Das Origens Da Ocupação Da Escola: O Caso Do MST (original) (raw)

Origem da educação no MST: da ocupação ao assentamento – as dimensões do aprendizado fora das lides da escola

Revista de Ciências da Educação, 2011

Este trabalho trata de demonstrar que as experiências de luta pela re-forma agrária serviram de base para a origem da educação escolar doMST (Movimento Sem-Terra), bem como para a elaboração da sua pri-meira proposta pedagógica para o ensino de 1a a 4a séries (atual ensinofundamental), aplicadas inicialmente, nas escolas de acampamentos eassentamentos, entre o início de 1980 e 1990. Neste aspecto, o textoreflete sobre as características pedagógicas do aprendizado adquiridopelos sem-terra fora dos limites da escola, durante o processo de or-ganização pela conquista da terra, o qual influenciou diretamente aspropostas educacionais e as diretrizes do ensino executadas nas escolasdo MST. As discussões apontam também que o modelo de educação ede escola, proposto pelo MST, não pode ser analisado separadamente do contexto social de luta pela terra, no qual os trabalhadores ruraisestão inseridos. Assim, toda a trajetória histórica, da qual o sem-terraparticipa, deve ser entendida como um pr...

O MST Na Gestão Da Escola Itinerante Institucionalizada Pelo Estado No Paraná

Germinal: Marxismo e Educação em Debate, 2018

Este artigo reflete sobre a gestão institucionalizada da escola itinerante nos acampamentos do MST. Na origem dessa escola está a preocupação dos acampados com a escolarização das crianças e jovens, cuja família se faz presente nos acampamentos. A denominada “escola itinerante” é uma escola institucionalizada como escola pública no território do Movimento. A gestão escolar é materializada dentro dos princípios organizacionais do MST, cuja centralidade é a gestão democrática. Dessa forma, o objeto do presente trabalho traz o MST como sujeito da gestão da Escola Itinerante no Paraná, tendo como base operacional uma escola-base, que centraliza a documentação escolar de todas as escolas itinerantes. As análises indicam uma forma de gestão que se orienta pelo princípio de auto-organização, formação de coletivos, núcleos de base e coordenações com respaldo das famílias em assembleias dos acampados.

MST e Consciência de Classe: Estudo a partir da trajetória de um militante

Revista Psicologia Política, 2006

O objetivo deste trabalho foi o de discutir e problematizar a relação entre sujeito e história, assim como elementos associados com a participação em movimentos sociais, a partir da análise da trajetória de vida de um militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), buscando compreender elementos associados com seu envolvimento em um movimento social. O referencial teórico discute a relação dialética entre subjetividade e objetividade, por meio das categorias classe social, consciência de classe, psicologia de classe e vida cotidiana. Uma breve história sobre a questão agrária no Brasil, a constituição do MST e desafios atuais para o movimento são apresentadas, bem como algumas problemáticas existentes no movimento apontadas por estudos da psicologia social sobre o mesmo. Para analisar a trajetória de vida do participante da pesquisa partiu-se do método de historias de vida e utilizou-se uma entrevista semiestruturada. Na análise organizou-se o conteúdo, de modo a superar impressões imediatas e desvendar temáticas que surgem da narrativa. O texto foi construído tendo como base a organização em unidades temáticas articuladas com o referencial teórico. Os temas predominantes na entrevista foram: trabalho e mercado, família e participação no MST. As considerações finais problematizam algumas questões levantadas pelo sujeito pesquisado: (1) como se dá a sua inserção na sociedade; (2) conexões entre consciência cotidiana e consciência de classe; (3) as possibilidades de mudanças sociais para o participante e para o MST.

A educação do MST no contexto educacional brasileiro

Germinal: Marxismo e Educação em …, 2010

Nelza Zülke Taffarel pela orientação e pelo aprendizado deste momento. Aos professores do CECES/UPR/Cuba, especialmente a Juan Silvio Cabrera Albert, que nos receberam tão bem e nos proporcionaram uma experiência acadêmica muito valorosa. Ao Mauro, companheiro de todas as horas, pelo apoio, carinho, incentivo e auxílio. À Tina Franchi pelo apoio, revisão e principalmente pela amizade. À Leri pelo abstract. Às grandes mulheres da minha família nas quais me espelho: Olímpia, Nair, Ruth, Gema e Helena. E aos meus irmãos, sobrinhos, cunhadas e pai. Ao grupo LEPEL, na pessoa do coordenador Claudio de Lira Santos Junior. Aos amigos. À CAPES pela concessão de bolsa, ao PPGE/FACED/UFBA e seu quadro de professores. Aos MST nacional e baiano pela oportunidade de trabalho conjunto, que possibilitou a elaboração desta tese. Aos Trabalhadores Rurais Sem Terra, lutadores de fibra que resistem às investidas destrutivas do capital.

A atuação do pedagogo no MST: revelações de um estudo exploratório

EccoS – Rev. Cient., 2009

Em 2006, os cursos de graduação em Pedagogia foram definidos como uma licenciatura que deve prever a formação do pedagogo para atuação em espaços escolares e não escolares, incluindo os movimentos sociais. Este artigo objetiva apresentar uma experiência curricular, denominada “Projetos Integradores”, que tomou como objeto a atuação desse profissional no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e envolveu docentes e discentes do 2° período do curso de Pedagogia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Neste artigo, reflete-se sobre a importância do tratamento das relações entre movimentos sociais e educação na formação de pedagogos, apresenta-se o percurso metodológico do estudo realizado e expõem-se significativas aprendizagens por ele proporcionadas, com destaque para a compreensão das relações entre a luta pela terra e a educação, enfatizando as ações realizadas por um pedagogo no MST.

Educação Escolarizada e MST

Polem Ca, 2012

Resumo: O artigo se propõe a esclarecer a proposta educativa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra a ser desenvolvida na instituição escolar. Alternativa ao projeto educativo capitalista, a educação escolarizada é fruto da luta pela terra e marcada pela Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire.