Efeito do ambiente térmico na fisiologia adaptativa de bubalinos (original) (raw)
Related papers
Respostas fisiológicas e adaptabilidade de bubalinos ao clima equatorial amazônico
Revista Acadêmica: Ciência Animal, 2018
A pesquisa objetivou avaliar as respostas fisiológicas e adaptabilidade de bubalinos criados em clima amazônico. Foram utilizados 20 búfalos Murrah, alimentados a pasto de Panicum maximun cv Mombaça e Braquiária humidicula, com acesso livre à água e suplementação mineral. Foram registrados dados de temperatura do ar e umidade relativa do ar, durante o mês de outubro, considerado como o mais quente da região, para compor a fórmula do Índice de Temperatura e Umidade (ITU), e foram coletados dados fisiológicos de temperatura retal (TR), temperatura da superfície corporal (TSC) e frequência respiratória (FR), e calculados os índices de adaptabilidade: Índice de Conforto Térmico de Benezra (ICB), Índice de Tolerância ao Calor de Ibéria (ITC Ibéria) e Índice de Tolerância ao calor de Baccari (ITC Baccari). Foram considerados os turnos da manhã e tarde. Houve diferença significativa (P<0,05) do ITU, TR, TSC, FR e ICB entre os turnos, onde no turno da tarde, os valores foram mais elevado...
Efeito do estresse térmico sobre alguns parâmetros bioquímicos do sangue em bubalinos
Pesquisa Agropecuaria Brasileira, 1989
RESUMO-Foram utilizados sete bubalinos da raça Mediterrâneo, com idade inicial nuídia dc 15 meses e peso inicial médio de 175 kg, para verificar o efeito do estresse térmico pelo calor em câmara climática, sobre alguns parâmetros bioquímicos do sangue e consumo de ração. Os animais foram divididos em doisjrupos: controle (TI) e testemunha (T2), submetidos à temperatura e umidade relativa médias de 21,5 C-76,5% UR e 38,05°C-59% UR, respectivamente. O estresse térmico provocou diminuição (P <0,01) da percentam de hematócrito (31,68% x 29,07%), uréia (31,28 x 22,68 mg%) consumo de ração (7,15 x 5,54 kg MS) e aumento (P < 0,01) da concentração sérica de creatinina (1,22 x 1,72 mg%). Termos para indexação: câmara climática, ruminantes EFFECT OF HEAT STRESS ON SOME BL000 BIOCHEMICAL PARAMETERS AND FEED INTAKE OF BUFFALOES ABSTRACT-Seven Mediterranean buffaloes, aged 15 months and weighing 175kg each were used with purpose 01 studying the effect of heat stress on some biochemical parameters and feed intake of buffaloes. The animaIs were divided into two groups: control (Ti) and experimental (T2), maintained under natural arnbient 121.5 0C-76.5% UR) and heat stress (38.05 0C-59% UR) respectively. The results obtained for the experimental group, subjected to heat strvss, as compared to the control, were: decrease (P < .01) in the hematocrit (31.68% x 29.07%), urea (31.28 x 22.68) and feed intake (7.15 x 5.54 kg MS), and increase (P <.01) in creatinine serum concentration (1.22 x 132 mg%). Index terms: climate camara, ruminants. INTRODUÇÃO A produção animal, especialmente nas regiôes tropicais, é limitada, em parte, pelos elementos climáticos, e em parte, pela falta de manejo adequado das forragens com alta fibra e baixo nível protéico, além das doenças dos animais. Os efeitos dos componentes climáticos (temperatura, umidade, radiação solar e vento) sobre os parâmetros bioquímicos sangilíneos têm recebido pouca atenção dos pesquisadores (
A pesquisa foi realizada na Unidade de Pesquisa "Senador Álvaro Adolpho", pertencente à Embrapa Amazônia Oriental, durante seis meses. Foram utilizadas 20 búfalas Murrah, distribuídas em dois grupos experimentais (Grupo CS: com sombra e Grupo SS: sem sombra). Os animais do Grupo CS (n=10) permaneceram em piquetes com sombra de árvores da leguminosa Acacia mangium, enquanto os animais do Grupo SS (n=10) foram mantidos em piquetes sem acesso à sombra. Foram avaliadas temperatura retal (TR) e frequência respiratória (FR), aferidas duas vezes por semana, às 7h00 e 13h00. Foi calculado o Índice de Conforto de Benezra (ICB), a partir da fórmula ICB=TR/38,33+FR/23. As variáveis climáticas temperatura do ar (TA) e umidade relativa do ar (UR) foram obtidas na Estação Meteorológica do INMET-2º DISME, e a partir delas, foi calculado o Índice de Temperatura e Umidade (ITU). Houve diferenças significativas (P<0,05) na TR, entre turnos, para ambos os grupos, onde os valores da tarde, eram superiores aos da manhã. Houve diferenças significativas (P<0,05) da FR entre os tratamentos e turnos (P<0,05), onde no Grupo SS e turno da tarde, foram observados os maiores valores. Houve diferenças significativas (P<0,05) do ICB entre os turnos, em ambos os tratamentos, onde à tarde, os valores eram superiores. Conclui-se que o sombreamento nas pastagens promove bem-estar aos bubalinos, embora ocorra alterações nas variáveis fisiológicas e índice de adaptabilidade, especialmente no turno da tarde.
ENERGIA NA AGRICULTURA, 2013
RESUMO: O objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade termorregulatória de novilhas bubalinas com acesso à sombra (tratamento S), água de imersão (tratamento I) e aspersão de água (tratamento A) no Vale do Ribeira, SP, região com verão quente e úmido. Foram utilizadas quatro fêmeas por tratamento, avaliando-se o ganho de peso e a resposta termorregulatória com a coleta de variáveis ambientais (temperatura do ar, umidade relativa e velocidade de vento), e variáveis fisiológicas (temperatura média da pele, frequência respiratória e ganho de peso). Os resultados mostraram que, no horário mais crítico (14:00), a menor média de temperatura foi encontrada no tratamento I (32,8°C), durante o verão, assim como os menores valores de umidade (62,3% na primavera; 48,7% no verão), temperatura de pele (38,4 °C na primavera; 35,1 °C no verão) e freqüência respiratória (63,1 movimentos/minuto na primavera; 32,7 movimentos/minuto no verão), refletindo nos maiores ganhos de peso (7,75 Kg na primavera; 19,5 Kg no verão)..
Temperamento em bubalinos: testes de mensuração
Ciência Rural, 2009
O objetivo neste trabalho foi avaliar a aplicabilidade, para búfalos (Bubalus bubalis), de testes de avaliação de temperamento, utilizados para bovinos. Foram avaliados os testes de docilidade, teste de reação a objetos novos, de tronco e de isolamento social em 12 bezerros e suas 12 mães, separadamente. Tanto os bezerros como suas mães responderam a todos os testes com vários comportamentos. Para os bezerros e as mães, os testes que promoveram maior número de comportamentos foram o de tronco e de reação a objetos novos. Houve diferenças individuais (coeficiente de variação de 32-51%) nos resultados de todos os testes tanto nos bezerros como nas mães. Os resultados individuais, em testes de isolamento social e de reação a objetos novos apresentaram correlação positiva tanto com as mães (rs = 0,76, P< 0,01) quanto com os bezerros (rs = 0,66, P< 0,01). Baseados em sensibilidade, relevância e aplicabilidade, o teste de isolamento social e o teste de tronco podem ser sugeridos par...
Aspectos da nutrição de bubalinos
Nesta revisão bibliográfica abordaremos alguns dos principais tópicos envolvendo a nutrição de búfalos visando discutir informações de pesquisas realizadas com bubalinos em diferentes sistemas de alimentação. Avaliações comparativas entre as diversas espécies de ruminantes, principalmente com os bovinos, são de interesse para adquirirmos conhecimentos específicos tendo em vista a diversidade das espécies. Dessa forma, ganha-se tempo na busca do conhecimento que pode ser compartilhado entre todas as espécies de ruminantes. Certamente, o tema está longe de ser esgotado, pois é quase impossível acompanhar em tempo real todas as pesquisas produzidas na área. Esta discussão tem apenas a finalidade de contribuir para o desenvolvimento técnico e científico da nutrição de bubalinos, particularmente envolvendo a digestão e metabolismo protéico e de carboidratos, a microbióta ruminal e requerimentos nutricionais. Embora existam avanços em algumas linhas de pesquisa nessa área, maiores investi...
Comunicata Scientiae, 2014
Adaptabilidade de fêmeas bubalinas em sala de ordenha sob condições ambientais do agreste do Rio Grande Do Norte, Brasil Resumo Objetivou-se avaliar a adaptabilidade ambiental de fêmeas bubalinas primíparas e pluríparas em sala de ordenha no agreste do Rio Grande do Norte, Brasil. Foi realizada leitura dos elementos climáticos umidade relativa do ar (URA) e temperatura do ar (TA) semanalmente, nos turnos manhã e tarde, durante seis semanas, e, calculado o índice de temperatura e umidade (ITU) dentro sala de ordenha. A temperatura superficial também foi mensurada. Além disso, observações comportamentais no ambiente de ordenha foram registradas duas vezes por semana para posterior definição de cinco escores de temperamento. O teste de Tukey foi aplicado para o ITU, TA, URA a fim de verificar o efeito do turno e também para os parâmetros produção de leite (PROD), temperatura superficial (TS), temperatura superficial de úbere (TSÚbere) e temperamento para verificar o efeito da ordem de parto. Correlações de Pearson foram realizadas entre TS, TSÚbere, PROD e ordem de parto. A TA média dentro da sala de ordenha foi superior à tarde e a URA pela manhã. Não houve diferença entre os turnos para o ITU, apresentando-se dentro dos padrões de conforto para bubalinos. Para a variável TS não houve diferença entre animais primíparos e pluríparos, porém búfalas primíparas apresentaram maiores TSÚbere e maiores médias de temperamento. Não houve diferença entre os grupos para a produção de leite. Verificou-se correlação negativa entre a TSÚbere e a ordem de parto e positiva entre a TS e TSÚbere. O turno influenciou os parâmetros ambientais estudados, a exceção do ITU. Búfalas Murrah em sala de ordenha apresentaram-se adaptadas às condições climáticas do agreste do Rio Grande do Norte, não sofrendo efeitos negativos sobre a produção de leite.