Análise de histórias de vida a partir das lentes da resistência (original) (raw)
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Escritas de vida como possibilidade de resistência
Ilha do Desterro: A Journal of English Language, Literatures in English and Cultural Studies, 2021
The aim of this paper is to produce reflections about the epistolary narrative as a category of life writing, in which hybridity and fluidity are important characteristics for what we intend to discuss here the possibilities of life writings acting as a power of collective writings and the breadth of 292 Angela Guida, B. Yadira A. Bidemy and Daniel A. Machado, Escritas de vida como... the epistolary narrative in the area of literary narratives. Thus, the main objective of this article is to discuss life writings that move from intimacy to collectivity and offer themselves as a policy of resistance, in particular, to think about intersectional feminism, and Maya Angelou’s Letter to my daughter (2008) appears as an important example of this type of narrative, as will be demonstrated throughout this article
Alea-estudos Neolatinos, 2018
A partir do romance de Diamela Eltit Jamais o fogo nunca (2017), o presente trabalho indaga de que maneira a narrativa literaria intervem numa discussao em torno do conceito de vida, que se insere no terreno da biopolitica e que atravessa os campos do direito, da biologia, da medicina e da filosofia. No romance, a palavra “celula” que aparece repetidamente, adquirindo diversas significacoes, e o ponto de partida para se pensar nas complexas articulacoes entre o biologico e o politico.
Histórias entrelaçadas: a dimensão da resistência em Vidas secas e Abril despedaçado
MOARA – Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Letras ISSN: 0104-0944, 2013
Esse artigo faz uma abordagem comparativa entre o romance Vidas secas (1938) de Graciliano e o filme Abril despedaçado (2001), de Walter Salles, cujo objetivo foi refletir sobre a dimensão da resistência das personagens femininas, bem como, de outras personagens, que, embora, vivendo numa condição de subjugação, e, situadas em um contexto falocêntrico, desenvolvem ao seu turno estratégias de resistência, abrem fissuras na ordem instituída e desestabilizam a hierarquia patriarcal. O referencial teórico está ancorado na teoria de Badinter; Judith Butler; Perrot; Richard; Derrida; Hutcheon; Stearns, entre outros, que se utilizam do pós-estruturalismo para construir as suas formulações. Da mesma forma, buscamos a contribuição de alguns autores cujos pontos de vista versam sobre as narrativas de ficção, sejam literárias ou audiovisuais, como: Coutinho; Cunha; Johnson; Munsterberg; Neitzel; Resende e Xavier.
Análise de um recorte da realidade após as oficinas de “história de vida”
Extensio: Revista Eletrônica de Extensão, 2016
A oficina "História de Vida" foi oferecida como parte da atuação extensionista da equipe da Universidade Metodista de Piracicaba na cidade de Jurema/PE pelo Projeto Rondon (julho/2014), na condução do protagonismo juvenil. A oficina, baseada na teoria da identidade, primou pela narrativa das vivências pessoais dos integrantes, oportunizando a reflexão das histórias de vida ali narradas. Para a análise desses momentos, apoiada nos pressupostos da abordagem materialista histórica e dialética bem como da área de língua/linguagem, a oficineira capturou o movimento daquela realidade, como uma fotografia. A fim de observar as ações, foram criadas categorias de análise a partir das similaridades ocorridas nos grupos das oficinas: a heterogeneidade das características e a homogeneidade das posturas dos participantes, possibilitando a percepção de uma fala singular dos narradores. Nesse processo, a (re)significação das histórias de vida foi concretizada pela fala do outro, fazendo da exposição oral das narrativas a maior protagonista. Palavras-chave: História de vida. Linguagem. Oralidade
Narrar para resistir: vida, resistência e utopia
Contexto - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFES, 2019
RESUMO: Este trabalho se dispõe a refletir sobre a aproximação entre narrativa de vida, resistência e utopia, pondo em evidência questões étnicas raciais, violência, testemunho, memória, protagonismo e liberdade. Nele buscaremos mostrar como esses elementos são representados no romance Diário de Bitita (2014), da escritora negra Carolina Maria de Jesus. E como esses elementos podem ser articulados na escrita como um ato de resistência, contra um racismo socialmente estruturado. Para aclarar essa discussão, nos aproximamos das ideias de Alfredo Bosi em Narrativa e resistência (1996), Thomas More em Utopia (2006) e Giorgio Agamben em O uso dos corpos (2017). Essas concepções teóricas estarão em diálogo com outros autores, pertinentes para o crescimento da discussão a que nos propomos.
