Tópicos Relevantes Sobre Contraceptivos Hormonais Masculinos (original) (raw)
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Saúde do Homem - Testosterona e Masculinidades
Revista Psicologia e Saúde, 2021
O objetivo desta pesquisa é analisar as controvérsias envolvidas na relação entre os efeitos da publicidade comercial sobre testosterona e a produção discursiva de masculinidades. Para realizar esta pesquisa, analisamos 34 vídeos publicados pela indústria farmacêutica Bayer, disponíveis na plataforma YouTube. Tal análise foi inspirada nos estudos de Michel Foucault e orientada pelo questionamento sobre os modos como os usos da testosterona têm se articulado com o modelo hegemônico de masculinidade. Os hormônios estão envolvidos em uma série de controvérsias. Tais substâncias escapam da função para qual supostamente foram inicialmente destinadas, provocando uma série de subversões e se entrelaçando com diferentes modos de subjetivação. Concluímos que o saber e poder biomédico associa a testosterona à “natureza masculina”, produzindo, como efeito de verdade, modos de subjetivação restritos de masculinidade. O binarismo de sexo e gênero é reatualizado com a substancialização da diferença sexual. Configura-se, assim, uma essencialização do que é ser homem ao se discutir os usos da testosterona.
Uso Racional de Contraceptivos Hormonais Orais
A anticoncepção é amplamente realizada no mundo inteiro. No Brasil, o uso de métodos anticoncepcionais cresceu acentuadamente ao longo das últimas décadas, alcançando, em 2006, 80,6% no grupo de mulheres com idades entre 15 e 44 anos (8.707 entrevistas em 2006), segundo a terceira edição (2006) da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS). Apenas dois métodos — a pílula e a esterilização feminina — responderam por mais de dois terços da contracepção. Dados da PNDS 2006 revelaram aumento na prevalência do uso de anticoncepcionais e de outros métodos contraceptivos (como vasectomia e preservativo) e redução significativa da prevalência da esterilização feminina em comparação aos dados da PNDS 1996. Em 2006, a escolha do método contraceptivo mostra-se influenciada pela renda. Na classe de mais baixa renda e nas mulheres de menor escolaridade, ainda predominam o não uso de qualquer método (26,3%) e a esterilização feminina (32,3%). O uso de anticon- cepcionais ocorreu em 27,4% de todas as mulheres em conjunto. Outros métodos (DIU, diafragma, injeções e outros) foram escolhidos por 7%.1 Entretanto, em faixas etárias mais jovens o controle da natalidade ainda é um problema. Em 2005, do total de 3.030.211 nascidos vivos no Brasil, 21,82% correspondiam a mães com idade entre 10 e 19 anos de idade, comprovando a falta de orientação e de adesão aos métodos anticoncepcionais entre adolescentes.2 A eficácia da contracepção (resultado obtido quando o uso ocorre em condições ideais) e sua efetividade (resultado do uso corrente, tanto correto como incorreto) podem ser expressas por meio do índice de Pearl, correspondente ao número de gestações (falha) ocorridas em 100 mulheres que utilizaram sistematicamente o método durante um ano. Os anticoncepcionais orais (AO) têm sido objeto de contínua investigação, pois constituem o mais efetivo método reversível e o de maior prevalência de uso dentre as medidas medicamentosas. A eficácia e a continuidade de uso, verificadas em ensaios clínicos controlados, costumam ser maiores que as observadas na prática diária. Isso se deve a que os primeiros se processam em locais escolhidos, com pacientes selecionadas e em condições de vigilância rigorosas. 
Comunidades Trans sobre Hormônios
Este trabalho estuda mensagens trocadas em fóruns de discussões virtuais que têm como foco os usos trans de hormônios, isto é, a hormonização, termo cunhado para diferenciá-los da hormonoterapia, administrada por profissionais de saúde. Foram pesquisadas três comunidades alojadas na rede social Orkut, contabilizando um total de 370 fóruns, sendo analisados os usos de hormônios e os relatos de desencontros entre usuárias e profissionais de saúde. Observa-se que se de um lado a hormonização aumenta os efeitos adversos decorrentes de intervenções baseadas em elevadas dosagens de fármacos, de outro, configura-se como uma resistência diante de dispositivos clínico-patologizantes.
