"Eliane Elias: "Fallen Diva": musicar una corpografía" (original) (raw)

Eliane Gerk-Carneiro

Resumo Esta pesquisa investiga as qualidades psicométricas do In-ventário de Habilidades Sociais (IHS) em termos de sua vali-dade concomitante e de sua fidedignidade ou estabilidade temporal. Participaram desta pesquisa, 104 estudantes de Psico-logia que foram submetidos à aplicação do IHS e da Escala de Assertividade de Rathus. Os resultados mostram uma corre-lação significativa entre estas duas escalas de avaliação. Os dados referentes à aplicação teste-reteste do IHS, em uma subamostra aleatória de 39 sujeitos, mostram igualmente um correlação significativa entre as duas aplicações. Estes resul-tados indicam que o IHS possui validade concomitante e fide-dignidade ou estabilidade temporal. Estas conclusões complementam os resultados de estudos anteriores sobre as qualidades psicométricas do IHS e recomendam a utilização desta escala para avaliar as habilidades sociais de estudantes universitários no contexto brasileiro.

Corpo caligráfico, voz: as escritas em performance

Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, 2020

O artigo busca apresentar e comentar obras de dois autores contemporâneos e brasileiros, os poetas e escritores Manoel Ricardo de Lima e Sérgio Medeiros, buscando, através de suas escritas, definir aquilo que poderia ser considerado um traço "performático", marcante em algumas tendências da literatura de hoje. A principal característica dessas escritas performáticas seria a presença do corpo do próprio escrito e a mescla e indistinção de gêneros artísticos. Para tanto, parte-se do conceito de "performance" de Paul Zumthor, para estendê-lo à leitura crítica de alguns textos dos autores Lima e Medeiros, em diálogo com outros artistas e pensadores do teatro, como Antonin Artaud, Samuel Beckett e Hans-Thies Lehmann.

Eliane de Oliveira Borges

O sistema digestório degrada o alimento em moléculas pequenas, absorvíveis pelas células, que são usadas no desenvolvimento e na manutenção do organismo e nas suas necessidades energéticas. 1 2  CONSTITUINTES O sistema digestório é constituído pela cavidade oral, pela faringe, pelo tubo digestório (esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e canal anal) e seus anexos (pâncreas, fígado e vesícula biliar) (Figura 8.1). 2 2.1  Cavidade oral O início da degradação do alimento ocorre na cavidade oral (Figura 8.1), onde os dentes o trituram, transformando-o em pedaços menores; a saliva o umedece, lubrifica e inicia a digestão, e a língua mistura os fragmentos com a saliva, formando o bolo alimentar, e promove a sua deglutição. 3,4 Por causa do atrito do alimento, a cavidade oral é revestida por epitélio estratificado pavimentoso. A gengiva, as regiões das bochechas mordidas devido à dentição mal-ajustada e o palato duro, submetido ao atrito da língua na deglutição, são queratinizados. No tecido conjuntivo subjacente ao epitélio, há glândulas salivares que secretam um fluido seroso e mucoso. O palato duro possui uma placa óssea e é, portanto, uma estrutura rígida capaz de suportar a pressão da língua. A modificação do tamanho e da forma da cavidade oral e a movimentação do alimento ocorrem graças ao músculo estriado esquelético. 5,6 1 JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica: texto e atlas. Figura 8.1-Ilustração do sistema digestório, onde a cavidade oral é apontada. Fonte: Montanari, T.; Borges, E. O. Museu virtual do corpo humano. Porto Alegre: UFRGS, 2010. Disponível em http://www.ufrgs.br/museuvirtual 2.1.1  Dentes São estruturas duras e mineralizadas, inseridas na maxila e na mandíbula. Os dentes incisivos e caninos são pontiagudos e cortam o alimento em pedaços de tamanho médio, enquanto os pré-molares e molares possuem superfícies mais largas e achatadas, triturando os pedaços de tamanho médio em fragmentos menores. 7 2.1.2  Glândulas salivares A saliva é uma solução aquosa, com enzimas, glicoproteínas, eletrólitos e imunoglobulinas. Seu pH 6 LOWE, J. S.; ANDERSON, P. G. Stevens & Lowe´s Human Histology.

