Mobilidade humana e educação: os estudantes estrangeiros na Unicamp (original) (raw)
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Mobilidade internacional de estudantes do ensino superior
Capitulo 6 do Livro "Vagas atlânticas: migrações entre Brasil e Portugal no início do século XXI " - Peixoto, J., Padilla, B., Marques, J. C. e Góis, P. (orgs.), 2015, pp. 135-158. Lisboa, Editora Mundos Sociais. "O capítulo 6, sobre os estudantes brasileiros, recorre, igualmente, a informação recolhida através de inquérito. Neste caso a amostra é composta por 400 imigrantes brasileiros residentes na área metropolitana de Lisboa, dos quais 87 eram estudantes universitários. A análise destes dados é completada pelo cotejo de fontes secundárias e por entrevistas realizadas em Campinas e Rio de Janeiro a familiares de emigrantes ou emigrantes regressados ao Brasil." Não há edição online. O ficheiro em anexo apresenta apenas a introdução do livro.
Revista Brasileira de Educação, 2022
O objetivo deste artigo é compreender de que modo a crise provocada pelo coronavírus (COVID-19) tem impactado o ensino-aprendizagem dos estudantes internacionais no ensino superior português, e de que forma novos projetos de mobilidade estudantil têm sido repensados e renegociados durante a pandemia. A metodologia inclui a análise dos resultados de um questionário online — respondido por 703 estudantes internacionais, matriculados num estabelecimento de ensino superior em Portugal — para além de entrevistas individuais online — realizadas com 22 desses estudantes e também com aqueles que têm intenção de estudar em Portugal. Enquanto, para alguns, a pandemia representou a possibilidade de se fazer “mobilidade” estando “imóvel” (em seu país de origem, ou mesmo em Portugal, necessitando “apenas” de um computador e uma ligação à internet); para outros, potenciou as desigualdades sociais e econômicas, dificultando, e muitas vezes impossibilitando, a realização da “mobilidade” nesses moldes.
Mobilidade internacional de alunos
Atas do V Seminário Internacional Educação, Territórios e Desenvolvimento Humano, 2023
Vários estudos indicam que a mobilidade internacional de alunos – a possibilidade de estudar, estagiar ou desenvolver outras atividades numa instituição fora do país de residência do estudante – tem um impacto positivo nos alunos: amplia a sociabilidade, enriquece a experiência pessoal, permite criar redes mais afetivas, amplia a capacidade de trabalhar e colaborar com pessoas de diferentes culturas e de respeitar a diversidade humana, etc. Os valores transculturais adquiridos contribuem, igualmente, para uma cidadania europeia mais participativa e democrática, promovendo as competências prescritas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade. Sair do país de residência assume-se, portanto, como uma experiência enriquecedora. Mas, quem recebe estes alunos e não beneficia diretamente da mobilidade; sente também benefícios do contacto com alunos de outros países? O Agrupamento de Escolas Gabriel Pereira (Évora, Portugal) participou no projeto internacional “Portal to Portugal”, recebendo, em 2022, 3 professores e 15 alunos de um liceu polaco com o objetivo de melhorar as competências-chave dos alunos, aumentar a motivação e as competências linguísticas e interpessoais dos alunos e sensibilizar para a cultura e património europeus. A partir deste projeto internacional, que juntou alunos polacos e portugueses entre os 15 e os 18 anos, aferimos a perceção dos alunos visitados: os impactos identificados na literatura são também observados nos alunos pertencentes às instituições de acolhimento, cujo contacto com os pares estrangeiros é realizado apenas em contexto local (ou seja, sem mobilidade)? Que contributos para a inclusão e para o respeito pela diversidade cultural? Este artigo apresenta a avaliação realizada pelos alunos do Agrupamento (uma turma do 11º ano) que participaram no projeto enquanto anfitriões, endereçando temáticas como a contribuição desta participação para um maior conhecimento de outras culturas e para o aumento da disponibilidade para contactar com cidadãos de outros países e, eventualmente, participar em atividades de mobilidade internacional.
