Elites e historiografia: questões teóricas e metodológicas (original) (raw)
Revista de Sociologia e Política
Na introdução de seu trabalho sobre a elite política imperial brasileira, José Murilo de Carvalho (2003, p. 20) comentou: "Se é verdade que a historiografia tende a magnificar esse papel [das elites], seria ingênuo achar que se pode resolver o problema reformando a historiografia". Tal afirmação refere-se a uma certa resistência, ora maior, ora menor, aos estudos de elites políticas na historiografia e nas Ciências Sociais no Brasil. De fato, a proeminência adquirida pelos estudos que creditam às elites o papel de ator político (e, em certa medida, de "ator histórico") fundamental, ao longo do século XX, foi responsável pelo advento de inúmeros trabalhos e perspectivas críticas a esse tipo de narrativa (GRYNSZPAN, 1996; BOBBIO, 2002).
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