance election campaigns. The state prioritizes the transfer of public money to the private sector. It concludes that public spending with health represented in the Gross National Product (Produto Interno Bruto, PIB) do not reach half of the total spending on health. Nevertheless, resources are expended only with the poorest part of the population.

Saúde pública no Brasil

RESUMO: No Brasil, como determina a Constituição de 1988, a saúde é um «direito de todos e um dever do Estado«» Desde o início dos anos 1990, sucessivos programas procuram viabilizar essa exigência constitucional, reformando as normas do chamado Sistema Único de Saúde (SUS), cuja principal meta é universalizar o atendimento de saúde no País. O mais recente desses programas é o Mais Saúde Direito de Todos 2008-2011, anunciado em Dezembro de 2007, que propôs a evolução formal nos processos de gestão do SUS, apresentando medidas estruturadas em sete eixos com o objetivo de articular a dimensão econômica e social da saúde. O SUS funciona, desde 1996, na perspectiva operacional e interativa de um pacto de gestão. O princípio de rede foi utilizado pelo Programa Mais Saúde Direito de Todos 2008-2011 como ponto de convergência de um Complexo Industrial de Saúde, que reunia, desde a produção de medicamentos, até núcleos de pesquisa de evolução tecnológica para a saúde. O objetivo principal deste arti-go foi investigar se as mudanças propostas por esse programa do governo brasileiro criam entraves no conceito de rede do SUS, principalmente enquanto sistema de gestão de conhecimento. O objetivo secundário do trabalho foi verificar se a rede ganhou mais ope-racionalidade e universalidade com a adesão ao Complexo Industrial de Saúde. A pes-quisa confirmou a existência de entraves à evolução do conceito de rede no SUS a partir da proposta do Complexo Industrial de Saúde, sem indicação de ganhos no processo de operacionalidade do sistema. A análise desse processo permitiu entender que a relação público/privado no atendimento de saúde brasileiro compõe um mercado imperfeito. Como conclusão, o artigo sugere que o aprimoramento do SUS, enquanto inovação tec-nológica, depende de outro tipo de reforma de gestão, que não é a proposta pelo progra-ma Mais Saúde Direito de Todos 2008-2011.

Caminhos da saúde pública no Brasil

2002

All the contents of this chapter, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution-Non Commercial-ShareAlike 3.0 Unported. Todo o conteúdo deste capítulo, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a licença Creative Commons Atribuição-Uso Não Comercial-Partilha nos Mesmos Termos 3.0 Não adaptada. Todo el contenido de este capítulo, excepto donde se indique lo contrario, está bajo licencia de la licencia Creative Commons Reconocimento-NoComercial-CompartirIgual 3.0 Unported. Caminhos da saúde pública no Brasil Jacobo Finkelman (Org.

Multiestratégias Na Avaliação De Intervenções Comunitá-Rias Em Promoção Da Saúde

Avaliação em promoção da saúde, 2014

© 2014-1 a Edição CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE-CONASS É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citadas a fonte e a autoria. Tiragem: 2 mil exemplares. Avaliação em promoção da saúde: uma antologia comentada da parceria entre o Brasil e a cátedra de abordagens comunitárias e iniquidades em saúde (CACIS), da universidade de Montreal de 2002 a 2012 Brasília, novembro de 2014.