Mobilidade Academica Internacional: Experiências de intercâmbio universitário Brasil-Portugal
O Futuro das Humanidades. Cências humanas: desafios e perspetivas, 2029
A internacionalização tem vindo cada vez de modo mais vincado a marcar as atuais políticas para o ensino superior. Com efeito, o trabalho de internacionalização em instituições de ensino superior sustenta-se na perceção de que essa estratégia contribui para melhorar a qualidade das práticas, quer de ensino quer de investigação, quer mesmo organizacionais. A internacionalização assenta, primordialmente, em programas de mobilidade académica. Diversos estudos evidenciam inúmeras vantagens para os estudantes, universidades e países que participam em projetos de mobilidade internacional (ALTABACH e KNIGHT, 2007; ROBERTSON, 2010). Como assinalam Galvão e Costa: "A proposta de uma educação sem fronteiras, centrada em métodos ativos de aprendizagem onde o estudante ocupa a posição de sujeito ativo na construção do conhecimento e é estimulado a aprender a aprender, ao fazer com qualidade, a conviver com a diversidade e incerteza e a pensar estrategicamente, sempre em busca da autonomia necessária ao exercício da cidadania, das práticas profissionais e como pessoa e, no desenvolvimento de competências para a tomada de decisões em cenários incertos, torna-se cada vez mais presente na realidade das instituições de ensino" (p. 3 e 4, 2014). Este texto foi elaborado tendo em vista a participação na mesa redonda "Mobilidade Acadêmica Internacional", inserida no âmbito do IV Colóquio Luso-Brasileiro de Educação a Distância e Elearning, 2018. Nesse sentido pretende essencialmente enquadrar o tema e lançar alguns tópicos que visem um posterior aprofundamento do debate sobre o tema em questão.
Pro-Posições
Resumo A internacionalização da educação superior é uma marca das universidades no mundo contemporâneo. Nesse processo, programas voltados à mobilidade acadêmica recebem centralidade, representando a faceta mais visível da internacionalização. O presente artigo analisa a mobilidade acadêmica de estudantes oriundos do ensino médio público no âmbito do programa Ciência sem Fronteiras, trazendo para a discussão o acesso ao programa, a experiência internacional e os projetos de futuro. A pesquisa foi conduzida em uma universidade pública da Região Centro-Oeste e consistiu na aplicação de dois surveys e na realização de grupos de discussão que foram analisados à luz do Método Documentário. Com base nos resultados, identificamos que a origem social e o capital escolar são dimensões que podem dificultar ou privar o acesso de estudantes de classes menos favorecidas em programas de mobilidade estudantil. Quando as barreiras são rompidas, as contribuições da experiência internacional ultrapas...
Alunos em mobilidade numa universidade portuguesa: uma experiência num primeiro ciclo de Bolonha
2019
Desde os anos 90 do século passado que é normal a presença de alunos estrangeiros nas salas de aula das universidades portuguesas. No momento atual, em que a pressão para internacionalizar o Ensino Superior português se faz sentir cada vez com mais intensidade e foram tomadas várias medidas para a promover, todos os atores do processo – incluindo não só os professores e as instituições de ensino, mas também os próprios alunos – têm necessidade de refletir sobre esta problemática. O estudo apresentado neste texto foi desenvolvido com o propósito de identificar e descrever as representações de alunos estrangeiros inscritos em programas de mobilidade sobre a experiência vivida durante a frequência de uma unidade curricular pela qual somos responsável. Está associado a um outro estudo centrado nas representações de alunos portugueses – inscritos nesta unidade curricular e numa outra também centrado na didática do Português como língua materna – que nos permitiu refletir sobre a nossa me...
Estudantes indígenas na Unicamp e a pandemia
Utopias e distopias na educação em tempos de pandemia, 2021
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