2018
This paper aims at presenting reflections, comments and criticism regarding the intersection between Law and Literary Studies, mainly about Law as Literature. This paper will show some findings about the missconcepted identification between literary and lawsuit narratives, and to that end, we based our research on narrative concepts derived from literary theory and from linguistics. Thus, it became obvious that in lawsuits, as well as in literary writings, an amalgam of types and classifications is constructed. However, in literary works this is done to improve an aesthetic effect, which does not compromise the “Fictional Agreement” between the author and the reader. In lawsuits, however, such variation of types and classifications is limited and must adhere to a “Reality Agreement”. Even though lawsuits and literary narratives are further apart when we look upon their objectives and nature, we found it was possible to approximate them in the light of recent life-writing studies, ...
Revista Educação e Linguagens
Este estudo apresenta o acirramento do debate acerca dos métodos de História de Vida e de Narrativa no sentido de destacar o conceito de Narratividade como uma perspetiva dos estudos epistemológicos até as primeiras décadas do século XXI. O levantamento bibliográfico das diferentes trajetórias investigativas destaca o alinhamento aos propósitos a serem alcançados. Com isso, incide-se luz ao discurso científico no tocante à conservação e as mudanças entre os métodos investigativos no conitnuum histórico, no qual as ciências estão posicionadas em primeiro plano e sempre em interface com os fatores sociais, económicos e políticos que influenciam, evidentemente, os interesses das Ciências em suas áreas do conhecimento humano e social.
Narrativas Orais de Histórias de Vida
Comunicação & Inovação, 2015
Trata-se de apresentar a metodologia das Narrativas Orais de Histórias de Vida e suas relações com comunicacão e inovação, considerando as narrativas orais dos sujeitos artífices da própria história, suas subjetividades e suas memórias. O objetivo é discutir como os relatos de histórias de vida, expressos pela narrativa oral do sujeito, podem ser objetos da comunicação e identificar o aspecto de inovação desse método na comunicação. Parte de uma discussão teórica da bibliografia e conclui que a subjetividade é o principal elemento inovador da comunicação nessa proposta metodológica. This is the methodology of Oral Narratives of Life Stories and their relationships with communication and innovation, considering the oral narratives of persons, leaders of their own history, their subjectivities and their memories. The aim is to discuss how the expressed oral narratives of life stories can be communication objects of studies and to identify the innovation aspect of this method. Starts with a theoretical discussion of the literature and concludes that subjectivity is the main innovative aspect of communication in this methodological proposal.
A VIDA COMO ELA FOI: PRODUZINDO RESISTÊNCIA NAS AULAS DE HISTÓRIA
e-Curriculum, 2019
O presente artigo pretende abordar as aulas de História a partir de uma pesquisa constituída no fazer docente em estágio de formação de professores. Partimos da análise e observação de planejamentos e aulas desenvolvidos por estudantes de História dos últimos 4 semestres do curso de licenciatura, nas disciplinas de Estágio de Docência no Ensino Fundamental e Ensino Médio e Educação Patrimonial. O objetivo consistiu em problematizar o currículo de História na escola básica através do que chamamos de práticas insurgentes. Tal concepção nos levou a pensar no conceito de resistência, tendo como interlocutores de escrita autores do campo da decolonialidade, da educação crítica e da filosofia da diferença. A partir daí, construímos um conceito de resistência vinculado à ideia de criação. Concluímos, portanto, que, nos tempos atuais, a radicalidade da crítica curricular inclui a ideia não de uma reatividade aos “tempos difíceis”, mas de uma resistência criativa, que faça transbordar o currículo a partir de um estudo do passado, problematizando o presente e criando abertura para novos futuros.