Escultura para o corpo: Maria José Oliveira

:Estúdio 21, 2018

Resumo: Neste artigo pretende-se analisar um conjunto de trabalhos de Maria José Oliveira que estão na fronteira da Escultura e da Joalharia. Pela escala e pelas peças pressuporem um corpo para as usarem, podendo as mesmas ser autónomas, preferimos a designação de Escultura para o corpo. São peças mistas, que jogam com o interior/exterior e a presença/ausência do corpo, entrando no caminho do absurdo. São objetos versáteis que se moldam ao corpo, vestindo-o e reconfigurando-o. Palavras chave: escultura/joalharia, corpo, interior/exterior, presença/ausência, absurdo. Abstract: In this article we intend to analyze a set of works by Maria José Oliveira that are on the border of Sculpture and Jewelry. For the scale and the pieces presuppose a body to use them, but being able to be autonomous, we prefer the designation of Sculpture for the body. They are mixed pieces, which play with the interior / exterior and the presence / absence of the body, getting in the path of the absurd. They are versatile objects that mold to the body, dressing and reconfiguring it. Introdução Maria José Oliveira tem um vasto trabalho que abarca a cerâmica, pintura, escultura, objetos e um corpo de trabalho que será o objeto deste artigo-a joalharia. Este conjunto de objetos já foi denominado como "(não) joias", por Cristina Filipe, ou receberam a designação de "anti-joalharia" por Sílvia Chicó, ou também o nome de Ourivesaria Têxtil, título dado à exposição feita na Artefacto 3, em 1988. Neste artigo não se pretende catalogar este trabalho, pois foi um assunto que o Pós-Modernismo resolveu com a hibridização de géneros, mas sim dilucidar sobre as fronteiras que poderão fornecer uma entidade sobre as características tipológicas destes artefactos. A obra de Maria José é difícil de balizar porque o desenho pode ser pintura sobre papel ou colagem e a pintura é muitas vezes tridimensional.

Devires-Trans: Corpo, Arte e Política na Cultura Pop

Anais Comunicon , 2018

Este texto tem como objetivo posicionar o corpo em primeiro plano, mostrar seu protagonismo dialogando com questões relacionadas à arte, à politica, ao gênero (especificamente transexuais, transgêneros e travestis) e aos entrelaçamentos das três esferas na cultura pop. Falamos aqui de um transartivismo (artistas transexuais, transgêneros, travestis que utilizam o corpo como plataforma artística, política, revolucionária, potente) sem esquecer que este corpo trans é também comunicativo e pode ser pop. Pensamos que é através do corpo que a partícula trans emana como aquilo que atravessa, que está em movimento, em ação, mutação, agenciamento, produção; o trans é compreendido aqui como máquina de afetos, de alteridades, de relações comunicativas.

As faíscas heréticas e eróticas da performer Lia Garcia

Urdimento, 2021

Em Cicatriz, performance apresentada na 7ª edição da Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, realizada em março de 2020, a performer, pedagoga, poeta e ativista afromexicana Lia Garcia expressa a dor de ser uma pessoa trans*, rememora vítimas de transfeminicídio e mobiliza elementos recorrentes em seu trabalho, tais como o afeto, o erotismo e o toque físico, como um grito coletivo de resistência. Cicatriz reverbera também os afetos e diálogos surgidos durante o convívio com as e os participantes brasileiros de sua oficina Laboratório de Experimentação 1 –Vozes Desobedientes, oferecida durante o mesmo festival.

Reescrituras do corpo: memória e arquivo no processo criativo de Christina Elias

Manuscrítica: Revista de Crítica Genética

Neste artigo o processo de criação da artista Christina Elias é analisado a partir do conceito de reescrituras desenvolvido por Arantes (2015). A obra da artista, neste contexto, é assumida como um processo criativo em que o passado é constantemente reescrito no presente através do corpo e do texto em movimento. Criadas no espaço de passagem entre a performance, o vídeo, a instalação e objetos num processo continuado de reescritura, as obras de Elias operam em três vertentes, a saber: no processo criativo da artista, nos objetos que emergem de seus trabalhos e nos conceitos que os fundamentam. O corpo, enquanto corpo-mensagem, transforma-se neste tênue fio que amarra diferentes mídias e linguagens numa rede de sentidos sempre em transformação.

Divas decadentes: o glorioso corpo-som das estrelas que caem

Anais do 2º Simpósio Popfilia, 2023

Na busca por sensibilidades melancólicas na cultura pop, reflito sobre o corpo-som das divas decadentes através da música de fossa. Ao tomar como fio condutor o samba-canção, que teve seu auge entre as décadas de 1950 e 1960, observo no roteiro performático dessas divas da fossa que a boate pode aparecer como espaço de encenação e sociabilidade boêmia. Notívagos, encaro a passagem fugaz desses corpos fatais que se avolumam no lastro da queda.