Tópicos em ciências farmacêuticas
Pantanal Editora, 2022
Esse livro “Tópicos em Ciências Farmacêuticas” representa uma obra composta por 06 artigos que abordam diferentes áreas da Farmácia. As pesquisas e discussões apresentadas nessa obra são frutos de trabalhos de conclusão de curso desenvolvidos por docentes e discentes da Universidade Ceuma. No capítulo I os autores relatam o controle de qualidade das folhas de alcachofra comercializadas no mercado central de São Luís - MA. O trabalho teve como o principal objetivo identificar inconformidades nas folhas de alcachofra comercializadas em locais de feira livre através da realização de testes físico-químicos com intuito de contribuir para a segurança durante o consumo dessa espécie vegetal. No capítulo II os autores apresentam a formulação de um xampu vegano antiqueda e o estudo da sua estabilidade. Os autores ressaltam que cosméticos correspondem um dos produtos que mais crescem em consumo no Brasil e no mundo, principalmente produtos veganos devido ao estilo de vida mais sustentável das pessoas. Hoje, os consumidores estão valorizando muito mais às matérias primas e origens dos produtos que desejam adquirir e consumir. Os autores finalizam concluindo que o xampu produzido mostrou compatibilidade com os constituintes da formulação, com ausência de instabilidades, mantendo-se adequado aos padrões físico-químicos com resultados satisfatórios conforme os testes de estabilidade aplicados, além de uma carga microbiana dentro dos padrões especificados pela legislação, o que o torna eficaz e seguro ao uso. Ainda na área da cosmetologia, o capítulo III apresenta o desenvolvimento e estudo da estabilidade de um cosmético verde à base de Persea americana mill. Segundo os autores, foi possível obter um produto com aspecto, cor e odor característicos, com boa espalhabilidade e estabilidade, desenvolvido com o mínimo de ingredientes e totalmente natural. Já o capítulo IV aborda a análise in silico da beta glucana descrevendo as atividades farmacocinéticas e farmacodinâmicas. Os autores concluem que os estudos in sílico de substâncias isoladas podem representar um passo inicial e de baixo custo no Processo e Desenvolvimento de Novos Fármacos (P&D). O capítulo V relata a prospecção fitoquímica e avaliação da atividade antibacteriana e antifúngica in vitro de diferentes extratos da espécie vegetal Moringa oleifera. Os autores concluem que, dentre os extratos testados, o extrato hidroalcoólico inibiu o crescimento de Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Enterococcus faecalis, e Staphylococcus aureus. Não inibindo o crescimento do fungo Candida albicans. Por fim, espera-se que o E-book “Tópicos em Ciências Farmacêuticas” seja de grande proveito e possa contribuir para a difusão de conhecimento para a comunidade científica e farmacêuticos.
Revista Poiésis, 2015
RESUMO: Este ensaio analisa alguns princípios referentes à curadoria, contextu- alizando-a historicamente ao mesmo tempo em que aborda aspectos relativos à sua prática no contexto contemporâneo: a natureza de seu ofício, sua condição intermediária entre profissão e função, os diferentes perfis, experiências e tarefas de quem a exerce. Por fim, colocam-se certas questões acerca do ensino e forma- ção em curadoria, de modo a fomentar o debate e a tentar circunscrever o campo de ação de tal prática. PALAVRAS-CHAVE: curadoria; crítica de arte; artes visuais. ABSTRACT: This essay examines some principles about the practice of curatorship, contextualizing it historically at the same time that addresses aspects of their prac- tice in the contemporary context: its nature as metier, their intermediate condition between profession and function, the different profiles, experiences and task who exercises it. Finally, puts up some questions about teaching and training curator- ship in order to foster debate and trying to limit the action field of that practice. KEYWORDS: curatorship; art criticism; visual arts
Homens e mulheres com H(GH): gênero, masculinidades e anabolizantes em jornais e revistas de 2010
Cadernos Pagu, 2014
Este artigo discute as representações de corpo e gênero articuladas ao uso de substâncias anabolizantes nos meios de comunicação. Para isso, tomou-se como objeto o material jornalístico publicado no ano de 2010, disponível no acervo institucional da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. O material analisado indicou que o imperativo do corpo forte se faz presente como o mote para o uso de anabolizantes, tanto para homens como para mulheres, e que, nesse movimento, os jornais e revistas desempenham papel significativo na disseminação de uma corporalidade hiperviril.
Na Busca pela Testosterona: circulação de saberes entre homens usuários
Ilha: Revista de Antropologia, 2023
A biopolítica contemporânea é marcada pela molecularização da vida e uma intensa farmacologização do cotidiano, que sustenta a teoria hormonal do corpo e aprofunda a visão dos hormônios sexuais como mensageiros químicos do sexo/gênero. Assim, este artigo analisa relatos de história de vida de homens usuários da testosterona como ferramenta de modificação corporal para refletir sobre as fontes de informação legitimadas na busca por um encontro efetivo com o hormônio. São identificadas quatro fontes não mutuamente excludentes: a biomedicina, a clínica, grupos de usuários especialistas e uma rede pessoal de contatos. O hormônio se localiza no centro de oposições como natural/artificial, legal/ ilegal e legítimo/ilegítimo e articula uma ampla circulação de saberes que compõem sua própria biografia. As conclusões apontam para um processo de coprodução, no qual, mais do que priorizar uma fonte específica, constrói-se um corpo de saberes compartilhado e multifacetado sobre a testosterona.