A diversidade linguística no ensino de português como língua adicional e língua estrangeira (original) (raw)
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A variação linguística no ensino de língua portuguesa
2013
Resumo: Este artigo trata das dificuldades que os alunos têm em escrever na norma padrão ou culta da língua portuguesa, porque usam no dia a dia a língua coloquial. Eles não estão habituados com a língua formal, sendo essas dificuldades consequências de vários fatores que as influenciam: culturais, sociais ou históricas, que constituem as variações linguísticas. Mostrar aos alunos as variações linguísticas é importante para que compreendam essas mudanças e tenham condições de reescrever a fala passando-a da língua coloquial para a língua culta. O estudo apresenta cinco livros didáticos de séries diferentes, com o conteúdo sobre variação linguística, e como esse conteúdo pode auxiliar os professores e alunos no processo de ensino aprendizagem. O resultado é que não basta os livros apresentarem os conteúdos de variação linguística, é preciso que haja aplicação efetiva entre esse conhecimento linguístico e a prática que contemple o mundo de referência do aluno.
Variação Lingüística No Ensino De Português Para Estrangeiros
VIDYA, 2015
The contributions gathered in this ar ticle convey sociolinguistic perspectives for the teaching of Por tuguese to foreigners. The experiences summoned throughout 2007 consist of activities in dif ferent contex ts and approaches and which constituted the daily basis of the project named The Teaching of Por tuguese as a foreign language. The methodological perspectives and the theoretical subsidies developed allowed the interpersonal communication and the reinforcement of the intercultural experience among the students provenient from countries of dif ferent continents.
Formação de professores de português como língua adicional
Cadernos de Linguística
Este relatório apresenta os resultados de um projeto de pesquisa no nível de pós-doutorado que culminou no desenvolvimento de um curso de uma especialização lato sensu em docência de Português como Língua Adicional (PLA). As seguintes questões norteadoras guiaram esse projeto: (1) quais são as fundamentações teórico-pedagógicas que informam a formação de professores de PLA e outras línguas adicionais (LAs)? e (2) quais são os principais critérios para a escolha daquelas fundamentações? Doze professores de seis instituições de ensino superior ministrando disciplinas relacionadas ao estágio docente obrigatório de línguas adicionais responderam um questionário. A análise das respostas demonstrou que (1) as abordagens comunicativas informam a formação de professores de LAs; e (2) o efeito retroativo contribui para a adoção de tais abordagens. As abordagens comunicativas, por servirem de base a vários exames de proficiência, têm informado a formação de professores de LAs. Construtos teór...
Pedagogia Da Variação Linguística Nas Tarefas De Um Curso On-Line De Português Como Língua Adicional
2021
O presente trabalho propoe-se a analisar as tarefas do Curso de Espanhol e Portugues para Intercâmbio (CEPI), especificamente o curso de Portugues como Lingua Adicional, um curso on-line direcionado para intercambistas que estudarao na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A analise realizada busca responder os seguintes questionamentos: (a) Quais aspectos da variacao linguistica sao abordados nas tarefas do CEPI? (b) Como a variacao linguistica e abordada nas tarefas pedagogicas do CEPI? Para tanto, esta pautada em principios norteadores, organizados com base nas reflexoes teoricas feitas a partir dos pressupostos da Pedagogia da Variacao Linguistica abordados especialmente por Zilles e Faraco (2015). Diante de tais aspectos, tem-se como finalidade, com base na analise do material didatico da primeira edicao do curso, refletir sobre a presenca dos pressupostos da Pedagogia da Variacao Linguistica na construcao de tarefas pedagogicas e se elas operacionalizam os pressup...
Português, língua pluricêntrica: integração de variedades no ensino
Revista internacional em língua portuguesa, 2021
A língua portuguesa não é falada de forma uniforme nos diversos espaços, tempos, circunstâncias, usuários, etc. Ela, como qualquer organismo vivo, acompanha a dinâmica de que é imbuída, o que lhe confere categorias de variação (cf. Mateus, 2003; Mussalim et al., 2012). Porém, apenas as variedades europeia e brasileira são reconhecidas no ensino. Esta situação abre espaço para dois problemas: a. a sobrevalorização da norma europeia em detrimento das demais; e b. a exclusão das variedades não normalizadas dos meios formais de ensino. Isto, por sua vez, atenta aos princípios da pluricentricidade da língua portuguesa. Ao abrigo deste estudo, urge propor a introdução de variedades não normalizadas (e.g., de Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Timor-Leste), no que ao léxico diz respeito, no ensino formal, dadas as vantagens comprovadas no ensino do português como língua estrangeira. A proposta assenta em dados filológicos e de pesquisa de campo.
Reflexões sobre variação linguística e ensino de Língua Portuguesa
2018
This article’s objective is to reflect about linguistic variation and Portuguese Language teaching, considering the relation between speech and writing, especially in contexts of linguistic contact, regarding the need for the teacher to elaborate a systematic work that can deal with the presented deviations, based on the knowledge of the language itself. It is known that the school environment is where the variants meet and the linguistic heterogeneity becomes visible as well as the influence caused by the contact languages, hence the language teacher’s role towards these differences and the teaching of the standard language require some reflection. We discuss here from the theoretical background of authors such as: Mollica (2009; 2015), Bortoni-Ricardo (2004; 2005) and Busse (2013; 2015), Bagno (2007; 2009), official documents that support the teaching of Portuguese Language and other authors of the area to reflect on the paths that the student goes through until they know their la...
Diversidade linguística e ensino das línguas numa fase inicial da escolarização
2002
Actualmente, a população mundial ascende a mais de seis biliões de pessoas e calcula-se que existam no mundo entre 6000 e 7000 línguas vivas. 96% destas 6000 ou 7000 línguas são faladas apenas por 4% da população mundial. Esta distribuição revela a existência de um grande número de línguas utilizado por um reduzido número de falantes, a par de um pequeno número de línguas utilizado por uma larga faixa da população mundial. É em zonas situadas em ambos os lados do Equador -Ásia, Índia, África e América do Sul -que se concentra a maioria das línguas do mundo. Alguns especialistas têm vindo a anunciar que, durante o século que agora começa, se assistirá à morte de cerca de metade das línguas agora vivas.
VARIAÇÃO LINGÜÍSTICA E ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Revista Letras, 2010
A constatação do fracasso do ensino de português já deixou de ser tema apenas de educadores e lingüistas para tornar-se um lugarcomum da conversa de qualquer cidadão escolarizado. A cada início de ano a imprensa se ocupa de renovar o registro da falência com matéria relativa à prova de redação dos exames vestibulares, em que a miséria do português apresentado pelos candidatos é fartamente exemplificada com um sem-número de erros risíveis, de ortografia, de língua ou de construção.
Português de/em Angola: Peculiaridades linguísticas e a diversidade no ensino
desleituras: Literatura, Filosofia, Cinema e outras artes, 2021
A Língua Portuguesa surgiu na Península Ibérica e se espalhou pelo mundo por meio do processo de colonização. Após o contato entre o português e as línguas autóctones em Angola iniciou uma nova configuração linguística, com características peculiares ou próprias o que contribuiu para o surgimento da variedade angolana do português. O artigo 19º da Constituição da República de Angola (2010) estabelece a LP como a única língua oficial. A variedade angolana do português distanciou-se do Português Europeu ao longo do tempo, daí que é de suma importância que haja debates que visem caracterizar e descrever esta nova realidade sociolinguística. Este ebook tem como objetivo atiçar debates sobre a variedade angolana do português buscando refletir as peculiaridades da variedade por forma a que se possa caminhar para a normalização e criação de dicionários e gramáticas que possam ser utilizadas no ensino de português em Angola.
Entre a diversidade e a diferença na aprendizagem de línguas no ensino básico (1º Ciclo)
REVISTA INTERSABERES, 2016
RESUMO Tendo em conta uma pedagogia crítica emancipatória (JIMENEZ RAYA; LAMB; VIEIRA, 2007), enriquecida por enfoques multissensoriais (ARSLAN, 2009), pretende-se, com este artigo, dar conta de abordagens baseadas numa filosofia de projeto, em que os aprendentes de línguas estrangeiras do Ensino Básico se embrenham com tarefas de índole plurilingue e pluricultural. Pretendemos, por um lado, fazer uma revisão da literatura sobre as tendências atuais relacionadas com o ensino de línguas no 1º Ciclo do Ensino Básico e, por outro lado, evidenciar uma mostra de práticas didático-pedagógicas diferenciadoras, com vista a um trabalho próativo com a língua enquanto objeto potenciador de cidadãos conscientes da sociedade desde uma idade considerada precoce, no que concerne a realidade educativa diversa de um agrupamento de escolas da área do Grande Porto, em Portugal. Estas práticas foram desenvolvidas no âmbito do projeto Pluri+RED, que assenta na disseminação de práticas diferenciadoras e emancipadoras ao nível pluricultural e plurilingue, procurando dar resposta à diversidade cultural presente no contexto das grandes cidades em Portugal.